T2 V

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O coração dele batia acelerado, por um milagre ou benevolência, mesmo não sendo da parte investigativa permitiram ele de entrar no local. Bakugou entrou no escritório, sentindo os resquícios do odor doce derivado da fumaça roxa que civis viram sair do prédio pela janela. Uma estante estava virada com os documentos esparramados ao lado da porta por onde os Sidekicks foram bloqueados, e cacos de vidro estavam espalhados pelo chão. 

-- Seja quem for não usou a janela como fuga, e sim como entrada, foi rápido em bloquear a porta antes que o barulho chamasse atenção e conseguiu imobilizar a Makio antes de ela reagir -- Yuki falou quando o loiro se aproximou, o albino mantinha os olhos em um puf preto no canto da sala, amassado de forma que revelava que quem estivesse sentado ali se impulsionou para correr em direção a janela, ao ar fresco. 

-- Essas marcas... -- Bakugou analisou os queimados pelo chão, eram finos e longos -- Foi o Shigeo, ele tem o costume de usar um chicote de luz -- Bakugou estremeceu ao ver pingos de sangue perto dos queimados. 

Passos pesados e rápidos se aproximaram, e quando o loiro se virou Haru o acertou um soco no rosto.

-- Isso é culpa sua! A Makio nunca baixa a guarda, nunca! Mas baixou horas depois de ser vista com você! -- O rosto estava contorcido em fúria.

-- Como....? Está nos vigiando? -- Bakugou não se importou com a dor no rosto, quando só conseguia pensar no que aconteceu no carro. Eles contaram um para o outro o que mais os perturbava, depois ele ainda a beijou, Haru estava certo, ele a deixou distraída.

-- Como eu não faria? Você tenta se aproximar mesmo depois de ter ignorado todas as cartas dela! Eu não confio em você! -- Haru usou sua telecinese para empurra o loiro em direção a porta.

Cartas?

-- Haru, agora não é o momento, precisamos de toda ajuda possível -- Yuki tenta acalmar o irmão.

E mesmo quando a telecinese parou de empurrar Bakugou ele não se moveu.

-- De que cartas você estava falando? Eu nunca recebi nenhuma carta -- Ambos os irmãos olharam para ele, a fúria de Haru se transformando em uma mescla de surpresa e confusão.

-- Puta merda -- A voz arrastada e repleta aflição de Yuki enquanto passava a mão na testa chamou a atenção dos dois outros -- Esse problema nós resolvemos depois -- Yuki se aproxima de Bakugou, uma expressão intimidante -- Me passe todas as informações que você possuir sobre ele, locais de aparição, vítimas, comportamento, forma de lutar, eu preciso de tudo.

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Quando ela acordou estava deitada, havia luzes para todo lado. Era uma sala totalmente espelhada, chão, paredes e teto refletiam seu reflexo e a luz intensa de pequenas mas potentes lampadas colocadas de maneira a ser uma continuação do vidro, sem ter espaço para sombras, ela precisou fechas os olhos.

-- Bom dia Makio, teve bons sonhos? -- Ela sabia que ele não estava ali, e sim atrás das paredes, mas a voz parecia ser sussurrada em seu ouvido.

Ela se moveu, e percebeu que estava presa ao chão refletivo, impedindo que seu corpo criasse sombras, ela sentia as costas contra o chão ardendo pelas chicotadas de luz. Ela mal se lembrava do que aconteceu, mas sabia que estava em uma prisão feita meticulosamente para ela. Talvez projetada pelo próprio Uwabame antes de morrer.

-- Porque você está fazendo isso? -- Ela precisava ganhar tempo, de alguma forma. Tempo para pensar, tempo para ser encontrada.

-- Porque eu sou um Rei --Ele riu -- Shadow Queen, rainha sombria ou seja lá como deseja ser chamada, se você é uma rainha, então por ser o seu elemento oposto e melhor que você eu me torno rei. E Reis, não devem se manter escondidos, devem ser vangloriados. 

Seja a minha luz Katsuki BakugouWhere stories live. Discover now