24_Dara | Andrew

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Dara Tinsley

Quando acordo já são umas 9 da manhã e não encontro Andrew ao meu lado, mais tarde sou avisada de que ele saiu para trabalhar. Apenas assinto educadamente e subo de volta para fazer minha higiene matinal.

Quando estou no banho, sorrio com as lembranças de ontem, mas o sorriso logo se desfazer com a pequena dor que me atinge, Andrew tinha razão ontem, e eu teimando que não precisava de pomada nenhuma.

Já no closet escolho um vestido simples, comprido até aos joelhos e leve. Ella tem um ótimo gosto, todas as peças em meu guarda roupa são caras, mas não aquelas caras que esbanjam, parece quiet luxury, exatamente a impressão que Ella e Andrew passam, na verdade toda a família Balforth.

Quando termino tudo, me olho no espelho de corpo e sorrio, não poderia estar mais feliz, queria que Dayara estivesse aqui para me ver, a irmãzinha dela está sorrindo de novo e apaixonada pela primeira vez.

Esse ano foi um ano de muitas primeiras vezes.

1. Primeira vez gritando com um nepo baby.
2. Primeira vez mantando um homem. — meu Deus, isso não sôo nada bem!
3. Primeira vez da primeira vez.
4. Primeira vez apaixonada. — e não, nem na minha adolescência me apaixonei, talvez um e outro interesse, mas não como esse.
5. Primeira vez me enxergando de verdade.

Meus pensamentos são interrompidos com uma batia leve na porta do meu quarto.
Daniel diz que o café da manhã está pronto e que Ella está aqui para passar o dia comigo.

Fico empolgada assim que ouço que Ella está aqui, fazem tipo umas duas semanas que ela não vêm aqui. Senti saudades dela.

— Finalmente a senhora dessa casa decidiu me dar o prazer de me receber. — Ella diz assim que desço as escadas. Eu rio.

— Senhora nada. — Digo me aproximando. — Por onde você andava?

— Pelas estradas da vida.

— Nossa que péssima resposta.

— Tanto faz — Ella me pega pela mão e me puxa para a mesa posta. — Vamos comer, estou morrendo de fome.

— Dá para ver. — Digo sorrindo.

— O que quer dizer com "dá para ver"? — Ela arqueia uma sobrancelha em minha direção com aquele rosto incrivelmente lindo.

— Nada não, vamos comer.

Dias depois...

— Então você é a senhora Balforth? — Uma voz grossa e grave diz atrás de mim, imediatamente me viro dando de cara com um homem que não conheço.

— Quem é você e como entrou aqui? — Rapidamente procuro por algo perto que possa ferir, eu nem sei de onde esse homem apareceu e ele parece bem ameaçador.

— Sou Novak, muito prazer. — Ele estica a mão, hesito por alguns segundos mas a aperto, ele a vira e dá um beijo nas costas dela.

— Saí de perto dela agora. — Agora ouço Andrew, imediatamente puxo minha mão do aperto.

— O que foi? Está com medo de que ela se encante por mim? — O homem pergunta para Andrew sorrindo.
Andrew se aproxima de mim, me olha — conferindo se estou bem — e depois olha para o homem.

— Nós dois sabemos que é impossível isso acontecer. — O homem ri e bate no ombro de Andrew. — O que temos para tratar pode ser tratado no meu escritório. — Ele indica a direção deixando o homem ir à frente. — Meu amor, vá para o nosso quarto e só saía se for eu quem for te buscar tá bom? — Abro a boca para questionar mas Andrew é mais rápido. — Depois eu te explico. — Ele beija minha testa e só saí da sala quando subo para o quarto.

Andrew Balforth

— Quando disse que ia escolher um lugar não achei que fosse minha casa e muito menos sem avisar.

— Sabe como sou, imprevisível. — Novak se delicia com um gole do whiskey que se serviu sozinho enquanto eu não estava. — Sua mulher é muito linda.

— Ei com ela você não se mete.

— O quão apertada ela é?

— O quê?

— Para ela ter te deixado assim, deve ser bem apertada, parece que estava disposto a me matar quando me viu perto dela. — Mal posso acreditar no que acabei de ouvir. Já não sou eu no controle do meu corpo quando agarro Novak pela cola da camisa e o olho nos olhos.

— Olha Novak, posso mandar você e seus homens se foderem se se meter com a minha mulher, nunca mais fale dela como se fosse uma de suas prostitutas me ouviu? — O lanço de volta na cadeira, tenho que me segurar para não socar sua cara.

— Tudo bem, não mexer com a mulher de Andrew Balforth. — Ele diz como se estivesse fazendo uma nota mental. Espero que pelo menos tenha levado a sério. — Bom, agora vamos tratar de negócios, já arranjei os melhores homens para o que quiser fazer.

— Pelo menos para alguma coisa você serve.

— Assim você me ofende. — Novak ri. Eu ignoro o que ele diz.

— Já tenho um plano, mas primeiro preciso do seu melhor homem em defesa pessoal e profissional em armas, quero que treine Dara e Ella.

— Se quiser agir logo, isso do treinamento pode atrasar um pouco o plano, por quê se mexer com eles antes delas estarem preparadas, eles vão revidar.

— Mais ou menos quanto tempo demoraria o treinamento?

— Três ou quatro semanas o básico, algo mais aprofundado, uns três ou quatro meses.

— Por enquanto só o básico, depois podemos prolongar, quero que elas pelo menos saibam ameaçar alguém com uma arma.

— Tudo bem, próxima semana elas podem começar. — Assinto. — Se é tudo — Ele pousa o copo já vazio na mesa. — eu tenho outras coisas para fazer. — Novak se levanta e caminha para a saída. — Vai ser bom trabalhar com você. — Ele diz sorrindo e passa pela porta a fechando logo em seguida.

Tenho que ficar atento em Novak.

Continua...
•••

A protegida do CEO Where stories live. Discover now