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Lizzie
No carro de volta para casa, Ayla ficou adormecida no meu colo, a tranquilidade da noite se mistura com a paisagem iluminada pela lua, é tão fácil que chega a ser incrível. Alice, concentrada na estrada, dirige enquanto Jasper a acompanha.

-Você está segura, Ayla -sussurrei enquanto mechia em seu cabelo. A madeixas ruivas se mechendo lentamente com o vento que entrava através da janela do carro.

Ayla, imersa em sonhos, continuou dormindo pacificamente como se tudo lá fora estivesse calmo e sem nenhuma violência, é incrível como uma criança consegue sorrir nos momentos mais difíceis...

-Como está se sentindo agora? -Jasper pergunta me observando pelo retrovisor.

-Foi uma noite estranha, mas acho que estou começando a entender melhor a Rosalie -suspirei.

-Às vezes, é preciso um momento difícil para revelar as verdades mais profundas -Alice disse sem tirar os olhos da estrada.

Enquanto o carro avançava pela estrada, me perdi na contemplação da lua, uma velha amiga, se é assim que eu posso chamar. Ela reflete sobre as complexidades da vida dos Cullen. O silêncio no carro é preenchido apenas pelos murmúrios suaves da noite e pelo suave ronco de Ayla, criando um ambiente sereno no qual cada um de nós pode processar os eventos da noite de maneira íntima.

Pra mim não é tão difícil até porquê eu não passei por nada demais, mas enquanto eles processam outras coisas eu processo a informação de ser o imprinting do Seth. Só então me lembro que esqueci de me despedir dele.

-Aí não... -jogo minha cabeça sobre o banco do carro.

-Aconteceu alguma coisa? -tia Alice perguntou ainda olhando a estrada.

-Ah, sim... -sorri envergonhada. -Só esqueci de uma coisa...    

-Espero que não seja nada importante -ela disse.

-Ah, não é -menti.

Ela sorriu compreensiva e continuou dirigindo até chegarmos em casa.

Ao chegarmos em casa, tirei Ayla suavemente  do carro. A mesma continuava adormecida, enquanto isso a tia Alice e o tio Jasper permaneceram na sala, aguardando o retorno do resto dos Cullen.

-Vamos, Ayla, hora de descansar -sussurrei quando Ayla resmungou no caminhou até o quarto.

Subi para o quarto e a coloquei gentilmente na cama. Ayla mal se mexeu. Pareceu até uma pedra.

-Isso sim é um sono profundo -rio internamente.

Alice
Eu e Jasper  trocamos olhares cientes da tensão que paira após os eventos da noite.

-Espero que a Rosalie se acalme um pouco -sussurrei.

-Ela está passando por um momento difícil -suspirou. -, mas tenho esperança de que tudo se resolva. Ela já passou por isso antes.

Dito isso algum tempo depois Lizzie desceu das escadas com os cabelos ainda molhados do banho.

-Como está se sentindo agora que tomou banho? -brinco.

-Muito engraçado, dona Alice -ela faz uma careta. -Tô com um pouco de sono...

-É só dormir -Jasper debocha rindo.

-Prefiro esperar o resto do pessoal -ela brincou se jogando no sofá. -Não quero perder "a reunião de família".

-Ainda da tempo de correr -finjo ver se a barra tá limpa. -Se eu fosse você eu aproveitava...

-Não...fofoca é fofoca, não é?

Rimos.

Luzis
Enquanto aguardavamos o resto do pessoal, a casa Cullen permanece envolta em uma tranquilidade ansiosa. O silêncio é interrompido apenas pelo suave ronco de Ayla, dormindo em paz, e pelas expectativas de um novo amanhecer para nós que enfrentamos desafios e crescimentos juntos.

Fui até meu quarto pra buscar um cobertor enquanto esperava, era uma noite meio fria, nada anormal quando se trata de Forks.

Enquanto procurava meu cobertor achei em cima de um ursinho que eu vivia grudada quando pequena. Sorri ao rever aquele meu velho amigo.

Peguei o ursinho e o cobertor e me sentei no sofá.

-Não acha que já é grande pra andar por aí com ursinhos de pelúcia? -Jasper brincou.

-Esse não é apenas um ursinho qualquer -respondi sorrindo. -É como se fosse um filme da minha vida. Ele é tão especial pra mim...

Flashback
Com seis anos de idade, eu visitava a lápide de minha mãe em um tranquilo cemitério. Eu estava segurando um buquê de flores silvestres que eu mesma escolhi. O sol lança uma luz suave sobre o local, criando um ambiente sereno. O que tornava todo o ambiente menos assustador...

-Oi, mamãe. Eu trouxe flores para você hoje... -sussurrei abrindo um sorrisinho banguela.

Coloquei delicadamente o buquê fresco perto da lápide. Meus olhinhos expressavam uma mistura de inocência e saudade.

-Eu aprendi na escola sobre as flores e como elas são como abraços da natureza. Espero que essas te façam sentir feliz -falei sentindo o vento balançar meus cabelos.

Me sentei ao lado da lápide, olhando para as palavras inscritas.

"Avery Elizabeth Blanchard"

Minha mão segurava um ursinho de pelúcia desgastado que sempre levava comigo nessas visitas. Esse ursinho era algo que me poupava o choro.

-Às vezes, eu sinto sua falta, mamãe -falei baixinho como se contasse um segredo. -, mas o papai cuida tão bem de mim...e não quero que ele fique triste com isso, então eu sempre sorrio perto dele...

Apertei o ursinho quando um vento frio passou.

-O papai diz que pareço a cada dia mais sondagens com você -contei animada. -Só que com um sorriso banguela.

Fiquei ali por um tempo, como se estivesse compartilhando meus dias com minha mãe ausente. O vento suave balançava as folhas das árvores, criando uma melodia calma e tranquila.

-Eu sei que você está sempre olhando por mim. Eu te amo, mamãe -falei por fim com um sorrisinho.

Com um último olhar carinhoso, me levantei e segui meu caminho, levando comigo a lembrança do amor que transcende os limites do tempo.

Fim do flashback





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Oii, genteeee!! Tudo bem?

Espero que gostem desse capítulo, tentei me esforçar com uma lembrança da Lizzie. A história dela é mais fofa do que triste, vou tentar explorar ao máximo.

Não sejam leitores fantasmas e comentem muitooooo👻👻👻👻👻

Deixem a estrelinha por obséquiooooo ⭐⭐⭐⭐⭐

A filha de RosalieWhere stories live. Discover now