Allani Nalin é uma jovem de apenas vinte e quatro anos, tão jovem e já sem nenhuma esperança de vida, tudo o que ela quer é acabar com tudo de forma rápida e poder finalmente descansar.
Mas o que ela com certeza não esperava, era que na noite de tem...
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__ O que acha de se tornar minha filha? - o silêncio constrangedor reinou naquele local, enquanto digeria suas palavras, sem saber se tinha ouvido errado.
Talvez entrou água no meu ouvido e me fez alucinar sobre essas últimas palavras, só pode ser isso.
Quer dizer, eu já sabia que esse cara era meio maluco, mas agora tenho a certeza de que ele é louco de pedra.
__ S-sua filha? - questionei, só para ter certeza de que realmente não ouvi errado.
__ Sim, minha filha. - não consegui evitar a risada descrente que deixou meus lábios.
__ Puta merda, você deve ter batido a cabeça. Precisa de um psicólogo, ou melhor, de um psiquiatra. Pode ser algo sério. - falei, agora me sentindo levemente preocupada.
__ Tem como parar de me olhar como se eu fosse louco? - seu jeito de falar era duro e frio, não parecia alguém que tinha emoções.
__ E você não é? Por favor, você nem me conhece e está me pedindo para ser sua filha? Se isso é parte de algum esquema maluco de tráfico humano, já vou deixar claro que sei me defender. - digo e ele da risada.
A verdade é que eu não faço ideia de como me proteger, não sei nada sobre defesa pessoal, a única coisa que sei é que a fraqueza de qualquer homem é o um belo chute nos países baixos e isso resolveria meus problemas.
__ Por favor, me escuta. - pediu.
__ Já te escutei e a resposta é não, agora me deixe em paz. - pedi voltando a andar.
__ Eu tenho uma filha, ela morreu a pouco tempo aos 22 anos... Deve ter mais ou menos a sua idade. - desabafou e eu estagnei no lugar. - ela era linda e cheia de vida, e também era muito preciosa e eu estava pensando em adotar alguém, mas dai você apareceu e me salvou, e de alguma forma sei que ninguém seria melhor do que você.
Demorei apenas alguns segundos para processar o que ele me disse.
__ Sinto muito pela sua filha, mas eu não sou ela e se você está procurando uma substituta, provavelmente existe outras melhores. - dou de ombros.
__ Eu sei que você não é ela, ela está morta. Mas eu preciso de uma filha e você me salvou, é responsável por mim agora.
__ Como é que é? Eu não sou responsável por você, nem sequer era minha obrigação te salvar e se por um acaso eu aceitasse sua proposta, supostamente você se tornaria o meu responsável e não o contrário. - rebati e ele sorriu.
