48. Menino de ouro

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Os dias passaram rápido como um piscar de olhos, literalmente.

O jogo da seleção já tinha acontecido e ganhámos 3-0 a Andorra, com um dos golos sendo proporcionado por um ótimo passe do meu menino de ouro.

Já estávamos a viver juntos há alguns dias, e estava a ser incrível. Ninguém nos ouvia, podíamos fazer o que quiséssemos, eu estava a adorar o tempo que passava com ele.

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— Hora de acordar dorminhoca. - ouvi o João chamar-me depois de tocar no meu ombro. — Tens aulas.

— Que merda. - reclamei. Eram oito da manhã, tinha aula às dez, e ainda estava dentro do horário do verão, dormir tarde e querer acordar tarde, mas ter de acordar cedo. Para piorar, conseguia ouvir o barulho de chuva intensa fora do apartamento.

O moreno riu-se da minha reação e levantei-me. Parei em frente ao espelho e observei-me, eu definitivamente precisava de tomar um banho. Peguei nas roupas que ia usar — umas quentes já que já começava a fazer frio — e preparei-me para sair do quarto quando ouvi o João chamar-me.

— Vou tentar dormir um bocadinho. - disse. — Quando for para eu te ir levar acorda-me.

Assenti a sorrir já que ainda estava a estudar para o exame de código e fui em direção à casa de banho sem muita animação.

Tomei um duche de pelo menos dez minutos para aumentar o meu mood matinal — eu claramente odiava sair para ter aulas — e enrolei-me na toalha assim que acabei.

Passei alguns cremes na cara para hidratar a pele e fiquei durante algum tempo a secar o cabelo para depois me vestir e postar o típico story que posto sempre.

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— Amor? - abri a porta e deparei-me com o Neves, aparentemente acordado, a mexer no telemóvel deitado na cama

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— Amor? - abri a porta e deparei-me com o Neves, aparentemente acordado, a mexer no telemóvel deitado na cama. — Podemos ir agora? Quero chegar mais cedo.

— Sim, vamos. - concordou.

Levantou-se e veio ter comigo, abraçando-me de lado, e caminhámos juntos até à porta.

— Caputa de frio. - reclamei quando meti o pé fora do prédio. — Não quero João, não quero! - fingi estar a chorar.

— Menos, dramática! - riu-se e puxou-me a correr até ao carro para que não nos molhássemos mas sem sucesso, estávamos completamente encharcados.

Sentámo-nos nos bancos da frente a rir histericamente com a molha que tínhamos acabado de apanhar.

— É desta que fico doente. - o moreno disse.

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THE SUMMER I TURNED 18 • João NevesOnde as histórias ganham vida. Descobre agora