Reinos Em Destruição ( Em Andamento )

Capítulo 23: A Busca Continua

—Como foi o resto da noite? tranquilo? Clarice pergunta a Grizeld, ela tinha acabado de acordar, e o viu preparar uma fogueira.

—Bom dia, te acordei?—Ele pergunta antes de responde - la—Foi tranquilo, nada de anormal aconteceu ou apareceu.

—Isso é bom, eu dormi demais? Onde está os nossos jovens misteriosos?—Clarice pergunta olhando em volta.

—Saíram, foram procurar algo para comermos, a garota disse que não iria demorar, acho que já sabe que nos preocuparmos com eles—Grizeld responde com um sorriso.

—Aos poucos vamos conquistar a confiança deles, e fico feliz que isso já esteja acontecendo—Clarice diz.

—Sim, já estamos conseguido, eles agora vão ter alguém para cuidar deles, mesmo que até então tenham se virado sozinhos por um tempo, precisam de nós, e a gente deles—Disse Grizeld.

—Exatamente, não sei se já percebeu, mas parece estarem mais felizes desde a primeira vez que encontramos eles, p

Não acha?—Clarice pergunta, ela queria muito essa confirmação dele.

—Eu percebi também—Grizeld concorda— Com toda a certeza se sentíam solitários, ainda mais em um lugar como esse, mas agora eles tem a nós.

—E não vamos deixa - los!—Clarice completa.

\Pouco tempo depois/

    Os dois jovens voltaram com o alimento, trouxeram um grande javali, fazendo Clarice e Grizeld ficarem surpresos com a caça realizada em tão pouco tempo. Após terem se alimentado, se prepararam para continuar a jornada rumo ao Reino Baturin, Clarice não queria que começassem naquele dia, por conta dos ferimentos de Grizeld, mas ele insistiu que já podia se locomover normalmente, e que não podiam perder mais um dia por causa dele, com relutância Clarice aceitou, mas foram em passo lento, para ele não se forçar muito, e também fazendo pausas para descansar. Como de costume os dois jovens selvagens eram os guias, não tinha como não ser eles, apenas os dois tinha um pouco de conhecimento do caminho, diferente de Grizeld e Clarice, que não tinham a menor noção por onde deviam seguir.

—Quando é que os dois vão dizer seus nomes, hein? Querem mesmo me matar de curiosidade—Clarice diz brincando com os dois jovens—Prometo que não vou contar a ninguém, vai ficar só entre nós.

—É crianças, não precisam ficar tímidos—Grizeld diz.

—Celeste—A garota diz, fazendo Clarice e Grizeld esboçarem um grande sorriso, se sentíam realizados por revelação.

—Rohan—O garoto diz logo após sua irmã ter dito o dela, completando assim a alegria de Grizeld e Clarice.

—Que nomes maravilhosos, eu amei, e você Grizeld?—Clarice diz toda alegre.

—São mesmo, eu adorei, eu sabia que seus nomes eram lidos—Disse Grizeld.

—Ficamos muito felizes por terem nos dito, não sei porque escondiam isso—Clarice diz, ela ficou realmente muito contente, percebeu que os dois jovens já começam a se abrir mais, e ela acredita que logo vão estar conversando normalmente, que é algo que deseja muito.

    Logo voltaram a caminhada novamente, as pausas não levavam muito tempo, mas o suficiente para descansarem, principalmente Grizeld, ele quem mais precisava. Metade do dia já se tinha passado, quando avistaram ao longe uma vila, ficaram na dúvida se entrariam nela, mas decidiram entrar, quem sabe poderiam obter algumas informações importantes, podia ser uma boa oportunidade.

—Vamos nos dividir, nos encontramos no final da tarde, neste mesmo ponto—Clarice diz e cada um seguiu para um lado, Clarice levando Rohan e Grizeld a Celeste.

    Eles passaram aquela tarde toda falando com os moradores da vila, a maioria não foram receptivos, ficavam desconfiados e receosos, como era em quase todos os lugares que passavam, e infelizmente dessa vezes não obtiveram nenhuma informação sobre Cinzentos com crianças, podiam estar mentindo por medo desses seres, ou realmente não viram, a questão é que foi uma tarde perdida. Com a noite de aproximando, como combinado eles se encantaram, Clarice estava com o semblante triste e ficou mais ainda quando Grizeld disse que também não conseguiu nada. Decidiram passar a noite naquela vila, ainda tinham dinheiro para alugar um lugar para dormir.

\No dia seguinte/

—Estão todos descascados?—Clarice pergunta após estarem reunidos para retornar a longa caminhada—E você Grizeld tem se sentido melhor?

—Praticamente recuperado, não precisa se preocupar—Responde Grizeld—Vamos indo agora, hoje compensaremos o dia de ontem.

—Estarei de olho em você, sei muito bem que não está tão bem quanto diz está—Disse Clarice, ela aparentava estar um pouco menos triste, não estava ciente, mas a companhia de Grizeld, Celeste e Rohan aliviava a tristeza que sentia, eles proporcionavam um pouco de escape para sua dor que sempre tentava a consumir.

—Eu estou bem de verdade, essa noite me fez muito bem, vou sentir falta daquela cama, já dormir em camas melhores, mas ela não deixa de ser maravilhosa—Grizeld diz colocando as maos nas contas e se esticando—Isso foi um sorriso? Ela sorrio Clarice—Disse Grizeld ao ver um leve sorriso nos lábios de Celeste, o que eles nunca tinham presenciado.

—Então vocês sorriem, que lindo!!!—Clarice diz rindo, fazendo o sorriso de Celeste ficar maior, sem ela conseguir se conter, e seu irmão confuso sem entender o que estava acontecendo—Queremos ver mais desse lindo sorriso, e o seu também Rohan, mas agora vamos começar andando, temos uma longa caminhada.

    Naquele dia eles conseguiram compensar os atrasos que tiveram no dia anterior, tinham percorrido um longo caminho, e sem encontrarem muita dificuldade, o dia também estava bom para prosseguirem com tranquilidade. A noite já se iniciava, logo teriam que parar, sempre tentavam evitar andar a noite, era muito perigoso, ainda mais pela localidade onde estavam, uma floresta densa, fazendo com que a noite fosse ainda mais escura, com perigos inimagináveis em cada canto daquele lugar.

\Ao anoitecer/

—Acho que aqui é um bom lugar para passarmos a noite—Grizeld diz ao chegar em um "bom" local para pararem.

—Está ótimo, mas estou com um mau pressentimento…você viu as marcas estranhas nas árvores? E parecem um tanto recente—Disse Clarice preocupada.

—Pode ser de algum animal, um urso talvez, acha que devemos procurar outro lugar? Grizeld pergunta.

—Já está muito escuro para procurarmos outro local…vamos permanecer aqui, mas vamos nos manter atentos—Clarice diz e permanecem ali, e sem demora acendem uma pequena fogueira, para não ficarem na escuridão e também para se esquentarem, aquela noite prometia ser muito fria.