Capítulo 24- Fuyōna

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- Howw querida, ai está você || Uma mulher um pouco mais velha do que eu me recebe alegremente na roda.

Seus cabelos grisalhos estavam inteiramente fechados em um coque reservado e clássico, suas rugas eram profundas, mas seu semblante era amigável e doce como o de uma avó.

Ela segurava um peixe empalado em um pequeno graveto e estava mastigando lentamente, depois de tanto tempo sem comer espero que ela aproveite a refeição.

- Sinto muito querida, ficamos um pouco acanhados em chama-lá nós mesmos. Você parecia tão distraída enquanto estava descansando que não tivemos coragem para incomodar || A senhora devia ter uns sessenta e três anos, mas estava bem conservada.Quem me dera chegar nessa idade com essa pele, mesmo nos cinquenta e dois minha pele parecia muito elástica.

- Não é incomodo algum senhora... || Espero não deixar eles desconfortáveis com minha presença, todos parecem evitar de me olhar muito.

- Satori Hana  || A senhora sorri docemente enquanto se levanta e caminha em minha direção. || - Quero que saiba que todos nós estamos em dívida eterna com você minha querida. Que Kami guie seu caminho, qualquer coisa que precisar estaremos mais do que contentes em ajudar.

- Não é necessário agradecer, não existe pagamento algum para salvar vidas, isso é meu dever como ser humana também || A senhora apenas sorri jogando minhas palavras ao vento.

- Agora chega querida, que tal te darmos algumas roupas ? || Olhando meu estado percebo o quão indecentemente estou trajada, se eu levantasse meus braços, a blusa subiria e mostraria mais do que não podia.

Abraçando meu corpo não consigo deixar de me sentir envergonhada, não acredito que esqueci de algo do tipo.

A blusa revelava a polpa das minhas partes traseiras, onde já se viu uma senhora se mostrar assim tão desavergonhadamente ? É muita falta de pudor da minha parte, que vergonha.

Com um olhar gentil e talvez sentindo meu estado vulnerável a senhora pega minha mão e me entrega um vestido verde simples quase limpo.

-  Sinto muito, é só o que temos no momento, mas achamos que você pode pelo menos cobrir o que precisa. || Sendo compreensiva com minha situação a senhora me guia até o rio e pede para me deixarem só.

- Qualquer coisa você pode pedir ajuda conosco na vila do chá, nós também te ajudaremos || A anciã se despede com um aceno amigável e some entre as árvores com uma sutileza agradável.

Que vergonha, olhando para o céu rezo para que alguma coisa lá em cima me de sorte para entrar em konoha assim.

Deixando o vestido na grama me direciono ao lago, melhor tirar o sangue. Cheguei em um nível de estresse tão grande, que a tal ponto não consigo nem me sentir ansiosa, como explicar tudo isso a Mebuki ?

Ela ficaria mortificada ao saber que a filha dela não sou eu ? Chocada por eu ter sumido ? E Kizashi ? Ele seria hostil ?

Soltando um bufo amargo tento mentir para mim mesma, estou com medo. A verdade é que os considero da minha família agora, os considero como amigos, me apeguei a eles mesmo que de maneira mínima

Como eu vou contar isso a eles ?

Eu não sou filha de vocês mesmo tendo saído do útero de Mebuki, na verdade sou uma alma que se perdeu e ocupou o corpo da filha de vocês. Agora estou sendo julgada por nascer, então nem precisão ficar irritados por que um dia vão me matar e me jogar em uma vala para apodrecer pela eternidade.

Com a água batendo um pouco abaixo de minha cintura, retiro a blusa e passo as mãos pelo corpo, qualquer sujeira que sair é um ganho pessoal.

Esfrego com força sentindo minha mão doer, mas por que não limpava ? Não saia, não importa a força que eu colocava, a sujeira permanecia.

RyōsokuWhere stories live. Discover now