Capítulo 6

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Eles entraram em um elevador feito totalmente de vidro. Haviam nele diversos botões, indicando lugares. Tom olhou aquilo, um tanto incrédulo.

-Não pode ter tantos andares assim!

Questionou ele.

-Ora, e como é que sabe? Seu espertinho. Além do mais, esse não é um elevador comum que sobe e desce, esse elevador pode ir para os lados, para as diagonais e qualquer outro ângulo que você imaginar. - Comentou Toffee. - É só apertar qualquer botão que, uhh já foi!

Ele apertou um botão aleatório e o elevador se fechou, saindo a mil por hora. Eles foram levados a um lugar que por fora, era apenas uma sala, mas por dentro, era enorme e tinha até uma grande montanha.

-Vejam! Vejam! Senhoras e senhores, bem vindos ao Monte Food!

Disse Toffee empolgado, em quanto eles admiravam o local, e observavam dois pequenos Oompa Loompas escalando a montanha em meio a neve que caia.

O elevador seguiu levando eles até uma sala onde várias ovelhas cor de rosa estavam tendo sua lã tosquiada. Toffee se empolgou em contar para que era aquilo, mas então, percebeu que era melhor não comentar.

-Eu prefiro não falar desse aqui...

Disse ele sério. Os outros olharam. "Então, é assim que se faz algodão doce?" Pensou Star.

Eles seguiram a um lugar que parecia uma ala hospitalar.

-Ah, esse é o hospital de bonecos e centro de queimaduras. É relativamente novo...

Contou Toffee, em quanto eles olhavam alguns dos Oompa Loompas cuidando dos bonecos queimados da apresentação, como se fossem pacientes de um hospital.

Depois de passar pela estranha sala de administração, foram parar em um espaço enorme, totalmente aleatório, onde canhões explodiam fogos de artifícios no ar. Representando que acertaria o elevador a todo tempo, mas sem nunca realmente tocá-lo.

-Por que tudo aqui é tão sem sentido?

Questionou Tom, cruzando os braços.

-Chocolate não precisa ter sentido, é por isso que é doce.

Respondeu Star. Toffee a olhou de lado, com um sorrisinho discreto. "Garota esperta" pensou ele.

-Quero escolher uma sala!

Pediu Tom, e Toffee assentiu, permitindo. O garoto apertou um botão escrito "Sala de TV" e o grupo foi levado diretamente para lá. Uma imensa sala totalmente branca, onde um Oompa Loompa solitário assistia a TV. Toffee entregou para o grupo óculos escuros bem estranhos, explicando que eram para proteger os olhos da luz.

-Essa é a sala de testes da minha mais recente nova invenção: A Televisão Chocolate! - Toffee começou a contar, em quanto caminhavam pela sala - Um dia eu pensei assim: "Ora, se a televisão pode dividir uma imagem em vários milhões de pedacinhos, mandá-los zunindo pelo ar, e reagrupá-los do outro lado, por que não pode fazer o mesmo com chocolate? Por que não posso mandar uma barra de chocolate pela televisão, prontinha para ser comida?

-Parece impossível...

Disse Jackie.

-E é impossível! - Respondeu Tom. - Você não entende nada de ciências... Primeiro, existe uma grande diferença entre ondas e partículas. Segundo, a quantidade de energia usada pra converter energia em matéria equivale a 9 bombas atômicas!

-É mentira! - Respondeu Toffee, já perdendo a paciência com o garoto, mas tentando permanecer calmo. - É serio, eu não entendo uma palavra do que você diz, garoto.

Tom se calou.

-Tudo bem, eu agora vou enviar uma barra de chocolate de um lado da sala para o outro.

Contou Toffee. Ele pediu para que os Oompa Loompas trouxessem o chocolate.

Uma pequena quantidade deles veio carregando uma imensa barra de chocolate Toffee Wonka, tão grande que duraria até mais de um ano. Todos olharam para aquilo, encantados. Eles colocaram a barra em cima de uma plataforma redonda. Quando a máquina foi ligada, a barra começou a flutuar no ar, em quanto um grande tubo de plástico se fechava em volta dela. Logo, o objeto enorme, parecido com uma câmera se virou para ela e uma luz muito forte brilhou, fazendo com que a barra gigante desaparecesse.

Toffee guiou o grupo até a pequena TV, onde a barra se materializou na tela. Ele pediu para que Tom pegasse a barra.

-Qual é? É só uma imagem na tela...

Respondeu o garoto.

-Seu medroso! - Respondeu Toffee, e então encarou Star - Vamos, pegue você.

Star esticou a mão, que atravessou a tela da TV e pegou o chocolate, trazendo-o para si. Agora, uma barra de tamanho normal.

-Prove! É a mesma barra, ela só ficou menorzinha com a viagem.

Disse ele. Star obedeceu e experimentou um pedacinho do chocolate.

-Hmm! É uma delicia!

Disse ela, com um sorrisinho.

-Já imaginaram que incrível! Você está lá no conforto da sua casa, assistindo TV, quando ouve o comercial: "Chocolates Wonka, irresistíveis! Se você não acredita, prove agora mesmo!" Dai você estica a sua mão, e pega!

Disse Toffee, empolgado.

-E você pode enviar outras coisas? Tipo, barras de cereais?

Perguntou Jackie.

-Sabe o que são barras de cereais? São aquelas raspinhas de lápis que saem do apontador. Mas sim, poderia enviar elas.

-Pessoas também?

Perguntou Tom.

-Por que eu iria querer mandar pessoas? Elas não tem um gosto bom.

Respondeu Toffee. Como ele poderia saber disso?

-Será que você não percebe o que inventou? É um teleportador! É a invenção mais importante da história do mundo! E você só pensa em chocolate!

Disse Tom.

-Calminha aí Tom, tenho certeza de que o Toffee sabe bem do que está falando.

Respondeu Jackie.

-Não sabe não! Você pensa que ele é um gênio, mas é um idiota! Mas eu não...

Respondeu Tom, e correu para a plataforma da máquina.

-Oh rapazinho, não faça isso!

Disse Toffee, mas sem tomar muito a iniciativa de impedir o garoto realmente.

Tom saltou sobre a máquina, ativando ela. E a contra gosto de todos, desapareceu no ar, igualmente a barra de chocolate. Os três foram até a TV para verificar, e depois de alguns minutos, Tom apareceu na imagem. Toffee esticou a mão para pegar o garoto, que agora, era tão pequeno quanto um boneco de ação.

-É só me mandar de volta para o outro lado!

Resmungou Tom, com uma voz fina. Toffee o segurava apenas com as pontas dos dedos.

-Não tem outro lado. É televisão, não é telefone. É diferente.

Toffee chamou por um Oompa Loompa solitário, e pediu para que levasse o mini Tom até a sala de esticar caramelos, onde ele seria esticado até voltar ao seu tamanho normal.

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