capítulo dois

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Avisos gerais: História inspirada no Joel Miller da série, sem apocalipse, contém obscenidades (apenas maiores de 18 anos), leitora feminina s/n, diferença de idade (45x30), Romance, mais de um ponto de vista, uso de álcool, angústia, sexo, oral (m e f recebendo), abuso físico.
Palavras: 3k

Algumas semanas se passaram desde o início da obra, alguns dias da semana você ia até lá correndo para ver como estavam indo as coisas, outras passava com o carro na frente na esperança de ver a picape de Joel, patético, você sabe, mas quando chegava já encontrava vazia e uma pontada de tristeza surgia.

No trabalho estava tudo fluindo bem, as coisas no escritório aqui não eram muito diferentes do escritório no Brasil. Você comentou com Maria sobre Joel, mas ela não lhe deu muito incentivo sobre investir ou não.

"Joel é complicado" ela diz.

Você olha para ela com as sobrancelhas levantadas "Você indicou alguém complicado para ser meu empreiteiro?"

"Como profissional ele é o melhor que conheço, de verdade" Maria te acalma "mas com relacionamentos ele é complicado" limitou em dizer e você não insistiu mais.

Você está indo em direção a copiadora quando seu celular vibra, era Joel.
Joel: Hey, pode falar? - você ama ouvir a voz levemente rouca em seu ouvido.
Você: Posso sim - diz olhando para os lados procurando privacidade.
Joel: Ótimo, é sobre a reunião, poderia ser hoje?
Você havia planejado chegar em casa e desabar na cama, por mais que as coisas fossem iguais no escritório, essa semana tinha sido puxada com muitas pautas para serem resolvidas. Você demora para responder e ele fala novamente.
Joel: Mas se ficar ruim para você, podemos marcar outro dia.
Você: Não, não, pode ser hoje sim. Na obra ou prefere em outro lugar?
Joel: Na obra está ótimo, eu aguardo você.

Vocês se despedem e volta seu caminho até a  copiadora, Richard está na sala imprimindo alguns papéis, ele trabalha no setor ao lado do seu. Um homem pouco mais alto que você, loiro de olhos azuis, cabelos sempre penteados para o lado, ele era bonito, não tinha como negar, mas não fazia muito seu tipo.

"Oi" você o cumprimenta ao entrar na sala.

"Oi, estrangeira" ele cumprimenta de volta escorado na copiadora "o que está achando de Austin?"

"Ainda não conheci muito da cidade, basicamente casa e trabalho, trabalho e casa"

"Oh, qualquer dia podemos sair para apresentar outras partes da cidade" ele pisca em sua direção "talvez tomar alguns drinks". Você fica sem saber como recusar sem parecer rude. Maria aparece na porta chamando você, livrando-a da saia justa.

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Sai do escritório e vai direto encontrar Joel, estaciona seu carro ao lado da picape e desce.

"Olá" você diz quando encontra ele dentro da casa, Joel está com uma camiseta escura moldando seus bíceps e calças jeans, ambos com marcas de serragem de madeiras.

"Hey" ele responde com um sorriso nos lábios, você se aproxima da mesa provisória onde estão algumas plantas da casa e anotações. Joel está escorado com uma mão na mesa e outra na cintura e logo começa a explicar que já estão colocando o telhado "Assim se chover não estraga mais a parte interna" você concorda, algumas coisas você entende e outras são termos técnicos que você não faz ideia do que sejam, mas confiava em Maria e automaticamente confiava em Joel.

Você está olhando para uma planta com as sobrancelhas juntas, não entendendo nada do que estava ali, Joel observa você e sorri baixo se aproximando por trás, ele passa o braço por cima do seu ombro, você inspira baixo o cheiro dele, perfume misturado com suor, e aponta para onde você olha "essa planta é do encanamento, a água entra por essa parte" coloca o dedo no canto extremo da folha, você observa a mão se movendo, seguindo o que parecem serem canos desenhados "e passa por toda a casa"

H O M E  -  JOEL MILLER Onde as histórias ganham vida. Descobre agora