13 | Afogando em ciúmes

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Minho me olhou antes de pegar o Peppero. Eu olhei para o chão e BangChan fez o mesmo.
De repente, o clima ficou tenso apenas para nós, que agora sabíamos do passado daqueles dois.

Minho foi quem se levantou e andou até SeungMin, com o Peppero em mãos. Se sentou à frente dele e eu me levantei. Não me importei de como seria visto, apenas não queria ver aquela cena.

Andei para qualquer canto da casa, até que me lembrei do jardim: andei para o lado de fora, joguei a jaqueta de Minho na grama e fiquei de costas, observando a roda de adolescentes antes de andar para trás e me jogar contra o líquido quente da piscina.

Hyunjin imediatamente me gritou e assim que voltei para a superfície, encarei o céu: escuro, sem nenhuma estrela e com algumas nuvens.

— Jisung, que merda está fazendo? — Hyunjin perguntou da borda.

— Eu também queria saber — respondi sincero.

— Saia daí! — exclamou.

— Me obrigue — sim, eu ainda fazia birra. Especialmente com Hyunjin. Ele e minha mãe me mimavam demais na infância. Era até engraçado, se não fosse tão trágico.

E então mais um corpo entrou na água. As mãos de Hyunjin seguraram minhas costas e ele me encarou.

— Ande logo, pare de drama — disse e eu ri.

— Não estou fazendo drama.

— Então por quê está aqui fora e não lá dentro? — ele indagou. Dei de ombros, e quando fui responder, me assustei com a terceira pessoa.

— Eu também queria saber — olhei para o lado de fora da piscina: Minho. Me desvencilhei dos braços de Hyunjin e engoli em seco — vamos para casa — disse e pegou a jaqueta. Ao ver que eu hesitei, cerrou os olhos e elevou um pouco o tom de voz — agora.

Olhei para o Hyun e saí da piscina. Minho jogou uma toalha para mim e me sequei às pressas para o acompanhar até o carro. Deixei o tecido em um sofá e corri até o veículo. Minho e eu entramos e ele encarou o volante.

— Eu não beijei SeungMin.

Meu olhar estava fixo em minhas mãos. Apenas fiz um movimento singelo com a cabeça e contorci os lábios.

Senti o tecido da jaqueta de Minho em minhas costas e o olhei.

— Coloque o cinto — disse — não quero levar multa.

O observei por longos segundos até que ele se sentisse incomodado e pusesse o cinto para mim.

Por quê meu coração estava doendo?

[...]

— Sim, Felix — Minho disse ao telefone — acabamos de chegar — desligou o carro e abriu a porta — mande mensagem quando estiverem saindo.

Minho pôs o telefone no bolso e fechou a porta do carro. Demorei um pouco para me situar e retirar o cinto. Suspirei ao abrir a porta do carro e Minho entrou na casa, sem sequer olhar para trás. Por quê diabos eu estava me sentindo tão incomodado?

Fechei a porta e ajeitei a jaqueta em minhas costas ao que caminhei até a cozinha. Peguei um copo, liguei o filtro e bebi um pouco de água.

— Você não comeu nada — Minho disse quando se aproximou. Escorou na parede e mordeu o inferior — quer que eu peça pizza?

— Não precisa — coloquei o copo na pia e o encarei.

— Boa noite — murmurou antes de girar os calcanhares. Ele estava agindo muito estranho, e eu queria bater nele, o fazer voltar à si.

— Minho — o chamei e ele parou de andar — olhe para mim.

Ele riu sem vontade e me olhou.

— O que foi?

— Por quê está agindo assim?

— Porque eu te vi com Hyunjin na piscina.

— E eu te vi quase beijar SeungMin. Mas não estou agindo de forma mesquinha.

Minho molhou os lábios.

— A diferença entre nossas reações é porque eu gosto de você, Jisung. Então acaba doendo um pouco mais.

Olhei para baixo.

— E você acha que eu me levantei daquela roda por quê?

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Han Jisung, The Virgin | MinsungWhere stories live. Discover now