CAP 33

636 65 2
                                    

     Depois de deixar Jimin no hotel, antes de voltar para casa, ele passou em um café 24 horas, um lugar onde ninguém imaginaria encontrar um jovem da elite coreana. Ele vai até uma das messas e se acomoda

- Boa noite senhor, gostaria do cardápio ou já sabe o que vai pedir?

- Tem café cubano? (basicamente, um expresso com rum)

- Claro, porém só para maiores, o senhor teria algum documento com você? Por questão de segurança

     Em resposta, o alfa apenas coloca 25.000 wons na mesa (equivalente a ≈ 90 reais), assim o funcionário só pega o dinheiro discretamente

- Loga trarei o seu pedido senhor - se curva e vai apressado para cozinha

- É para viagem - diz em um tom um pouco mais alto para o outro ouvir

     Passado alguns minutos o garçom vem com o seu pedido e antes mesmo de informar o valor, o alfa lhe entrega mais 25.000 wons e vai embora em silêncio. Logo entra no carro, abre o seu café e começa a dirigir. Ao dar o primeiro gole, de forma inconsciente murmura

- Que merda fraca, certeza que o infeliz do garçom falou que eu era de menor

     Fecha o café, acelera o carro e vai para casa. No elevador até pensou em jogar o café fora, porém acho melhor acrescentar um pouco da bebida de seu pai.

     Ao chegar em casa, sua mãe lhe recebe, dessa vez sem um sorriso, apenas uma feição preocupada

- Como ele tá? Ficou bem? E os pais dele? O cio ja começou?

- Calma mãe, tá tudo bem, nada fora do habitual, agora é só esperar essa semana passar e então vamos poder ver ele. Mas provavelmente vai ficar tudo bem, até porque, o que pode dar de errado? Lá ele vai ter toda a assistência

- É né, você tá certo - responde Nabi um pouco angustiada

- Eu vou tomar uma banho, e depois já vou dormir, boa noite - da um selar na testa da mãe e vai embora

     Jeon vai em direção ao seu quarto, porém no meio do caminho desvia a rota, vai para o elevador, chegando no subsolo, e seguindo o caminho até uma sala de bebidas de seu pai. Coloca em seu café mais duas doses de rum, e quando estava prestes a sair, se depara com o seu pai entrando na sala. Ao lhe ver, o mais velho apenas ri e indica para voltar a sala

- Pode se sentar

     Jeon constrangido, obedece o pai e se senta em uma das poltronas de couro preta

- O que você pegou daqui? - pergunta o homem de cabelos grisalhos, enquanto se acomoda na outra poltrona, e serve 2 copos de whisky

- Um pouco de rum - responde constrangido

- Pode beber - se refere ao copo de acabou de servir - ... Quem diria que eu encontraria Jeon Jungkook aqui, o mesmo garoto que força vomito para a "saúde", agora aqui com 16 anos e enchendo a cara de álcool
    
- Também não é assim, eu só queria um pouco, você que me deu um monte... De qualquer forma, você não tá bravo?

- Não, seria hipocrisia, eu sei que se você bebe a culpa é minha, mas o que eu não entendi é porquê de você estar fazendo por pura vontade, até porque eu sempre te fazia beber como punição, e não algo cômodo - silêncio - você bebe a quanto tempo?

- Não é frequente, acho que esse ano eu vim aqui umas 4 vezes contado com hoje - já estão outubro

- E quando isso se tornou algo cômodo? - o mais novo solta uma pequena risada - Do que você tá rindo?

-  Da sua pergunta, quer saber mesmo? Foi na véspera do meu aniversário de 15 anos, quando você me chamou no escritório, você me serviu um copo de whisky, e começou a falar, depois disso foi questão de uns 15 minutos até você começar a berrar comigo, você gritava " Você não se acha o homem? O fodão? Toma essa merda agora, toma toda a merda que tá nesse copo. É isso que os homens tomam", e eu bebia todo aquele whisky que descia rasgando, em um ódio, e você não parava de encher o copo e gritar comigo, e quando mais eu tomava, mais sem sentido a situação ficava, chegou uma hora que você gritado, só parecia com um mosquitinho zunindo no meu ouvido, e quando você me deu um tapa, foi estranho, não teve dor alguma mais o meu latejava. Foi aí que eu percebi que quando se tá bêbado, todos os seus problemas somem. É como mágica, alguns goles e você nem está mais ali

- Você é tão tolo, tão ridículo... De qualquer forma, mesmo que eu não esteja bravo, não quero mais você bebendo, então a partir de hoje essa sala vai ser trancada e se você por um acaso quiser beber, seus homem e vá no meu escritório me pedir

     Alguns minutos de silêncio enquanto terminavam a bebida, e quando o moreno estava prestes a sair

- Sua mãe sabe que você tá aqui?

- Porque ela saberia?

- Não sei, você está soltinho, contato tudo parte ela

- Ela te falou alguma coisa?

- Não, mas lembre-se, a casa tem ouvidos, tenho câmeras onde você nem imagina

     O mais novo sai da sala levemente atormentando pela fala final do pai. Segui até seu quarto e toma um banho gelado e se prepara para dormir. Um pouco depois da meia noite, sua mãe entra silenciosamente em seu quarto, acreditando que o filho estaria dormindo

- Mãe

- Pelo amor, que susto menino - diz se virando após fechar a porta - Pensei que você já estava dormindo

- Não tô conseguindo

- Tá preocupado com o Jimin?

- Um pouco

- Hoje você passou o dia todo apreensivo, até estranhei você chegar aqui em casa calmo daquele jeito

- É mais fácil eu me convencer que ele tá bem, mas aparentemente não tá dando muito certo. Sabe, eu tô com medo dele tá sentindo muita dor, porque o meu já doeu muito, era insuportável, e o dele vai ser literalmente o dobro do meu, e ainda vai ter a dor dos movimentos

- Mas você também foi um caso isolado, já que o seu pai te fez sentir bem mais dor que o normal, com aquele ideia idiota de puritano de não deixar você se tocar

- Ainda sim, o Jimin provavelmente vai sentir mais dor que eu, e o corpo dele é mais frágil que meu

- Agora você se preocupa com a fragilidade do corpo dele

     O clima pesa um pouco, e depois de um curto silêncio constrangidor, Jeon fala

- Dorme aqui comigo, por favor. O seu cheiro me conforta

- Tudo bem, hoje o seu pai está um pouco mais tranquilo

     A mulher se deita ao lado do filho e lhe abraça

- Boa noite meu amor

- Boa noite, mãe

     ...

     Jeon estava prestes a ir para escola, se sentia estranho em saber que não passaria na casa do Ômega, e não teria sua companhia por uma semana. Embora já tenha ficado sem o ômega algumas vezes, dessa vez era diferente, já que além de ser uma semana, ele também não conseguia tirar da cabeça o que provavelmente o Jimin estaria fazendo agora.

     Mesmo ansioso, conseguiu seguir a sua rotina, porém no horário do almoço quando foi pegar seu celular, seu coração parou vendo dezenas de mensagens e ligações perdidas do hotel

💖💖💖💖💖

Gostaram do capítulo?
Alguma observação?

Data: 14/12/2023
Palavras: 1220

Os comentários para o projeto de 25k continua aberto no cap 30

Quem é o seu Alfa? Where stories live. Discover now