Capítulo 22- Sakura Haruno

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- Você não tem direito || O sussurro meloso sai de meus lábios com facilidade, fruto do choque que sinto no momento.

Minha espinha está congelada e minha mente se tornou uma nuvem de escuridão e memórias passadas.

Proteção, fúria e destruição. Eles não sabem quem eu sou,ou do que  sou capaz, mas depois de hoje vão conhecer o demônio que foi criado a partir das brasas do inferno.

Não sou nova aqui, e suas opiniões não mudam minha crença, mas não sabem disso e eu vou mostrar que eles vão queimar no fogo do inferno logo,logo.

- Não me olha assim sua vagabunda || Puxando meu cabelo o moreno balança minha cabeça em divertimento || - Agora, abre essa sua linda boquinha.

Com a cabeça baixa, suas palavras entram por um ouvido e saem por outro. Sua raiva explode com minha falta de resposta e o moreno me joga no chão.

Com os joelhos envolta da minha cintura ele prende minhas mãos acima da cabeça e tenta retirar minha blusa. Seus lábios rachados se encontram com os meus e sua lingua asquerosa tenta encontrar caminho em minha boca.

Sua mão calejada rasteja até meu seio esquerdo segurando com uma força desnecessária que me causa dor. A saliva que sai de sua boca escorre durante o contato molhando minhas bochechas leitosas, e não importa a dor que tenho lutarei pelo meu povo, por aqueles que estão sem esperanças, por aqueles que desejam proteger quem mais amam e estão dispostos a dar sua própria vida por isso.

Eu vou lutar por essas pessoas, vou lutar por essa liberdade, pela liberdade de ser livre e amar, vou lutar pela segunda chance dessas pessoas, lutar pela vida e lutar a luta que eles não tem forças mais para conseguirem. Serei a segunda chance deles e os guiarei por esse caminho de dor até que encontrem sua luz.

Guiarei meu povo para a vida mesmo que eu tenha que abrir caminho pela destruição, hoje eu  serei a morte.

Sentindo algo roçar por entre minhas pernas decido que é o fim dessa palhaçada. Erguendo minha perna chuto suas partes com o máximo de força que consigo e rolo para o lado enquanto ele se contorce.

Pegando seu cinto da grama passo por seu pescoço e puxo com firmeza. Ele se debate enquanto perde o ar e tenta sair da corrente improvisada, seus companheiros não perdem tempo vindo em seu socorro, então chuto as costas do moreno e uso o cinto como chicote acertando o rosto do primeiro homem que tentou puxar meu cabelo.

Mais três vem de cada lado, um da direita, um da esquerda e um na minha frente. Avançando com uma velocidade monstruosa corro para cima do que vem em minha frente usando-o como impulso para fazer um espacate no ar.

Acerto a ponta do calcanhar no rosto dos dois que vinham do lado, então sem muito tempo para observa-los caírem como um saco de batatas, pego a cinta e amarro na minha mão como um soco inglês improvisado.

A roupa esfarrapada cai levemente expondo meus ombros manchados com a terra da clareira, e meu nariz coça novamente em um momento nada bom.

Entrando em posição, levanto as mãos para perto do rosto e flexiono a perna. Rodeada de todos os lados por urubus, é um privilégio que tenho ouvir o que puder para tentar me proteger.

Já foram quatro, faltam só quarenta e um, é como um passeio no parque em meio a uma tempestade. Por trás alguém me lança uma kunai que pego com alivio, não tenho três segundos de respiração até ser atacada por todos os lados de uma vez, socos, chutes, kunais, katanas, sebons, shurikens e golpes únicos me são enviados e quase não processo a informação.

Pulo no centro da multidão e faço um corte apenas em uma linha horizontal cortando a garganta de cinco bandidos. Faltam trinta e seis, correndo comigo mesma e o tempo, me atento aos detalhes, preciso de espaço se não quiser ser pega e torturada de maneiras inimagináveis.

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