Capítulo Vinte Quatro

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Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste, Vagos, curiosos tomos de ciências ancestrais, E já quase adormecia, ouvi o que parecia O som de alguém que batia levemente a meus umbrais. "Uma visita", eu me disse, "está batendo a meus umbrais. É só isto, e nada mais." (Edgar Allan Poe – Poema “O Corvo”) 

Enquanto Taylor e eu corremos para o meu escritório, eu murmuro baixinho. 

- Merda! Tenho uma reunião com os taiwaneses, também! Foda-se! Foda-se! Foda-se! Entramos em meu escritório e Andrea salta para os pés com meu celular na mão. Notando a ansiedade no meu rosto, ela estende o meu telefone para mim sem palavras. Enquanto eu agilizo o telefone para discar para Antoinette, Josie caminha ansiosa ao ver-me no telefone. 

- Sra. Blossom! Os Taiwaneses já estão na sala de reuniões! A sua presença é necessária. - diz ela, e eu mantenho um dedo indicando que será um minuto. Ela bate seus saltos Louboutins distraidamente, mostrando seu nervosismo sobre esta reunião crucial. 

- Cheryl! - Antoinette suspira respondendo a saudação me deixando mais ansiosa do que nunca. 

- Cristo, Toni. O que há de errado? 

- É Thomas... Ele teve em um acidente. - Maldição! Essa é a última coisa de que precisava neste momento. 

- Merda! 

- Sim. Eu estou á caminho de Portland. 

- O quê? Espero que ela não esteja indo sozinha. 

- Portland? Por favor, me diga que Sawyer está com você. 

- Sim, ele está dirigindo. 

- Onde está Thomas? 

- No OHSU50 . 

Taylor, Andrea e Josie estão esperando ansiosamente para saber o que aconteceu com a minha esposa. 

- Cheryl, nós vamos investir uma porrada de dinheiro nos próximos minutos para um estaleiro em Taiwan! Os empresários estão aqui! Estamos tentando economizar mais US$ 100 milhões de dólares com este acordo, você não pode explodir esta reunião que temos cuidadosamente trabalhado para organizar há mais de 10 meses. - Josie late! 

- Sim, Josie. Eu sei! - eu estalo com raiva. 

Eu não preciso dela para me lembrar. Eu já investi centenas de horas, incontáveis reuniões e milhares de empregos dependem disso. 

- Desculpa baby... Eu posso chegar lá em cerca de três horas. Tenho negócios que preciso terminar aqui. Eu voarei. Tenho uma reunião com alguns caras de Taiwan. Eu não posso dispensá-los. É um negócio que estamos elaborando durante meses. - Antoinette está silenciosa do outro lado do telefone, como se ela estivesse tentando digerir a informação. 

- Eu vou sair assim que eu puder. 

- Tudo bem. - ela sussurra aflita. 

Sua aquiescência é uma facada no meu coração. Eu quero estar lá para ela. Eu sou a esposa dela e ela precisa de mim. Estou falhando com ela. Merda! 

- Oh, baby! - eu sussurro no meu celular. 

- Eu vou ficar bem, Cheryl. Fique à vontade. Não se apresse. Eu não quero me preocupar com você, também. Voe com segurança. 

- Eu vou. 

- Eu te amo. 

- Eu também te amo, baby. Eu estarei com você assim que eu puder. Mantenha Luke perto. - eu ordeno. 

- Sim, eu vou. 

- Eu te vejo mais tarde. 

- Tchau. - diz ela desligando. 

Livre - Aos olhos de Cheryl Onde as histórias ganham vida. Descobre agora