Capítulo 41

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And not invite your family, 'cause they never showed you love
You don't have to be sorry for leaving and growing up,  Matilda, you talk of the pain like it's all alright
But I know that you feel like a piecе of you is dead inside you showed mе a power that is strong enough to bring Sun to the darkest days
It's none of my business, but it's just been on my mind

- Harry Styles.


MUNDO ALTERNATIVO
- Estamos andando faz uns 20 minutos, pode me dizer o que estamos procurando? - Eva estava cansada, aquele salto estava esmagando o pé dela. Pior que o pé, estava a cabeça, não pela conversa com Alec porque no fundo ela sabia que aquele não era o homem que amava, mas sim um homem espelhado. O que a incomodava era aquela sensação de algo estar errado, em como tudo parece tão simples e fácil.
- Eu saberei quando ver! - Magnus responde analisando cada parte do porão.
- Tô cansada de ouvir isso hoje. - Eva sussurra.
- E se não funcionar? - Clary pergunta.
- Eu consigo sentir. - Magnus segura sua mão.
- Se tinha dúvidas sobre a gente, era só ter falado. - Jace aparece irado.
- o mundo pode ser diferente, mas você continua sendo um babaca, irmão. - Eva sorri.
- O quê? - Jace a encara confuso.
- Jace, não é uma boa hora para isso. - Clary afirma preocupada.
- Sério? Sabe quando seria uma boa hora para mim? Nunca. Não me procure mais. - Ele parecia magoada, Eva nunca tinha visto o irmão assim por uma garota. Ele não é seu irmão. O cérebro a avisava.
- Jace.. - Clary o chama, mas o garoto passa por ela se esquivando. Clary petrifica. Um demônio. Como eles estavam ali? Meliorn tinha certeza que os demônios não existiam mais naquele mundo. - EVA! Atrás de você! - a garota dá um chute no demônio que cai a centímetros dela.
- Corre! - a loira diz.
- O que era aquilo? - Jace estava em pânico.
- Só corre. - Eva diz o empurrando.

Estavam em uma sala cheia de caixas, para Clary parecia a sala de Luke na delegacia. Eles poderiam se esconder atrás dessas caixas só para elaborarem um plano, e acalmar Jace que estava tremendo.
- Você precisa se acalmar. - Clary estava acariciando as costas do garoto enquanto ele chorava e tremia.
- Clary, não temos tempo para isso! - Eva diz.
- Não podemos deixa-ló aqui, precisamos encontrar Magnus.
- Olha só, não tempo muito tempo. Tem um demônio atrás de nós, e haverá outros, meu trabalho é proteger mundanos de demônios, falhei com essa dimensão. Não vou arriscar mais. Então precisamos ir. AGORA! - ela se aproximava da ruiva com determinação.
- Nossa, achei que você me amasse mais que isso, irmã. - Jace debocha com um sorriso no canto dos lábios.
- Jace? - Clary o olha.
- Estão bem? - pergunta.
- Quantos entraram? - Eva pergunta.
- Eu não sei ao certo, estava desacordado quando entraram. - responde.
- Por que estava desacordado? - Clary franze a testa.
- Algo aconteceu com minha runa parabatai, estava queimando e eu sentia dor, eu ouvi Alec me chamando e desmaiei. - explica para as garotas que o fitavam com atenção.
- Se.. - antes que Eva pudesse falar o demônio ataca Jace.
Eva entra em luta contra o demônio quando Jace levanta e aparece na frente dela com um pedaço de madeira e também começa a lutar contra ele. A loira foi jogada para o outro lado da sala, Clary também estava com uma madeira, e a única coisa que Eva estava pensando foi onde eles conseguiram madeira? Ela não tinha visto nada além de caixas. Ela levantou para atacar o demônio quando Jace enfiou a madeira na barriga do demônio, foi tudo tão rápido, o demônio atingi-o.
- JACE!- grita Eva.
Jace começou a tirar o paletó. Ele não conseguia respirar, seu corpo começou a ficar dormente.
- Onde está minha Estela? - ele pergunta.
- Ela não veio com você. - clary respondeu ao lado dele, lágrimas escorriam em seu rosto. A ruiva não tinha percebido que Magnus estava na sala.
- Ele vai precisar mais que uma Estela para cura-lo.
- Mandá-lo de volta pode ajudar? - pergunta Eva, ela ainda não estava descontrolada, mas estava perto. A sensação só piorava.
-O sangue viaja com você. Por isso seus poderes angélicos funcionam aqui, o veneno está no sangue dele. - Magnus explica.
- Temos que levá-lo para o instituto! - Afirma Eva. - Se Alec não tivesse ativado a runa parabatai, nada disso estaria acontecendo. Ele deve isso ao meu irmão. - Eva estava com raiva.
- Não, não, não podemos. - a voz de jace era rouca. - não temos tempo, precisamos encontrar Valentine. Isso vai muito além de mim. - Ele encara a irmã. Ela sabia o que jace queria dizer. Isso vai muito mais além do que eles, não pela clave, era pelo papai. Eva não sabia como se sentia com isso, ela o odiava e o amava não na mesma proporção, se é que era amor, ele era o pai dela. Eva achava que o único sentimento que os ligava era a sanguínea, era a ideia de ter um pai. Para ela, talvez era melhor não ter tido. Os momentos ruins estragavam o que havia restado de bom. Após a morte do pai a culpa por não sentir afeto o suficiente a correu, não por ela, mas pelo o irmão, Jace havia perdido quase tudo. Ela faria qualquer coisa pelo irmão.
- Não
- Tudo bem.
Eva e Clary falaram na mesma hora. Clary a encara descrente do que a loira acabou de dizer.
- Não, como pode dizer isso, ele é seu irmão. - ela disparava contra a loira, como alguém poderia concordar em sacrificar o irmão?
- Encontrei! - Magnus grita.
- Clary, vai dar logo a fragmento a Magnus. Eu levo ele. - a loira diz a Clary, que a encarava. - o que está esperando ? Vai logo! - Clary sai correndo.
- Precisa aprender a dizer as coisas abertamente, você acaba afastando as pessoas de você quando não conta tudo. - Jace se apoia na irmã.
- Não é porque posso curar você, que outras pessoas podem ficar sabendo. - retruca.
- Ela já sabe disso Vie.
- Mas ela é lenta para raciocinar.
Quando chegaram onde Magnus e Clary estavam, Magnus tinha luz roxa nas mãos, da mesma cor do fragmento. Um arrepio dominou o corpo da caçadora. Ela se sentiu mais fraca do que nunca.
- Você conseguiu. - sussurrou Clary.
- Magnus, me escuta. - Eva diz ao encarar o portal. Agora fazia sentindo o que Meliorn tinha lhe dito. Ela podia sentir-lo de novo. Não é como os vínculos, mas sua magia podia sentir a presença dele. E o portal, como aquilo era possível? - Quando passarmos, destrua o portal. Se não destruir, se deixar aberto, ficarão vulneráveis a ataques de demônios de novo.
- Cuidarei de tudo, não deixarei encontrarem aquele monstro fedorento. E obrigado. - ele olha para Eva e para Clary.
- Nós que devemos a você. - Clary diz.
- Vocês me deram a vida novamente, agora vão!
- Clary, pense no seu pai. - Jace pede.
E atravessam o portal juntos.

O Segredo das Sombras - ALEC LIGTHWOOD ⓵ Where stories live. Discover now