Último Capítulo - O inicio da tempestade

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— Vai me matar?

— Não, ainda não! Quero que o primeiro ser humano que conquistou a honra de falar com uma Mãe possa entender algumas coisas.

— Por que está destruindo nosso Planeta? Você matou bilhões de vidas inocentes, eu quero uma explicação antes de explodir tudo.

— Me chamo Arilia, sou a Mãe dessa Nave. Viemos de uma galáxia distante por meio de um buraco negro próximo ao seu Planeta, somos uma raça milenar. Nascemos muito antes do Planeta Terra existir vida e fomos designados a equilibrar a ordem do Universo. Basicamente somos uma raça viajante sem Planeta que passa pelos Mundos julgando os seus povos, se são ou não merecedores de suas vidas. — Assim que sua voz fora cuspida senti uma raiva tremenda, meu corpo endureceu como uma estátua. Mesmo assim respondi com maldade exposta em meus olhos.

— Como assim? Vocês simplesmente invadem os Planetas e destroem?

— Claro que não Nicolas Leme, aproxime-se e preste bem atenção. — Ela levantou os braços e passou seus dedos sobre o ar, fazendo imagens surgirem sobre minha face. — Olhe essas imagens, são do seu Planeta, exatamente há 3600 milhões de anos atrás quando começou a surgir vida no remoto Mundo em formação.

Fiquei boquiaberto com o que vi, eram imagens lindas, deslumbrantes. Uma natureza intensa e magnífica, nunca presenciei paisagens tão perfeitas. Arilia rodou os dedos e as imagens começaram a se movimentar, o céu azul mudou de cor enumeras vezes e o ambiente diferenciou. Animais estranhos surgiram em meio ao local, e foram evoluindo e ficando grandes até chegarem nos dinossauros, ela parou.

— Lindo não?

— Por que está me mostrando essas imagens? — Arilia me fitou e sorriu.

— Na sua cultura os estudos mostram que os Dinossauros morreram por causa de um meteorito gigante que caiu na Terra, mas não, fomos nós Zoens, como vocês nos apelidaram. Fomos nós que exterminamos os Dinossauros. — Mais uma vez minhas pernas tremeram em um ritmo alarmante, o que ela estava querendo dizer? Não consegui falar nada, engoli minha saliva molhando minha garganta que continuava secar. — Os seres gigantescos viveram por milhões de anos, e não conseguiram evoluir. Devido isso fomos obrigados a exterminar quase toda a vida na Terra para dar a esse Planeta a chance de uma nova espécie, os Seres Humanos.

— Quer dizer que viajam pelo universo destruindo tudo, para criarem novos seres?

— Fomos designados a destruir para salvar os Planetas. O Universo é grande, vocês são apenas microscópicos aos olhos de milhões de Planetas. Poucos são habitáveis, e por este motivo saímos em busca de vida inteligente que possa ajudar no desenvolvimento do Universo, vocês ao menos conseguiram pisar nos Mundos vizinhos, levaram séculos para descobrir os segredos que os rodeavam, e mesmo com nossa ajuda não se desenvolveram. Seu Planeta está morrendo, vocês estão acabando com ele. Se não fosse por nós não evoluiriam e continuariam como o termo popular "Homens das Cavernas"

— Quem dizer que sempre estiveram nos olhando é isso? — Gritei.

— Claro, por que acha que em apenas Cinco mil anos os humanos evoluíram tanto? Fomos nós que ajudamos, e muitos se mantiveram fiéis e não espalharam que forças Alienígenas estavam controlando o Planeta. Os monumentos gigantescos que resistem por milênios fomos nós que construímos: As pirâmides do Egito, Stonehenge na Inglaterra, sinais em plantações e relatos descritos em antigos sarcófagos. Nicolas, sempre estivemos aqui.

— Mentira! Estão querendo destruir o nosso mundo e tomá-lo. — Apertei minha cintura e senti as granadas, aos poucos o meu medo virou ódio e parecia que no fim explodiria tudo junto comigo, mas ela insistiu na conversa.

Livro I - Nuvens de SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora