Jisoo

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- Desde quando a conversa se tornou tão
profunda, senhor fechadão? - perguntei em tom de brincadeira, mas dentro de mim um rebuliço se formou.

Meu Deus, eu era feliz?

Havia muitas coisas em mim e com minha
rotina, que eu não estava de acordo, mas então, dizer que não era feliz por causa disso era menosprezar o carinho dos meus pais e avó. Só que, dizer que eu era feliz assim, era assumir que eu gostava de ser à toa e não, definitivamente eu não gostava.

- Desde quando você se assustou pela primeira vez, Jisoo, que prefere ser chamada de Soo - falou sério e dessa vez, deixou a comida de lado e me observou como um gavião.

Ajeitei-me na cadeira e suspirei, incomodada com toda sua atenção e constatação
que o chamei de senhor.

- Jin... - Levantei uma sobrancelha e
ele virou a cabeça de lado. - Posso te chamar assim e você para de fazer essa gracinha?

- Continue... - Ele sorriu e voltou a
cabeça à posição ereta.

- Então, Jin, não sei te responder se sou
feliz ou não. Nunca parei para pensar sobre isso.

- Faça. Quando você tiver a oportunidade
de realmente descobrir se é feliz ou não, descubra e faça algo que te deixe completa.

- Por que me diz isso?

- Você parece ser uma ótima mulher, além de atraente, eu deveria aproveitar a oportunidade e apenas falar de tudo o que tira meu sono, mas só não consigo... - Ele colocou as mãos no rosto e apoiou os cotovelos na mesa. - A única
coisa que sei é que preciso unir minha família e não sei como.

Uau, será que meu cérebro congelou ou
virou apenas pó com essa confissão? Claro, ele me via como amiga, nunca que ele diria atraente de uma forma sexual. Convenhamos, a mulher que estava na mesa ao nosso lado, que percebi agora parecia babar no meu acompanhante, era muito
mais atraente do que eu.

Uma coisa que aprendi com a vida é que
eu tinha muitos atributos para ser amiga, mas quase nenhum para ser namorada.

- Quer uma ajuda? - perguntei e ele
suspirou e voltou a me encarar.

- Vamos dividir o último pedaço? - ele
perguntou e eu apenas acenei em concordância.

- Você poderia fingir uma doença -
falei, mesmo que ele não tivesse concordado com minha pergunta.

- O que disse?

- Você não quer reunir sua família?
Então, diga que está com uma doença grave,
normalmente as pessoas se sensibilizam quanto a isso.

- Você não conhece meus irmãos... -
resmungou e praticamente engoliu a última fatia de pizza no seu prato.

- Park Jimin é o que mais se expõe
nas redes sociais, então, sua aparência vale muito. Algo que chame atenção para ele o atrairia. Jungkook trabalha com sustentabilidade, reciclagem de água é
algo que seria muito bem-vindo para o hospital que ajudo, porque lá sempre há muito gasto. Ele parece ser bem mais fechadão que você.

Ele me olhou desconfiado e isso me
incomodou.

- Você é alguma jornalista querendo uma
história extra para seu currículo? Eu juro, se algo do que você viu dentro de casa for exposto...

Puta que pariu, ele achou que estava
investigando a família para um furo jornalístico?

Coloquei as mãos em cima da mesa, as
lágrimas ameaçando em cair por ele ter me visto como uma filha da puta. Eu era muito certinha, minha família tinha boa índole, eu não conseguia aceitar esse tipo de julgamento sem retrucar.

Os 6 irmãos BangTan Onde histórias criam vida. Descubra agora