The Good Side || Carl Grimes

[ O desespero. 012 ]

The Good Side: 03 capítulo, 2 ato
" Isso é real?"

MAISIE sonhou com seu pai, provavelmente por ter passado a noite pensando nele e sua mãe. A garota se lembra de estar no quintal de sua casa, na neve. Ela aparentava ter a idade que tem. Eles pareciam estar se despedindo, mas Joe continuava sorrindo.

- Eles são gente boa. - seu pai encarava a garota.

- Quem? - Maisie perguntou calma.

- Seu grupo. Sua nova família.

- Eles não são minha nova família. - a loira discordou. - Você e a mamãe são minha família.

Ela olhou para a casa, e na janela da cozinha, avistou sua mãe. Se ela estivesse completamente consciente, correria para abraça-la, mas aquilo era um sonho. Então apenas acenou para ela que retribuiu com um sorriso simples.

- É nós somos sua família. Mas não estamos mais aqui, só eles estão. - quando seu pai respondeu aquilo, tudo ficou escuro, sua mãe que estava na janela da casa, tinha desaparecido, só Maisie e seu pai estavam presentes. E Maisie tinha onze anos novamente, com a mesma roupa que usou no dia que tudo aquilo tinha começado.
O clima da conversa tinha mudado também, seu pai ficou com uma expressão séria, e a pequena garota estava com um olhar assustado.

- O que está acontecendo Maisie? Por que você não quer mais se lembrar da gente? - Joe perguntava com um grande tom de manipulação. Ele não era assim.

- Eu me lembro de vocês! Eu juro, eu amo vocês... - a garota ficou desesperada.

- Pode ser sincera comigo. - o homem pediu mas não recebeu uma resposta. - Maisie, não me ignore!! - ele se exaltou fazendo a menina lacramejar.

- Eu tenho medo de começar a me esquecer de vocês... Dela. - ela começou a falar. - Eu já estou me esquecendo da mamãe, a voz dela! E daqui a alguns anos, eu posso me esquecer de você também! - Maisie já chorava sem parar. - Eu não quero me esquecer de vocês pai!

- Não se preocupe amorzinho. Você nunca vai esquecer da gente, nunca vai esquecer do quanto nós amamos você. - o homem abraçou a garota e quando percebeu, ela já tinha voltado a idade real dela. Treze ou doze anos, ela já não sabia mais.

Parecia que quando ela ficou assustada, triste, voltou a ser só uma garotinha. Mas só seu pai poderia conforta-la.

- Eu só queria que você soubesse, o quanto eu me arrependo do que fiz você passar depois que sua mãe morreu. - eles se afastaram do abraço.

- Eu entendo o porque de você ter ficado daquele jeito, pai, me desculpa por nunca ter te ajudado a superar a morte da mamãe. - Maisie agia como uma adulta.

- Eu era o adulto, eu tinha que fazer você se sentir bem, não só viva. Tudo que eu fiz foi por mim. Se você morresse, eu não teria motivos para continuar. E eu queria continuar, eu queria sobreviver, mas com você. - Joe desabafava. Os dois sorriam sem mostrar os dentes um para o outro, quando o olhar de Joe foi virado para atrás da garota. Maisie virou para trás e viu sua mãe.

- Oi Mai, como você está enorme. - Jane sorria com uma voz chorosa. Ela estava meio suja, como se estivesse num apocalipse zumbi.

Maisie já tinha o controle de suas ações. Tudo que ela falava, era o que ela sentia. Então foi correndo abraçar a sua mãe. Ela conseguiria, chegou tão perto da linda mulher. Mas antes de se encostarem, um grito chamando a menina foi ouvido. Era Michonne, junto com Carl, Rick, Daryl, Maggie, Glenn e alguns outros. Sua nova família?

- Maisie! - Michonne gritou. - Venha, estamos te esperando!

- Por favor Maisie! - Rick gritou.

- Vamos brincar! - Carl também falou.

Maisie estava confusa, olhou para a sua mãe que sorria com lágrimas no rosto.

- Você escolhe, sabe o melhor para você. - a mulher ajudava.

- Isso é real? - a menina perguntou baixo para a mulher.

- Não necessariamente. - Jane respondeu rindo um pouco.

- Eu não sei quando vou ter outra oportunidade de fazer isso, mãe. - Maisie estava decidida, ela tinha que abraçar sua mãe pela última vez. E abraçou.
Um abraço forte, magnífico, que durou poucos segundo. A garota acordou.

Ela acordou assustada, quase caiu da cama. Diferente de todos os sonhos que ela já teve em sua vida toda, ela se lembrava de exatamente tudo. Ela não queria se esquecer aquilo nunca, então pegou um caderno que estava do lado da sua cama, e escreveu tudo que tinha acontecido. Resumiu um pouco, sua letra estava bem desajeitada, mas dava para entender.

Ela tinha o colar e a pulseira que seu pai tinha dado a ela, era a lembrança dele. E a de sua mãe seria aquele sonho, aquele abraço. Ela pretendia ler aquilo sempre que sentisse saudade da mulher, igual segurava forte o colar de pai quando sentia saudade dele.

Ela se lembrava deles. Sua família, ela se lembrava.

- eu espero que vcs tenham entendido o cap

- dsclp se nn foi o capítulo que vcs esperavam, mas precisei fazer ele para a personagem meio que entrar em conciliação com o seu passado.