18: Você não merece ser tratada assim.

170 18 95
                                    

Voltei gente, quero me desculpar por ter apagado o capitulo, quis fazer algumas mudanças que estavam me incomodando muito, deixei ele mais longo e mais interessante.
Espero que gostem, votem por favor, ajuda demais!
....................................................................................................................

Justin Bieber

A primeira semana trabalhando em dois empregos foi mais exaustiva do que eu havia planejado, mas era de se esperar. Não posso ignorar que não apenas trabalho, mas também estudo e treino para o basquete. O que me tranquiliza é saber que em breve meu corpo irá se acostumar com tanto esforço, e com o tempo, não me sentirei mais tão cansado, mas por enquanto, estou semimorto enquanto permaneço em pé no vagão do trem, oferecendo meu apoio à Hazel, a princesinha parecia estar com no nojo - o que foi veemente negado por parte dela - ao utilizar os canos como suporte e que eu a segurasse através da cintura, é quase engraçado observá-la neste ambiente tão contrastante com sua habitual realidade. Ela parece estar descobrindo um mundo distinto do mundinho em que vive, onde as pessoas enfrentam problemas reais e diferentes dos dela.

Ela observava o mundo com curiosidade, com um certo toque de julgamento, algo compreensível dado que a esquisitice parece vir em um convite com a pobreza, e o transporte público é um palco para muitas dessas peculiaridades. No entanto, ela conseguia se refugiar em seu mundo particular, mergulhando em seu livro sempre que necessário, como se buscasse refúgio da dura realidade, sempre se isolando em um mundinho criado por ela, como se quisesse não ver o que está ao seu redor. Às vezes, me questionava se AJ era realmente tão controlador quanto parecia, ou se Hazel estava se acostumando demais a essa dinâmica. Embora ela não aparentasse conforto, eu me perguntava se estaria disposta a abrir mão de certas coisas em troca de mais liberdade. A resposta não era clara, talvez sim, mas sua atitude não indicava isso.

- O que você está lendo? - Indaguei, ela parece ter se surpreendido com a pergunta, o seu eu confesso, me deixou intrigado.

- O livro que você não quer ler. - Ela fechou o livro brevemente, revelando a capa brega de "O Erro" de Elle Kennedy.

Deus, que péssimo gosto literário.

- Não me olhe assim. - Disse ela, notando meu desagrado.

Olhei para o rosto dela, que estava próximo ao meu.

- Esperava mais de você. - Brinquei, tentando parecer decepcionado. Ela sorriu desafiadoramente.

- Fala como se lesse apenas os clássicos da literatura. - Retrucou, fechando seu próprio livro e cruzando os braços.

- Eu leio qualquer coisa melhor do que isso. - Insisti. Ela revirou os olhos, mas manteve o sorriso.

- Você nem leu até o fim. - Ela observou.

- Já li o primeiro, o que já é suficiente. - Retruquei.

- Esse é o melhor da série, você está perdendo. - Ela argumentou.

- A sua opinião não é relevante para mim, Hazel. - Respondi. Ela ficou em silêncio, um sorriso fraco ainda brincando em seus lábios, antes de retornar ao seu livro.

Esses momentos se repetiam com frequência ultimamente. Nossas conversas frequentemente terminavam assim, com ela se calando de repente e mergulhando em silêncio até que eu dissesse algo. Eu me perguntava se era responsável por esse comportamento, se estava dizendo algo errado, pensava se deveria ponderar mais as minhas palavras antes de dizer, mas honestamente, eu não tinha certeza do que exatamente era. Não queria ter que monitorar cada palavra que dizia, afinal, não era minha culpa se ela estava sensível.

- Senta aí. - Sugeri, quando uma passageira se levantou para sair do vagão, Hazel obedeceu em silêncio.

- Não quer sentar? Parece cansado. - Ela perguntou enquanto eu checava uma mensagem do Chaz.

I (Already) Love You Onde histórias criam vida. Descubra agora