3. Sweat

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Acordei com o despertador às nove da manhã. Eu queria manter o meu horário escolar, então tinha de me levantar cedo, por mais difícil que isso seja 😀.

Vesti uns calções apertados e uma t-shirt grande para os tapar e saí do quarto em direção à cozinha.

Encontrei o João a beber café apoiado na bancada enquanto mexia no telemóvel.

— Bom dia palerma. - disse sonolenta, atraindo a atenção dele. — A que respeito é que já tas acordado? - apoiei-me ao seu lado.

— Tenho de ir buscar os rapazes à estação. - respondeu.

Nice. - sorri. — Posso ir?

— Ya podes. - concordou. — Mas tens de te ir vestir não achas? - olhou para a minha roupa.

— Já vou. - desapoiei-me da bancada e fui buscar um copo de água.

•••

Saímos de casa e fomos para o carro. É verdade, agora o Neves já tinha carta. A Maria tinha ficado em casa pois ia ter de ir buscar a Rita a outro lugar.

— Como é que consegues estar com uma sweat com este calor bro? - perguntei.

— Tu és uma exagerada. - riu-se já com o carro ligado. — Não tá assim tão quente.

— Ai, cala-te! - abri o vidro e apoiei a cabeça na almofada do banco da BMW dele.

— Queres meter música? - perguntou ao olhar-me com aqueles olhos esverdeados.

— Pode ser. - peguei no telemóvel e conectei o Bluetooth. Meti uma playlist do T-Rex.

•••

Depois do Neves ter estacionado o carro, saímos dele e fomos até à zona onde os autocarros param. Tínhamos de esperar alguns minutos.

— Quando eles chegarem queres ir à praia? - perguntei.

— Pode ser. - respondeu sem olhar para mim.

— Estás bem?

Virou a sua cara para a minha e assentiu com um sorriso. Não dava para disfarçar, ele sempre foi mau a mentir.

— Tens a certeza? - perguntei. - Não pareces estar bem.

— Não, eu estou... - suspirou. — É só que-

— Wei! - ouvi o António a chamar-nos.

Apenas olhei para o Neves, que tinha sido interrompido, mas ele abriu um sorriso e foi cumprimentar os amigos.

— 'Tão puto? - O António disse ao apertar a mão do João. — Tudo bem?

— Tudo e com vocês?

— Tudo ótimo. - o Ramos riu ao apertar a mão do Neves.

— Olá rapazes. - cumprimentei-os com um abraço. — É bom ver-vos!

— Há que tempos...!

— Beatriz.

— Sim, isso! - o Gonçalo concluiu com um sorriso.

— Vais passar o verão connosco? - o Silva perguntou-me.

— Vou. - sorri. — Não se livram de mim.

Os dois soltaram uma gargalhada.

— Olhem, eu e o António não almoçámos. - o Ramos disse. — Não querem ir a algum lado?

— Vamos àquele restaurante de sushi, João!! - gritei entusiasmada enquanto fazia beicinho.

— Caputa de restaurante caro, mulher! - ele reclamou. — Deves achar que sou rico!

THE SUMMER I TURNED 18 • João NevesOnde as histórias ganham vida. Descobre agora