Capítulo 7

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Meu alarme tocou às 7:50. Nem muito cedo, nem muito tarde. Do jeitinho que eu sempre faço.

Fui até o banheiro, escovei meus dentes e troquei minha roupa. Na verdade, eu tinha uma grande variedade de roupas. Não me impressionava, afinal, a máfia era bem rica.

Abri a porta do meu quarto e me dirigi ao corredor. Já havia passado tanto por ele, em tão pouco tempo que já podia dizer que estava acostumada.

Logo à frente avistei Minho e Jeongin, eles pareciam estar tendo uma conversa diária e normal. Eu iria passar reto, até que o mais novo me notou.

"Bom dia, Nathalie. Como está hoje?" - disse Jeongin.

Minho olhou para o irmão com uma cara de confuso. Provavelmente não sabia que já nos conhecíamos.

"Bom dia, Jeongin. Tá tudo bem sim e com você?"

"Tudo certo também. Finalmente encontrei esse fujão" - disse rindo e apontando para o mais velho.

Minho não mudou sua expressão e continuou com seu olhar vazio de sempre.

"Você já tomou o café da manhã? Se quiser podemos ir juntos em uma cafeteira próxima daqui." - falou animado Jeongin.

"Ah pode ser." - respondi gentilmente.

"Você também vai irmão?"

"Não, tenho outras coisas para fazer" - falou o guarda costas virando as costas para nós dois e seguindo em frente.

"Bem, então vamos, Nathalie." - falou Jeongin um tanto desanimado.

Acredito que ele goste muito de Minho. Parece que está sempre atrás dele e que o mais velho não corresponde muito a isso.

Na verdade, não faço ideia do que se passa na cabeça daquele garoto. Ele é todo fechado. Raramente fala e de repente some.

Bem, eu não tinha que pensar nisso agora. Eu não era uma pessoa aproveitadora, mas essa era a minha oportunidade de saber a localização daqui. Afinal de contas eu nem sei como cheguei aqui.

Segui Jeongin, que me levou até uma grande porta. Ao sair me deparei com uma rua simples e normal.

Carros passando a toda velocidade, para que seus respectivos donos não se atrasem aos seus compromissos. Pessoas discutindo sobre o jogo de futebol que houvera ontem à noite. Amigos se encontrando. Famílias passeando juntas. Era tudo tão normal, do jeito que eu sempre conheci. Eu achei que a base da Máfia não se localizaram num lugar assim, tão.. cotidiano.

"É logo ali" - disse o garoto apontando para um pequeno estabelecimento. - "Vamos!" - completou.

Quando entramos no local, nos dirigimos à primeira mesa que encontramos. Antes de sermos atendidos o garoto começou a falar novamente.

"Não querendo ser intrometido, mas, o que você faz da vida? Quer dizer, fazia."

"Eu tinha acabado de terminar minha faculdade e estava em busca de um emprego."

"Então, Chris lhe salvou" - falou rindo. "Saiu em busca de um emprego e ganhou uma vida de rica."

"Podemos dizer que sim." - disse forçando um sorriso.

"E você? O que faz da vida?" - retribui a pergunta.

"Como eu disse antes, sou espião. Tipo de filme mesmo. Eu me infiltro, consigo informações necessárias e na maioria dos casos envio elas para o Seungmin. Provavelmente você não conhece ele. É o nosso informante. Ele passa todas as informações que precisamos. Nosso meio de comunicação, sabe?"

"Entendo. Seu trabalho deve ser difícil então."

"Nem sempre. Muitas vezes as pessoas são fáceis de manipular. Até porque, eu tenho muita cara de inocente. Acho que isso convence as pessoas a me deixarem entrar na vida delas."

"Mas Felix já não é hacker? Por que eles precisam que você tire informações?"

"Ah, o Felix é muito bom no que faz, mas nem sempre todas as informações estão a alcance dele. Felix consegue todas que estão no meio do banco de dados digital. Eu parto para o lado presencial. No olho a olho mesmo."

Logo uma atendente se aproximou e o assunto foi forçadamente interrompido. Jeongin abriu um sorriso e cumprimentou a moça. Ele realmente era bom em mudar sua personalidade e se adequar a situação.

"Muito bom dia! Vocês estão servindo aquele ice americano de sempre?"

"Claro, senhor!"

"Ah que bom, você poderia me ver dois? Um para mim e outro para minha amiga aqui?"

"Sim, posso sim. Algo mais?"

"Não, só isso mesmo. De manhã cedo é melhor consumimos pouca coisa, não é mesmo?"

"Concordo, senhor. Já, já o pedido de vocês estará aqui!"

"Muito obrigado!" - finalizou ainda com aquele sorriso no rosto.

Logo se virou para mim novamente e disse:

"Está vendo? Você diria que um garoto educado e gente boa desses poderia passar todas suas informações para a máfia?" - disse agora com um outro tipo de sorriso. Totalmente diferente do primeiro.

"Você realmente é bom." - afirmei.

"É claro que sou. Fui treinado pelo o próprio Chris, né?"

Era estranho o ver chamando o Bangchan de Chris. Ainda não havia processado que os dois eram tão próximos. Acredito que Bangchan o trate como um irmão mais novo.

"Mas agora vamos encerrar essa conversa. Ou quer que eu seja descoberto?" - concluiu rindo.

Era verdade, aquela máfia não era qualquer uma. Todos os funcionários eram extremamente eficazes. Isso tudo só me fazia querer mais ir embora

Mafia - A Stray Kids Fanfiction.Where stories live. Discover now