como mudar a vida e desejos de um vilão

capítulo 15

Tom

Acordei de manhã me sentindo exausto, a conversa estranha e nada lógica que tive com meu diário me deixou esgotado.
Por algum motivo ele insistia em dizer que eu estava gostando da maldita Bler.

"Admita nós gostamos dela, já imaginou aonde poderíamos chegar com o poder dela? se descobrissimos o que faz ela ser imune aos feitiços teríamos um exército indestrutível "

Eu tinha de concordar com uma coisa o poder que ela nos daria era algo que me deixava extasiado se pelo menos eu descobrisse um de seus segredo ela estaria na palma da minha mão.

"Não vá com muita sede ao pote, se você conseguisse a confiança dela seria mais fácil manipulala"

- não seja idiota como eu poderia driblar alguém que conhece o futuro?... só se eu...

"Isso mesmo é tão fácil, você apenas tem que tomar cuidado com suas ações, você tem de fazê-la acreditar que gosta dela, o que não é nada difícil ainda mais com aquele corpo"

Se eu tentasse manipular o futuro das pessoas ao meu redor para fazer ela pensar que eu mudei, seria simples conseguir sua confiança. O ideal é que ela sentisse pena de mim, e quando sua guarda estivesse baixa eu poderia descobrir tudo aquilo que quisesse.
A última frase do diário me fez pensar em seu corpo pequeno e delicado, os seios eram do tamanho ideal e seu pescoço sempre me lembrava de uma maçã, será que se eu a mordesse sentiria o gosto da maçã?

Merda meu pau subiu só de imaginar isso.

-graças a você vou ter que tomar um banho.

"Foi você que imaginou essas coisas e não eu"

Fechei o diário com certa violência indo direto para o banheiro dos monitores, passei o resto daquela noite deitado na cama imaginando como seria bom fuder com a Bler antes de meu teatro acabar.

***

Cheguei atrasado de propósito na aula de transfiguração, Dumbledore me encarou por cima de seus óculos meia lua

"Senhor Ridlle creio que o senhor está atrasado"

Ele apontou o óbvio com uma voz monótona, o olhei como quem diria 'serio?'

" me desculpe senhor, estive ocupado evitando que alguns primeira anistas se perdessem "

A desculpa perfeita, eu realmente havia ajudado alguns primeira anistas mas eles se perderam por minha causa. Como sempre minha imagem de bom moço fez com que vários alunos acreditassem em mim porém não teve o mesmo efeito em Dumbledore.

" gostaria de vê-lo em minha sala mais tarde senhor Ridlle, sua atitude é admirável porém não posso deixar seu atraso impune pois isso passaria uma imagem errada de favoritismo para os outros"

Já sabia que isso iria acontecer por isso não me surpreende e me sentei na cadeira mais próxima recebendo um olhar estranho do amigo idiota da Bler, ele estava a poucos metros de mim me encarando com uma careta. Abraxas estava tentando transfigurar uma taça em um rato ao meu lado porém suas tentativas foram falhas e o máximo que ele conseguiu foi fazer a taça ter um rabo e orelhas.
Na primeira tentativa consegui transformar minha taça em um camundongo que correu pela sala assustando as garotas que deram gritinhos de nojo. Dumbledore vendo a confusão transfigurou o camundongo novamente em taça.
***

A aula terminou sem mais problemas, Dumbledore andava em minha frente com uma calma e leveza de dar inveja, chegamos perto de uma estátua de gárgula aonde Dumbledore sussurrou a senha.

" gota de limão"

A gárgula pulou para o lado dando lugar a uma escada em espiral que dava acesso a sala de Dumbledore. Subimos a escada em silêncio, Dumbledore continuava mexendo no queixo como se existisse algo muito incômodo ali.
   Ele se sentou de frente para mim encarando o que parecia ser sua fênix no poleiro, o animal me olhava com ódio e sempre abria as asas em sinal de ataque sempre que eu me aproximava.

" meu jovem, sua punição não será severa, nós dois sabemos bem que não é com punições severas que as pessoas evoluem "

Com um aceno de varinha duas xícaras fumegantes de chá flutuaram até nós, senti que ele se referia ao ano passado quando levei minha varinha para o orfanato sem o seu consentimento e ele me puniu me deixando um mês inteiro sem a varinha, porém eu aprendi a fazer feitiços não verbais graças a isso, deveria agradecer a esse velho idiota?
    Sorri ao levar a xícara até meus lábios.

" sua punição será ajudar na limpeza das salas sem o uso da varinha "

Quase cuspi o chá ao compreender suas palavras, apertei mais minha mão em volta da xícara tentando não demostrar meu desagrado.

"Professor o senhor não acha injusto eu ter de limpar as salas de aula sozinho quando só tentei ajudar?"

Mantive um tom de voz baixo e ressentido esperando que o velho voltasse atrás em sua decisão.

" você não limpará sozinho senhor Ridlle, outros três alunos o ajudarão já que eles também tinham de ter uma punição"

Ele falou calmamente levando a xícara até a boca, avaliei seu perfil tentando desvendar quem seriam os três idiotas que limpariam as salas comigo.

"Se não for muito inconveniente de minha parte será que eu poderia perguntar o que eles fizeram para merecer tal punição?"

Ele ponderou alguns segundos antes de soltar a xícara e mexer na barba novamente.

" eles voaram com as vassouras da escola e quase machucaram gravemente um aluno"

Meu rosto pareceu demonstrar minha indignação por estar sendo colocado para limpar com pessoas que cometeram erros mais graves que o meu pois Dambowdor ficou sério ao encontrar meu olhar.

" não faça essa cara meu jovem, você vai gostar de descobrir que os alunos que irão te ajudar são próximos de você "

Ouvindo isso imaginei um dos meus seguidores fazendo algo idiota sem minha autorização, quase deixei transparecer novamente minha verdadeira face mas consegui manter um rosto sério enquanto ouvia suas palavras.

                                  ***

Dumbledore me acompanhou até a sala de aula que ficava perto das escadas que mudavam de lugar, ao entrarmos encontramos Bler, Wesley e Lysandra que estavam sendo observados por Péricles o professor de astronomia.

" você trouxe o outro infrator, bem senhor Ridlle espero que esteja animado para começar a faxina"

Péricles se virou para nós se concentrando em mim com seus olhos acinzentados, ele parecia outro homem sem esperança que tentava suprir a miséria de sua vida descontando suas frustrações nos outros, Bler me olhou como se não conseguisse acreditar que eu estava ali também.

"Pode apostar que sim "

Respondi me aproximando do balde que estava ao lado de Bler, olhei bem em seus olhos antes de me agachar e pegar uma buchinha que se encontrava no interior do balde.