XLI. Our Moons

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Mergulhando em mais um sonho confuso, de alguma forma, Canopus desejava que Sirius não estivesse nele.

Para sua infelicidade, ele estava.

Não eram imagens muito claras, mas ele sabia que era. Tinha o seu irmão a sua frente brincando com uma miniatura de goles que flutuava sempre que ele jogava antes que esticasse os braços para pegar de novo. Ele estava voando também, em uma vassoura de brinquedo, rodando toda a sala rápido demais. Então tudo ficou de ponta cabeça, suas pequenas mãos agarradas a vassoura.

“EI! Cuidado aí, artilheiro!” ouviu a voz de Sirius, antes de ser pego para os braços dele e ter a vassoura tirada de suas mãos. “Não posso nem chamar seu padrinho sem que você quase caia da vassoura?”

Viu Sirius pegar sua varinha e apontar para a goles, fazendo-a voar de volta para seu irmão. Esticou suas mãozinhas na direção da varinha, tentando pegá-la, mas ele não deixou.

Começou a resmungar e choraningar.

“Sabe que não pode brincar com isso. É do papai e um dia você terá a sua.” Sirius beijou a ponta de seu nariz. “Sem vassoura por enquanto. Não queremos que se machuque, hm? ”

Canis começou a chorar quando foi colocado no chão. Sirius tentou acalmá-lo, deixando-o aninhado em seu colo e brincando com ele e com Therion, fazendo luzes e faíscas coloridas saírem da varinha. A todo momento olhava para o relógio.

“Eu preciso falar com Tio James. Fica quietinho com seu irmão.” Ele o deixou com Theion, mas logo estava chorando de novo, esticando os braços na direção dele. “Calma, calma! Vou só falar com Tio James. Papai já vem brincar com você.” disse passando a mão por seus cabelos e beijando o topo de sua cabeça.

E começou uma sequência que ele já havia visto muitas vezes em outros sonhos. Sirius ao telefone, na lareira, com o espelho em mãos. Ele e Therion começaram a ficar nervosos com o pai andando de um lado para o outro alterado e começaram a chorar.

Sirius novamente tentou o telefone. Xingou a lareira que parecia não estar funcionando. Os levou para o quarto e os deixou nos berços, cantarolando de forma embolada e nervosa com um espelho na não.

"James, me responde, caramba!" exclamou andando de um lado para o outro no quarto e voltando a cantarolar para acalmar os garotos. “Merlin! Que horas Remus volta?”

Canis começou a chamar por Sirius, mas ele parecia não ouvir. Não importava quantas vezes falasse papai”, ele parecia não ouvir. Então ele saiu do quarto e voltou vestindo uma jaqueta de couro.

“Onde estão as malditas chaves?”

Ele revirou os bolsos da jaqueta, então tirando as chaves dali. Poucos instantes depois, Remus chegou e franziu o cenho.

“Sirius, o que...”

O pesadelo se repetia. Remus brigando com Sirius perguntando porque estava tão nervoso... Sirius indo embora.

Remus o pegou no colo junto a Therion, ambos chorando e chamando por Sirius.

“Estou aqui. Papai já vai voltar”

Mas não voltou.

O sonho mudou. Agora, ali estava ela.

Era a segunda vez que sonhava com sua mãe. Segunda vez que via com detalhes os olhos cor de mel claros como o céu do crepúsculo. Olhos que transbordavam em lágrimas.

A imagem era um tanto desfocada, mas sabia que era sua mãe, e ela estava chorando enquanto tocava algumas teclas do piano. Era uma melodia calma que o fazia sentir-se relaxado e tranquilo. Os olhos dela voltaram-se para ele.

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