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 ᕙGAELᕗ

  Não demorou muito até a gente chegar em uma quadra de futebol, os garotos que eu havia visto trabalhando na na boca já estavam parados que nem segurança na entrada do local vigiando quem entrava e saia. Allan acenou com a cabeça para eles e me arrastou até uma barraca com uma enorme placa escrito " Barraca da dona Cecilia".

     — Todo mundo chama ela aqui de Madrinha.— disse Allan tirando a capinha do celular e puxando uma nota de 100. — Madrinha! Me dá um combo de vodka e Energético, um balde de cerveja e 4 pirulitos.

       —  Tá cheio do Money Hein.

     — Claro, entrei pra boca.— Allan deu um pequeno sorriso e pegou o combo.

Peguei o balde de cerveja e caminhei atrás de ele na direção da entrada, os garotos me olharam de cima a baixo fazendo meu cu trancar de medo. Arrastei ele para um canto, havia um altinho nesse canto que dava visão de todo o baile, tava parecendo um formigueiro. Mal havíamos chegado e Allan já estava lançando uns passinhos, algumas pessoas passavam e a olhavam de cima a baixo. Eu tinha que admitir, Allan era um pedaço de mal caminho, mas todo errado.

     — Oh! Maitê!.— vi Allan gritando. — garota, vem logo porra!

     — Que foi, porra?.— questionou uma garota menor que eu, preta com uma trança que ia até a bunda, unhas longas rosa usando um shortinho e um cropped de manga branco.

    — Fala direito comigo.— Allan puxou uma das tranças dela. — lembra do Gael?

Ela me olhou de cima a baixo, em seguida sorriu, se jogando encima de mim me dando um forte abraço.

   — Gael! Você está enorme.— disse Maitê ainda me abraçando. — não lembra de mim? Brincávamos de desfile lá em casa.

Forcei um pouco minha mente e sorri, Maitê havia sido a menina que me fez saber toda a coreografia de bonde das maravilhas. Ela estava linda, na minha mente, eu ainda lembrava dela como uma menina que vivia com os cabelos bagunçados e usando roupas largas.

     — Você está linda, Maitê.— falei sorrindo.

    — Eu sei, sou gostosona.— disse Maitê balançando os peitos quase na minha cara.

     — Balança isso pra lá, não me interessa não.— falei e ela riu.

     — Ah, sabia que você ia pular pro vale.— disse Maitê rindo. — que criança de 7 anos consegue fazer um quadradinho? Suspeito.

    — Qual foi? Você que me ensinou, cacete.— falei

      —  Mai, olha lá tua best, Julinha — disse Allan chamando atenção dela, enquanto olhava para a entrada.

       — Best meu pau, começa com essa porra não. — disse Maite dando um tapa no  braço do irmão.

     — Quem é essa?.— perguntei

     —  Ah, elas eram super amigas, até que a Júlia resolver talaricar o namorado da Maitê.— disse Allan. — foi uma treta do cacete, Maitê quase matou o cara na porrada, fiquei até surpreso porque ela não bateu na Júlia.

A tal de Júlia  não era feia não, tinha olhos verdes, cabelo longo liso castanho, pele branca e um corpo legal. Julia passou do nosso lado e encarou Maite de cima a baixo fazendo uma cara de nojo, Maite deu um sorriso de lado e mandou um beijo para ela.

   —  Tu não perde a oportunidade né — disse Allan rindo.

   —  Querido, veneno daquela cobra pra mim é suco — disse Maite piscando.

O bandidoМесто, где живут истории. Откройте их для себя