Jin

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Se algum dia alguém me falasse que minha
vida daria um giro de 180º por causa de uma
mulher, eu riria alto. Sempre fui arrogante, tive todos na palma da mão, até descobrir que Laila me enganou muito bem e quem comandava tudo era ela e não eu.

Traído por quem achei ser meu único suporte, fui atrás de quem poderia não me deixar cair, ou melhor, do local onde tudo começou, a mansão dos Bangtan.

Parecia até premonição, há alguns dias
atrás pedi a Judite que limpasse tudo, porque havia meses que não a pedia para fazer tal coisa. Claro, tinha a ver com a data próxima do falecimento do meu pai...

Perdi meu suporte e ganhei muito mais do
que uma base forte para me reerguer.

Jisoo, que gostava de ser chamada de Soo, mudou tudo, mostrou toda a mentira que vivi, além do verdadeiro significado do que era gostar de alguém.

Nunca quis enfrentar o mundo por Laila,
nunca senti vontade de esperar pacientemente até que ela estivesse pronta para algo, até porque, quem me mostrou alguma coisa foi ela. Enquanto minha ex-noiva me mostrou o poder da luxúria na
vida de um homem, Soo me mostrou o amor.

Porra, eu amava essa mulher e não tinha
noção do que fazer com essa informação a não ser não a deixar longe de mim.

Eu deveria ter voltado para minha cidade,
desmarquei várias reuniões para me manter aqui, curtindo uma lua de mel dos namorados. Tirando o período da manhã, onde trabalhava remotamente, a
tarde e a noite eram nossas.

Compartilhamos não só momentos
íntimos, como banhos nus na piscina, ou apenas fingindo sermos desconhecidos nos encontrando em uma biblioteca, local que ela amava ficar quando precisava atender alguma chamada urgente pelo telefone.

A situação estava difícil de lidar, eu
precisava voltar à minha rotina diária de trabalho, ela precisava se decidir entre me acompanhar ou ficar aqui e...Precisava unir minha família. Agora, mais do que nunca, sentia o peso que era não ter a união das pessoas que deveriam se amar de forma
incondicional.

Ainda não estava pronto para falar com minha mãe, mas meus irmãos... nós precisávamos lidar com isso.

Deitada no chão da biblioteca, com as
pernas balançando por estar de barriga para baixo, Soo digitava furiosamente no celular. Teria que estourar nossa bolha mágica, contar que o dever me chamava e que a amava. Quando disse a alguém que amava? A única que escutou isso de mim foi minha mãe, anos atrás, antes de descobrir a traição.

- Vocês são loucas... - Soo murmurou e
agachei ao seu lado, arrancando um sorriso dos seus lábios e ainda por cima, ganhando um beijo.

- Quem é louca?

- Minhas amigas, um dia apresento a
você, quando souber que você não fugirá para as colinas.

- Eu enfrentei seus pais, amor - falei o apelido que adorava dizer e a vi sentar ao meu lado, deixando o celular no chão.

- Repito, preciso ter certeza que não
fugirá. Elas podem ser muito... invasivas. - Subiu no meu colo e me abraçou.

Soo se mostrava muito mais livre na questão sexual. De tímida e virgem passou a carente e amorosa, o melhor, e o que eu mais precisava no momento.

- Elas moram na cidade? Por que não as
chama para um banho de piscina?

- Porque diferente de mim, elas
trabalham igual condenadas. Três não moram aqui. Rosé, sim, trabalha num escritório de contabilidade e se mata de segunda a segunda. Lisa é coach e... - Seu olhar iluminou e ela beijou meus lábios com carinho. - É isso, como não pensei antes!

Os 6 irmãos BangTan Où les histoires vivent. Découvrez maintenant