Amores Doentios |+18| |Concluída|

70

Lara dormia e Ariel estava a observando, passando a mão em seu rosto. Ela se levantou e foi para a sua cama, se sentando.

A porta do quarto foi aberta e Frederico apareceu. 

— Vamos conversar um pouco. 

— Não vou a lugar algum, ainda mais estando com você.

— Parece que estou te dando uma escolha? 

Ariel se levantou e olhou para Lara e seguiu até Frederico, que a levou para o andar de baixo, onde seguiram para a sala. 

Ela caminhava na frente dele, mas parou bruscamente quando viu a mesa posta, duas taças, pizza e um notebook aberto. 

— O que é isso? 

Ariel se virou para Frederico o olhando. 

— O que é isso? 

Perguntou novamente um pouco mais alto e Frederico passou por ela, indo até o sofá, onde se sentou a olhando.

— Lembra que a gente sempre fazia isso? Um filme, vinho e pizza. 

— Você é louco. 

Ariel ficou de costas, começou a andar para as escadas, mas parou quando Frederico a chamou. 

— Você não vai fazer essa desfeita comigo. 

Frederico se levantou e foi até Ariel, passando por ela e ficando na sua frente.

— Não faça essa falta de educação comigo, eu tenho certeza de que você foi muito bem criada e a Cristina...

— Não toca no nome dela — Ariel interrompeu ele gritando. — Não ouse falar qualquer coisa que seja da minha irmã, seu monstro. 

Frederico levou a mão no rosto de Ariel, que desviou do toque dele. 

— Ariel, eu te aconselho a não me tratar assim dessa forma porque...

— Por quê? — interrompeu Ariel novamente. — Você me sequestrou, sabe muito bem que eu não queria estar aqui, eu odeio essa casa e odeio você com todas as minhas forças. 

— E com quem você queria estar agora? — perguntou Frederico. — Com o meu irmão? Você ama o Charles?  

— Amo — respondeu Ariel. — Amo o Charles e preferia, sim, estar com ele agora. 

— Não você não ama o Charles porque o seu amor é só meu e de mais ninguém. 

— Eu não amo você a muito tempo Frederico deixei de te amar no dia que você me marcou, aquele dia você mesmo matou todo o amor que eu sentia por você, então não venha me pedir para te amar novamente porque isso não vai acontecer nunca. 

— Sabe o que eu mais amava em você?

Frederico ficou de costas e seguiu até o sofá, onde pegou uma taça e colocou vinho, indo até Ariel e a entregando. 

Ela hesitou, mas pegou a taça, ele fica de costas, coloca vinho na outra e deixa a garrafa no balde com gelo. Olha para a Ariel dando um gole na bebida. 

— A sua inocência. 

— Aquela que você arrancou de mim por que motivo? Você me assassinou, Frederico. 

— Eu não matei você. 

— Não me matou, mas alguma coisa dentro de mim morreu aquele dia.

Ariel olhou para a taça em suas mãos com os olhos marejados e respirou fundo, tentando conter a emoção ao se recordar daquele dia.