XLVII. Comeback

3.7K 412 783
                                    

Assim como no ano anterior, uma forte chuva se alastrou pelo caminho do Expresso de Hogwarts, dessa vez iniciando-se ainda mais cedo e deixando o céu nublado e escuro.

Canopus tirou Antares da gaiola assim que o trem partiu e seguiu a viagem com a doninha aninhada ao peito, deitado no colo de Merliah, que distraidamente fazia algumas tranças nos cabelos dele. Therion começou a ler o livro de História da Magia daquele ano letivo deitado sobre o colo de Harry, atitude apreciada por Hermione, sentada ao lado de Stuart lendo o Livro Padrão de Feitiços, 4ª série. Rony estava sentado no chão mostrando sua miniatura de Viktor Krum para Neville, que foi até a cabine deles ouvir sobre a Copa Mundial.

— Vovó não quis comprar as entradas — lamentou Longbottom. — Parece ter sido divertido… Pelo menos até o ataque.

— Foi incrível! Vimos Viktor Krum de perto! Nós ficamos no camarote de honra do Ministro.

— Isso é legal! 

— E você perdeu dois galeões — Canopus lembrou a Weasley rindo.

Rony choramingou com a lembrança da aposta e os preciosos galeões que perdeu, mas ele não deixou de pagar a dívida de qualquer modo. 

— Aliás, Neville, acho que Canis e eu ainda lhe devemos um pedido de desculpas — Therion falou.

— Pelo quê? — Ele franziu o cenho.

— Pensamos que você tinha largado as senhas da sua Comunal por aí quando Sirius invadiu seu dormitório, mas descobrimos que foi o gato da Hermione que o roubou do seu quarto. 

— É sério? 

Neville arregalou os olhos.

— É… Descobrimos na confusão da lua cheia. Desculpa, cara.

— Se servir de consolo, compramos o carrinho de doces inteiro pra você.

— N-não precisa! — Negou rapidamente. — Eu pensei que tinha esquecido mesmo em algum lugar. Por que um gato roubaria senhas pra um criminoso?

— É uma longa história. Ficarei mais vigilante sobre por onde Bichento anda — Hermione falou.

— Espero que as senhas esse ano sejam mais fáceis de lembrar.

— Bom, melhor uma senha complicada que um enigma ou levar um banho de vinagre — Canis comentou. — Nós tivemos sorte.

— A Sonserina ainda precisa encontrar a parede certa para dizer a senha e aparecer a entrada. Nós só temos um quadro — Rony disse. — A Grifinória foi muito mais prática nessa parte. 

— E como é que você sabe se nunca passou por nossa Comunal, Weasley? — uma voz questionou presunçosamente da porta.

Todos os olhares voltaram-se para a porta da cabine, onde Nott e Zabini estavam escorados. Theodore quem havia feito a pergunta e encarava o ruivo de braços cruzados e sobrancelha arqueada.

Canis ergueu a cabeça e olhou na direção dos colegas de quarto, franzindo o cenho ao ver que era apenas eles.

— Tenho amigos sonserinos. — Rony deu de ombros e apontou para os gêmeos. 

— O que vocês querem? — Therion indagou impaciente. — A cabine já está cheia. 

— É deselegante expulsar seus colegas de dormitório dessa forma, Black — Blaise disse e entrou na cabine. — Apenas viemos fazer companhia.

— Muito fofo vocês querendo uma reunião, mas que tal fazer companhia ao colega de quarto que está faltando? — Canopus falou.

— Respeito ao luto — Theodore disse e deu de ombros. — Tire as pernas do banco, Canis.

LEGACY Where stories live. Discover now