25 - Gosta de rosas?

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— E aí ela pediu desculpas e vocês se resolveram?  —  Assinto, havia contado a Ian parcialmente o que tinha ocorrido naquela noite.

— Amy so falou o que ela sentia no momento. — Ele assente, Ian estava sentado à minha frente, a janela na lateral não nos dava uma vista simples, era um lindo jardim com rosas observei-as por um tempo a brisa fresca começou a invadir o lugar e me senti viva.

— Gosta de rosas? 

— Mais das vermelhas. — Eu o olho pelo olhar periférico ainda encarando a janela, ele estava me olhando, olhei o mesmo por mais um tempo até ele mudar a direção do olhar para fora.

— Como decidiu o que queria fazer? — Me viro e o encaro. 

— Hm? — Ele questiona interessado.

— De profissão.  — Ele me olha, não estou falando de quando uma pessoa observa você, mas quando uma pessoa enxerga você além das aparências, Ian parecia estar mergulhado em meus olhos, não os mudava de lugar nem por um segundo... Até que finalmente piscou.

— Meu pai, ele trabalhava com a polícia, sempre estive no meio disso, e quando ele morreu foi como um choque, tudo que era minha vida se desfez, como um chão desmoronando, o que eu achava que era concreto na realidade podia mudar por uma simples situação. Foi quando percebi que os investigadores não estavam ligando muito para o caso, daí eu comecei a investigar por conta própria, na época não adiantou muito, mas continuei e percebi que trabalhar com isso poderia não ser so apenas para solucionar o caso do meu pai, mas estar com ele. — Eu o encaro e me aproximo dele com apenas a mesa nos separando, ele me contou aquilo, o que havia acontecido com seu pai? Como se estivesse lendo meus pensamentos ele diz:

— Eu o encontrei baleado no hospital, eu ando investigando o caso, mas quem quer que tenha feito isso foi muito esperto... — Um longo suspiro sai do mesmo.

— Eu nunca contei para ninguém sobre isso.

— Eu sinto muito Ian... — Antes que eu pudesse falar algo ele sorri levemente, pisca e diz.

— Sua vez.

— Oi?

— Um pensamento por outro. — Ele diz e eu esbanjo um sorriso.

— Assim do nada? Não sei.

— Claro que sabe, a primeira coisa que estiver pensando.  — Tipo como é bonito o tom mel que fica nos olhos dele sempre que bate a luz do sol? 

— O que eu vou fazer se até o dia da inscrição não ter em mente o que eu quero fazer da vida. 

— Talvez não precise, não é por que as inscrições são no final do verão que você tem que se limitar a elas, tem sua vida inteira ainda para decidir. — Então por que queria para agora? Mas ele estava certo, eu não tinha muita idade, ainda estou começando a vida, talvez eu não precise decidir agora so por que a maioria das pessoas vai decidir e fazer uma faculdade também.

— Sua vez. — Digo e sorrimos, era incrível como Ian poderia descontrair o clima em qualquer situação, a pouco ele estava falando sobre seu pai, mas não deixou que tudo ficasse sem cor.

A atendente chega em nossa mesa e coloca nossos pedidos, eu havia escolhido um brownie e o Ian um Muffin de chocolate.

— Obrigada. — Agradeço e provo meu lanche.

— Café da manhã muito saudável. — Eu o olho e levo meu olhar em direção ao bolinho dele, ele ri.

— Olha quem fala. 

O Meu VerãoWhere stories live. Discover now