𝐉𝐎𝐆𝐎 𝐃𝐔𝐏𝐋𝐎 • 𝐆𝐀𝐁𝐈𝐆𝐎𝐋/𝐏𝐈𝐐𝐔𝐄𝐑𝐄𝐙

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——— 📚🪄 NARRAÇÃO : LUÍSA LIMA🏟️ ~× SÃO PAULO
13 de julho de 2023.

Fui recebida em São Paulo com chuva. Dessa vez não tinha nenhum carro alugado me esperando no aeroporto e precisei pegar um táxi que custou um rim do aeroporto até o apartamento. Pra completar o taxista parou o carro longe demais da entrada do prédio e eu tomei a chuva toda nas costas do carro até o saguão.

—Segura! Segura, por favor — Gritei correndo até o elevador. As portas vão se fechando devagar até uma mão se meter entre elas e segurar.

Soltei um suspiro de alívio, passando a mão no rosto pra afastar o cabelo e olhei pra pessoa lá dentro.

Claro.

Óbvio que tinha que ser ele.

Me senti naquela cena do elevador em Grey's Anatomy que o Derek precisa dividir com todas as exs e com o Mark de brinde, só que sem a parte dos exs.

E aí, eu deveria fazer o que? Dizer “oi” como fiz aquele dia ou sei lá... Só abrir um sorrisinho?

A porta quase fechou de novo, mas fui rápida e entrei no elevador arrastando a mala com o olhar dele preso em mim. E eu tinha todo espaço do mundo dentro do elevador, mas tô sentindo meu braço encostar no dele e isso me deixa nervosa.

Meu coração começa a bater na garganta e eu fico gelada com o silêncio. Com a presença dele. Com tudo.

—¿Volviste a São Paulo por mi culpa y yo soy el tarado? — Ele quebra o silêncio quando o elevador começa a subir.

Não acredito que minha mãe foi falar que eu não tinha visto ele na varanda e que não podíamos confiar em mais ninguém. NÃO ACREDITO.

Olhei pra ele de lado, sentindo o braço dele mais perto. Caramba, que tensão doida.

—Vou querer saber como você ficou sabendo dessas coisas? — Perguntei sentindo um calor se espalhar pelo meu corpo. Começa nas bochechas e vai descendo pelo meu pescoço, meus ombros, meu colo até se acumular no meu ventre.

—No. Sólo necesitas saber qué... Me gusta cuidar do que es mio — Ele diz baixinho o suficiente pra me deixar arrepiada.