Thirty-five

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As garotas da Zeta Beta Zeta se superaram este ano

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As garotas da Zeta Beta Zeta se superaram este ano. Todas as vezes que frequentei o baile de inverno, o evento era organizado na quadra de basquete da faculdade, mas este ano Jules conseguiu convencer o seu pai a cobrar um favor de um antigo amigo, que é dono de um dos hotéis mais luxuosos da cidade, e o resultado disso é que os alunos têm total acesso, por uma noite, a um amplo e luxuoso salão de festas. 

Atravesso a porta principal, segurando o braço de Travis, com um olhar de admiração. Há um lustre de cristal enorme fixado no teto, que lança sombras sobre o piso que parece ser de mármore. Algumas mesas redondas, forradas com toalhas brancas, estão espalhadas pelos cantos do local, deixando espaço para um ampla pista de dança e para as pessoas transitarem livremente. À nossa esquerda, em um canto, atrás de um balcão lustroso, tem um enorme painel cheio de garrafas de bebidas caras, e no fundo do salão, logo depois da pista de dança, tem uma espécie de palco elevado para acomodar o DJ e todo o  seu equipamento. 

Além de tudo isso, as meninas reservaram um espaço na parede, com uma enorme cortina brilhante, para quem quiser tirar fotos e guardar de recordação — a fotógrafa em questão é uma garota do curso de Jornalismo que conheço vagamente. 

— Uau — comenta Travis, parecendo impressionado. 

— Nossa — digo, igualmente surpresa. 

Avançamos um pouco mais, encontrando vestidos de gala e smokings para todo o lado, até que lanço um olhar cobiçoso para um casal que está posando para a câmera. 

— Ei… que tal uma foto? — cutuco as costelas de Travis com o cotovelo, com um sorriso tímido. 

Essas coisas de casais é um lance muito novo pra mim, e ainda estou tentando me acostumar. 

— Quanto será que eles cobram por uma foto? — pergunta ele, sorrateiro. 

— Acho que uns duzentos dólares — respondo, prestativa. 

Trocamos um olhar cheio de divertimento e, sem dizer nada, ele apenas me conduz em direção à fotógrafa. 

Travis anda despreocupadamente com uma mão nas minhas costas, mas eu percebo os olhares curiosos — e invejosos — que atraímos. Estamos juntos há um pouco mais de um mês, e as pessoas ainda não conseguiram se acostumar com a ideia do grande Travis O'Brien estar preso a alguém. Eu sei que sou odiada por mais da metade da população feminina da faculdade, o que é uma grande besteira, já que elas podem conseguir sexo casual com qualquer um. Acho que é o fato de Travis ter sido fisgado, quando todos julgavam impossível, que incomoda a maioria, mas o que posso fazer? Eu não pedi para o cara ficar caidinho por mim — modéstia à parte, claro. 

Esperamos um casal se exibir exageradamente para as lentes da câmera antes de avançar para a frente dela. É meio patético, mas não sei bem como agir. Eu fico simplesmente aqui parada ao lado dele e abro um sorriso ou…? 

Doce Redenção Where stories live. Discover now