Joanne conhece Joker por acaso e ele a persegue de propósito.
Enquanto tenta ajudar o povo que sofre com a seca e a fome, Joanne se apaixona por um bobo da corte.
Ela só não esperava cair em mundo de prazer e luxúria, não esperava nada que aquele pa...
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Eu o recebi em meus braços, a música alta e os risos em volta abafando seus soluços, que só eram ouvidos por mim.
Mergulhei meus dedos em seu cabelo, mas Joker continuava sendo Joker. Ele começou a me balançar, como uma música lenta da noite de núpcias, não era uma dança, mas poderia ser.
— Esse é um lado que eu não esperava mostrar a ninguém.
— Pode confiar em mim.
Ele se levantou dos meus ombros e me olhou nos olhos. As órbitas vermelhas marcadas por minúsculas veias, combinavam com seu sorriso triste.
— Quer sair daqui? — minha oferta foi sincera e arriscada
Ele abriu mais o sorriso e me pegou pela cintura, olhei em volta, mas ninguém parecia se importar conosco.
— Me dá um minuto para puxar a orelha de Dulce?
— Não... Joker?
Ele já não estava ouvindo, mas sumindo no meio das pessoas, me virei para esperá-lo perto da porta. Não era uma noite fria e ali dentro ficava cada vez mais quente.
Encostei na parede e olhei para o salão e todas aquelas pessoas se divertindo apesar de toda a seca e sofrimento.
Quando senti alguém segurar meu pulso, é repentino, puxei a mão e me virei para ver um senhor de idade muito avançada.
Não consegui responder na hora, o choque e a aparência dele, eram assustadores.
— Lazulita — ele aponta para a pulseira em meu braço.
— O que disse?
— A pedra, é lazulita. Me lembra de quando o reino era próspero. Antes do rei.
— Não, está enganado. Quando a seca chegou, meu pai já era rei a anos. Essa parte não é culpa dele — estiquei o pescoço atrás de Joker que parecia ter sumido dentro do lugar.
— Estou falando, princesa — o velho fez uma pequena reverência — próspero de verdade. Com as minas de Triket
— Que minas? — perguntei muito mais interessada.
— Minas com túneis de mineração, tão longos que iam desde o castelo até a praia, profundos a ponto de alcançar o inferno.
— Eu saberia se meu reino tivesse minas de mineração.
— As pedras azuis, lazulita, foram as últimas. Entregues ao chefe dos minerados, ele deu a filha que estava prestes a se casar com alguém da realeza.
— Minha mãe?
Levo a mão ao peito para segurar outra joia com a mesma pedra azul. É linda e muito simbólica, todas as joias deixadas pela minha mãe tinham essa pedra, mas sempre acreditei que foram presentes do meu pai.