LIV. Really not good

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A cada dia que se passava em Hogwarts significava para os gêmeos Black a quase certa possibilidade de nunca mais pisar no castelo, e eles queriam aproveitar esses últimos dias.

Contudo, sendo odiados por todos e sem quadribol, não restavam muitas opções além de passar um tempo com os amigos ou estudando.

O domingo inteiro eles reservaram para ler os livros que pegaram na biblioteca.

Pela manhã chegaram as cartas de Sirius e Remus por suas corujas no caminho até o Salgueiro Lutador para irem à Casa dos Gritos. Harry recebeu a sua após sair da cozinha com o café da manhã para si e os amigos, com Edwiges pousando em sua cabeça e começando a bicá-lo antes de seguir para o corujal.

Quando chegou a Casa dos Gritos, encontrou Therion preparando a poção polissuco, enquanto Canopus lia um dos livros que roubaram.

— Eu recebi uma carta do Sirius — Harry revelou erguendo a sua carta.

— Ele e papai também escreveram pra nós e disseram expressamente pra não falarmos do diário pra mais ninguém — Therion disse, deixando a poção de lado para comer.

— Nem mesmo Liah, Rony e Mione?

— Por mais que confie neles, talvez devêssemos seguir o que pediram — Canis falou.

— Pelo menos, por enquanto — Therion completou.

— Ainda bem que eles não quiseram vir, então. Rony e Liah estão ajudando Fred e George com coisas da loja deles.

— Liah tá estranha. Nem vimos ela direito nesses dias. Quando olho no Mapa estava sempre com os Weasley ou a Hermione, até com as colegas de quarto chatas dela.

— Vamos falar com ela depois — Canopus sugeriu. — Voltando às cartas, papai disse que não sabia muito mais, apenas que mamãe leu muito sobre memórias durante a gravidez. Sirius falou basicamente o mesmo que Malfoy. Magia antiga, poderosa, etcetera…

— Alguma coisa com os livros?

— Poderia ser melhor.

— Mas achei algumas coisas bastante úteis também — Therion falou e abriu um dos livros. — Numa penseira, geralmente se coloca apenas uma memória para visualizar e se colocamos mais de uma elas são vistas todas em sequência, mas em objetos tem uma particularidade… Na maioria dos casos, é preciso intenção de ver o que está ali.

— Eu tenho muita intenção de ver tudo, mas isso não parece muito claro.

— Quando se tem muitas memórias, pode ser mais complicado ver mais de uma sequencialmente como uma penseira a depender de como o bruxo realizou o encantamento. É realmente complexo de entender como funciona.

— Eu descobri que alguns retratos de bruxos muito específicos podem também ter memórias deles em vida guardadas para melhor impressão… Talvez tenha muito também sobre o que ela gostaria de mostrar, talvez? É diferente, mas… Realmente não sei!

— Teremos um longo mês pela frente — Harry suspirou.

Eles passaram boa parte de seu dia ali. Lendo o exemplar de Segredos das Magias da Mente, Therion acabou descobrindo também muito sobre a legilimência, que possuía alguns capítulos focados nisso e resolveu ler após passar pela parte de memórias.

A parte para legilimentes natos sobre controle não era muito extensa… Basicamente, exigiria um longo treinamento pessoal e controle de suas emoções. Ele não quis continuar depois disso, porque o controle emocional não era o forte dos Black.

Naquela noite, eles resolveram tentar jantar no Salão Principal. Os olhares de outras Casas estavam mais discretos que antes, porém ainda muitos voltados para eles. A mesa da Sonserina estava muito mais calma, e o gêmeo mais novo resolveu focar apenas nisso.

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