06 | Vadia proclamada

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Minho terminou de se arrumar, me deu um selinho demorado antes de sair do quarto e desceu a escada velozmente. Saudou quem eu julguei ser a empregada e dei um sorriso pequeno para ela ao que me aproximei.

— Deu muito trabalho limpar as coisas da festa? — Minho indagou e pegou um saco de bolachas.

— Não — ela disse suavemente — parece que seus amigos limparam pela madrugada — ela apontou para dois sofás: e lá estavam Changbin, BangChan, SeungMin e Felix mortos.

BangChan mexeu levemente a cabeça e fez o símbolo da paz com os dedos, ainda sem levantar a cabeça e Minho riu.

— Não fizeram mais que a obrigação — Minho disse e caminhou até eles. Sentou-se no braço do sofá e balançou BangChan lentamente — levantem e se troquem, vamos para o colégio.

BangChan resmungou alto e Felix negou com a cabeça. Changbin foi o primeiro a se levantar e murmurou um "oh" quando me viu. De imeadiato, BangChan levantou a cabeça e arqueou uma das sobrancelhas.

— Ele dormiu aqui? — indagou. Minho olhou para mim e em seguida para o amigo, assentindo — não vá me dizer que...

— Sim, transamos — Minho respondeu e me olhou — e foi ótimo — me deu uma piscadela. Felix imediatamente se levantou, reclamando sobre como estava com sono e empurrou Changbin pela escada. BangChan foi atrás após alguns minutos enquanto processava a informação — o que foi, Jisung?

Molhei os lábios e comecei a andar pela casa: o jardim me chamou atenção. Não tive tempo de o ver durante a festa ontem. Minho me seguiu com passos silenciosos.

— BangChan parece não gostar de mim.

— Bang não gosta de ninguém — ele disse e riu da própria afirmação. Senti seus braços envolverem minha cintura e seu queixo aninhou-se em meu ombro — ele só gosta de SeungMin. A mim, ele só atura.

— Não é o que parece — digo. Minho depositou um beijo em meu ombro coberto pela roupa.

— Nada é o que parece ser.

[...]

Changbin dirigia calmamente enquanto ouvia Patience, cantava bem até. O único incomodado ali era Felix, que abaixou o volume e encostou a cabeça contra a janela, pedindo por silêncio e um pouco de paz.

BangChan e SeungMin foram de moto, bem atrás e por vezes, bem ao nosso lado. Bang era quem pilotava, e ele parecia insano: não sei como SeungMin não tinha medo de morrer.

— Você gosta de motos? — Minho indagou. Eu devo ter passado muito tempo encarando os dois para ele ter me perguntado isso.

— Não exatamente — respondi.

— Qualquer dia desses, nós andamos de moto — Minho murmurou bem perto do meu pescoço e dispôs um beijo em meu pescoço.

Arrepiei, e ele notou porque riu.

Nós chegamos no colégio, e eu vi Hyunjin de longe com um de seus melhores amigos do time de basquete, Jeongin. Eles estavam bem felizes enquanto conversavam. Um outro apareceu para tirar uma selfie com ele.

Tinha que contar para ele. Mas acho que ele perceberia tudo o que aconteceu quando eu saísse do carro. Hyunjin só tem a cara de inocente, porque o resto ele entende tudo de primeira.

Changbin e Felix desceram, e logo garotas aproximaram os chamando de "oppa". Minho deve ter gargalhado por causa da minha careta ao ouvir isso. Ele se aproximou e entrelaçou seus dedos nos meus, e deu um sorriso largo quando o olhei.

— O que está fazendo? — indaguei.

— Entrelaçando meus dedos nos seus — ele disse como se fosse óbvio. Rolei os olhos e tentei retirar minha mão dali, porém ele não deixou — seremos o casal mais comentado do colégio — deu um sorriso cafajeste — vamos.

Ele me puxou pelo banco e abriu a porta: eu saí do carro e ele fechou a porta. As garotas tornaram a nos olhar e eu não sabia onde esconder meu rosto.

Minho ergueu-o e me deu um selinho. Claro, estava só se exibindo, já que mais gritos histéricos podiam ser ouvidos. E Hyunjin também me olhou. Ele riu incrédulo e cutucou Jeongin, que lançou-o um olhar de "eu já sabia que isso ia acontecer". Minho contraiu sua mão na minha e o olhei.

— Mostre o sorriso lindo que tem, princesa — Minho disse, depois saudou alguns garotos e garotas. Assim que passei por Hyunjin e o time de basquete, o mandei um olhar do tipo "conversamos depois e você me explica porquê não me mandou nenhuma mensagem pela manhã".

Passávamos pelos corredores e parecíamos ser as únicas pessoas ali, já que eu, Han Jisung, estava de mãos dadas com Lee Minho.

O que significava apenas uma coisa:

Eu era a nova vadia.

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Han Jisung, The Virgin | MinsungOù les histoires vivent. Découvrez maintenant