Capítulo 06 - OHM

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Nota:  Este capítulo contém uma descrição do que o assassino faz com suas vítimas, consequentemente, isto pode ser gatilho para algumas pessoas. Este trecho estará sinalizado com um "**"  antes de começar a descrição e depois da finalização da mesma.

"Quisiera pensar que existe esperanza (quiero estar junto a ti);  Volverte a encontrar tal vez mañana (regresarás a mí).No quiero olvidar tu mirada, te quiero pensar; No puedo dejarte de amar (sentirte respirar).¿Por qué es este adiós inolvidable? Me aferro a encontrarte después.¿Por qué este dolor es insoportable? Lo siento y me doblo a tus pies."RBD - Tal Vez Mañana

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Eu estou parado em frente a enorme janela de vidro da minha sala, a partir dela consigo ver todo o estacionamento dos fundos do Edifício Central da Polícia Federal da Tailândia. O sol da manhã brilha no jardim ao fundo e nos canteiros cheios de flores ornamentais que dividem os setores de vagas, o céu está um azul claro lindo e limpo.

É um lindo dia lá fora, mas eu não enxergo de verdade, meus olhos estão presos as pessoas saindo do edifício e entrando em seus carros, ele é o último a sair do prédio. Inferno, ele estava aqui esse tempo todo?

Ele anda de cabeça baixa, os ombros estão caídos e as costas curvadas, mas quando Earth e Mix olhando para ele, ele arruma a postura em um instante. Eu o conheço, ele não está bem, ele está cansado. Mas de que, da fama, dessa vida corrida, de todo esse povo que não o deixa em paz um minuto sequer?

Inferno, eu quero abraçar ele, consolar, dizer que não importa o que acontecer, eu estarei aqui para segurá-lo, que sempre serei seu apoio! Mas sei que não posso, ele não quis meu coração 10 anos atrás, permaneceu assim todo esse tempo, e sei que não vai querer agora também.

Espero até que ele entre no banco de trás do carro, com Earth dirigindo e Mix no banco do passageiro. Sei que eles vão deixa-lo em casa, pela postura e jeito de andar, sei que ele quer ficar sozinho, é assim que ele consegue digerir suas emoções. Somente quando perco o carro de vista, é que saio da janela e finalmente sento em minha cadeira para ler o arquivo com as informações que juntaram até agora sobre os casos.

Quando vejo as fotos das autopsias das 6 vítimas já encontradas, meu estômago embrulha. Nunca vi nada assim antes. Esse desgraçado é cruel. Ele conhece bem suas vítimas, pois eu as conheço também, todos foram alunos e professores da Escola Achariya para Superinteligentes. Segundo os laudos das autopsias, as torturas sempre começam explorando os maiores medos das vítimas.

A última vítima encontrada foi James Sullivan, foi encontrado nas primeiras horas da madrugada de hoje, no mesmo local, o Royal Cemetery, como ele consegue deixar as vítimas lá sem que seja pego pelas câmeras ou pelos guardas?

Mas o mais importante, como ele consegue capturar as vítimas? Ninguém viu ou ouviu nada, nem um homem ou mulher agindo de forma suspeita. Nada, nenhuma pista, além da ligação com a Escola Achariya e com ele.

Volto minha atenção para as autopsias novamente, e vou anotando primeiro os medos das vítimas:

1ª – Ploy Rattana, 24 anos – Professora de Literatura – Horror a cobras;

2ª – Niran Ratanaporn, 54 anos – Professor de Música – Horror à Altura;

3ª – Ubol Noknoi, 25 anos – Professora de História – Horror a cobras;

4ª – Malee Suwan, 25 anos – Violonista – Horror a sapos;

5ª – Dao Thakur, 24 anos – Baterista – Horror a aranhas;

The Labyrinth of ShadowsWhere stories live. Discover now