— É, ou você achou que eu ia sozinha?– Perguntei.

*Quebra de Tempo*

  Era outro dia e estava lotado de gente na porta da casa dos Gallaghers com bandeirinhas do Canadá esperando o Frank, o Kev e a V chegarem.
  Quando eles saíram do trailer todo mundo comemorou.

— Vão se fuder! Vai se fuder– O Frank disse bravo enquanto caminhava até a porta de casa.

— Bem vindo, pai– A Debbie falou.

  O Frank olhou pra ela mas não a respondeu apenas entrou em casa.

*Quebra de Tempo*

  Eu e o Carl estávamos no banheiro. A gente encheu a banheira e ficamos de joelhos ao lado dela.

— É o seguinte, eu vou te afogar nessa banheira durante 20 segundos. Se você continuar vivo vai ser legal– Falei.

— O que eu ganho com isso?– O Carl me perguntou.

— Continuar vivo já não é um presente e tanto?– Perguntei.

— Não– O Carl me respondeu.

— Eu deixo você ir até a casa abandonada onde os gaxinins estão– Falei.

— Eu vou poder fazer qualquer coisa?– Ele me perguntou.

— Qualquer coisa é de mais. Vode é muito malvado pra sua idade– Respondi.

— Eu faço experiências e tudo pra um bem maior– O Carl diz.

— Então me diz, cadê a evolução das experiências, as anotações e que bem maior é esse?– Perguntei.

— Você não entenderia– Ele disse.

— Que você é burro? Eu entendo, não é atoa que você 'tá quase bombando– Falei— Se você continuar desse jeito agressivo você vai acabar virando um Serial Killer.

— Eu teria muitas armas?– O Carl me perguntou.

— Sério isso, Carl?– Perguntei.

— O que foi? Eu quero ter muitas armas– Ele respondeu.

— Você 'tá me fazendo repensar a nossa amizade– Eu falo.

— Pensa comigo, se eu tivesse uma arma eu poderia proteger a gente. Já viu o bairro que a gente mora?– O Carl me perguntou.

  Eu parei e pensei um pouco.

— 'Tá, a gente vai compra a nossas primeiras armas juntos– Falei.

— Por que você quer uma? Se eu tiver uma eu já vou te proteger– O Carl me questinou.

— Eu sou forte o suficiente pra poder me proteger sozinha, não preciso de homem nenhum pra fazer isso– Respondi.

— Ontem você correu até mim porque 'tava com medo de uma barata– O Carl disse.

— Mas aí é diferente, baratas são seres malignos, astutos, sorrateiro. Quando você pensa que não ela mostra a uma carta na manga e começam a voar. Acha que pode confiar em um bicho desse? Claro que não– Falei.

— Então você é mulher o suficiente pra se proteger de qualquer coisa, exceto baratas?– O Carl me perguntou.

— Exatamente, pra isso eu tenho você–  Eu falo.

— Então eu sou tipo o seu protetor, seu cavaleiro, o homem forte que você procura quando 'tá com medo?– O Carl perguntou se achando.

— É... mais ou menos isso, tirando a parte do forte– Falei.

— Gostei disso– O Carl diz— Posso ganhar um beijo na bochecha?

  Eu sorri e dei um beijo na bochecha dele.

— Posso finalmente te afogar agora?– Perguntei.

— Pode– O Carl respondeu.

— Será que os seus piolhos morrem se eu deixar a sua cabeça muito tempo dentro da água?– Perguntei.

  O Carl me olhou e depois enfiou a cabeça na água.

*Quebra de Tempo*

  Nós estávamos praticamente todos na sala vendo TV, exceto a diona que estava mais focada em tirar os piolhos do Carl.

— Decifrando o código genético humano, mas também é um dos mais controversos. Um iconoclasta com uma mente brilhante e um ego enorme que desdenha do conhecimento convencional que questinou as descobertas científicas em toda oportunidade...– O Cara da TV disse.

  De repente escutamos o toque do telefone.

— Não 'tá comigo– A Fiona fala.

— Nem comigo– O Lip diz.

  A Fiona procurou um pouco ao redor e achou do lado da Debbie. Ela pegou o telefone e atendeu.

— Alô?– A Fiona falou.

  Não demorou muito até que a Fiona mudasse de afeição e desligasse o telefone. Depois ela se levantou e saiu pela porta da cozinha.

*Quebra de Tempo*

  Era outro dia de manhã quando bateram na porta, eu fui até lá abri e me deparei com a minha mãe.

— Oi, minha linda– A minha mãe disse.

— Oi, mãe. Você voltou– Falei.

— Voltei, 'tá pronta pra ir pra casa?– Ela me perguntou.

  Eu concordei com a cabeça.

— Eu só tenho que me despedir do Carl– Eu falo.

  Eu entrei na casa e fui até o Carl que estava no sofá.

— A minha mãe voltou– Falei.

— Finalmente– O Carl diz.

— Sabe que eu volto pra dormir aqui, né?– Perguntei.

— Fiquei sabendo que a banda que a sua mãe gosta vai fazer um show na Califórnia na quarta, aposto que ela vai te deixar aqui pra ir– O Carl respondeu.

— Também aposto. Então até quarta– Falei e em seguida dei um beijo na bochecha do Carl e sai de casa.

Shameless| Carl Gallagher Where stories live. Discover now