Yashiro era uma menina solitária, em todos os seus anos como colegial nunca tivera uma amizade que pudesse chamar de verdadeira, pelo simples fato de suas pernas serem um pouco rechonchudas.
Esse seria seu primeiro ano frequentando o ensino médio, e...
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Uma nova assistente
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Yashiro estava ali, com o corpo encolhido segurando as pernas, num gesto de auto defesa. Sentiu as mãos trêmulas e a respiração descompassada.
– V-você é realmente um fantasma? - Ela perguntou com um pouco de receio, se arrependendo logo depois.
O fantasma flutuava a alguns metros da garota, seu corpo era translúcido, ele estava usando o uniforme antigo da escola, as roupas um pouco surradas. O fantasma do garoto possuía cabelos castanhos bagunçados num corte fora de moda, seus olhos eram na cor âmbar e era bem baixinho, possivelmente era novo, arrisco-me em dizer que havia parado no ensino fundamental. Analisou cada centímetro, reformulando várias e várias vezes a cena em sua mente.
O garoto curioso, aproximou-se da garota fazendo a mesma se encolher ainda mais com a aproximação repentina.
– N-não chega perto! – Gritou, a voz nem um pouco ameaçadora.
– Senão o que você vai fazer? – Perguntou num tom brincalhão, aproximando-se cada vez mais da garota de perninhas rechonchudas. – Hmmm~
Ele se divertia com cada gesto e movimento que a garota fazia. Já havia algum tempo desde que alguém conseguiu invoca-lo, então aproveitou dessa oportunidade para provocar o quanto quisesse.
– O que você vai fazer, pernas de rabanete?~ – Dizer isso foi a gota d'água para Yashiro, odiava esse apelido e aliás, como essa garoto sabia desse tal apelido? – O que f-
Sua fala foi cortada quando Yashiro lhe transferiu um tapa. Mas para sua má sorte, ele era um fantasma e sua mão atravessou o rosto do garoto. Ao perceber, a vergonha cresceu. Ficou vermelha como um tomate, notando o quão boba ela deve ter parecido naquele momento.
Estavam num silêncio mortal. Nenhum dos dois ousou dizer nada, até que esse silêncio foi quebrado pelo som de alguém que não mais conseguia aguentar a risada.
Hanako gargalhou, seu corpo tremendo com a intensidade de suas risadas.
– Esqueceu que eu sou um fantasma? – Comtinuou rindo ao ponto de dobrar seu corpo para frente enquanto segurava a barriga. – Você é hilária.
Yashiro estava tão envergonhada que queria fugir dali, mas não conseguiu pois o garoto ao notar sua agitação, se pôs na frente da porta.
– Pra onde pensa que vai? Você tem um pedido, não tem? – Disse num tom provocativo. – Antes de tudo, como se chama senhorita rabanete?
Ouvir mais uma vez o garoto jogar esse apelido para cima de si, fez seu sangue borbulhar. Lembrou da sua infância, onde ela sofria bullying, abriu um sorriso amargo ao pensar no passado.
– Dá pra parar de me chamar assim? – Cruzou os braços, a cara emburrada. – Nanico de chapéu.
Hanako arregalou seu olhos. Fora a primeira vez que ouviu algo do tipo e novamente soltou algumas gargalhadas.
