13_Andrew

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Andrew Balforth

— Por que me chamou aqui no escritório é algo grave?

— Os caras que estão atrás de Dara são os mesmos que sequestraram a Isa e mataram a Dayara! — Ella me estende as fotos eu as pego. Olhos todas as cinco fotos e não vejo nada.

— Não tem nada aqui.

— No cassaco dele, é bem pequeno mas está aí e é o mesmo símbolo que estava na perna de Dayara. — Afino um pouco os olhos e posso finalmente ver, é meio que um alfinete com o símbolo.

— É o mesmo que esse. — Ella mostra o alfinete que fica no cofre do meu escritório.

O pego e coloco lado a lado com a foto. É o mesmo sem sombra de dúvidas.

— Ella você acha que...? — Não tenho coragem de terminar a frase me nego a terminar.

— Não quero pensar nisso. — Ela diz.
Lhe entrego o alfinete, as fotos e ela os coloca no cofre e tranca.

— Vai contar para Dara?

— Não sei.

— Anddy ela tem o direito de saber.

— Eu acho que não é o melhor momento.

— Eu já te falei que você não tem culpa de nada do que aconteceu.

— Não quero falar sobre isso. — Ella assente.

Não quero falar por quê não importa o que ela diga ou que qualquer pessoa diga, vai mudar o que eu penso e sinto. E eu sinto que sou responsável pelo que aconteceu a Isabella e a Dayara. E o que Ella acha que vai acontecer quando Dara descobrir isso? Que lhe tirei a pessoa que ela mais amava?

Não estou pronto para enfrentar as consequências disso, nem um pouco.

— Você que sabe então. — Ella dá com os ombros e saí do meu escritório.
Sei que ela ficou chateada, quer que eu seja honesto e que não me sinta culpado por nada, mas infelizmente não posso fazer nenhuma das duas coisas.

Puxo meus cabelos para trás, acho que vou ficar louco!
Decido fazer a única coisa que me acalma nos últimos anos, ler e reler o dossiê sobre Dara.

[...]

— O que foi? Está admirando minha beleza? — Pergunto após ver que Dara me olhava de relance várias vezes enquanto comíamos.

— Que? — Ela ri. — Não se ache tanto senhor Andrew Balforth.

— Uii. — Coloco a mão no coração fingindo magoa. — Essa de usar o "senhor" para me ofender foi baixo até para você!

— Você tem trinta e um anos, é praticamente um ancião. — Sorrio olhando para ela.

— Se é assim, então você ainda é um bebezinho que merece receber palmadas por desrespeitar os mais velhos. — Vejo Dara ficar vermelha e me divirto vendo o quão rápido sua mente pode voar. — Muitas palmadas... — Adiciono. Levo o copo até meus lábios e bebo sem cortar o contato visual com ela.

— Aonde está Ella para me ajudar nesses momentos... — Ela murmura baixo.

— Vai pedir desculpas toda a noite, e pedir que eu pare... — Estou quase explodindo em uma risada por ver o pimentão que Dara é agora.

— Acho melhor comermos em silêncio. — Ela diz e enfia a comida na boca imediatamente. Eu rio e continuo comendo.

Depois da pequena interação na sala de jantar, Dara se despediu e foi para seu quarto, eu também subi, tomei um banho e agora estou deitado em minha cama olhando sem parar para a porta. Tenho vontade de sair daqui, ir até lá, pegar ela e a beijar.

A forma como ficou envergonhada mais cedo, só me mostrou que existe uma Dara divertida e espontânea dentro da carapaça que ela construiu, vê-la sorrir só confirma mais isso.
Nas primeiras semanas aqui, Dara não falava muito e nem interagia, era como se não estivesse nessa casa, mas agora, posso vê-la em cada canto.

Acho que estou ficando mais apaixonado ainda.

E isso não é bom, nada bom, por quê só irei destruir Dara da pior forma possível e ela vai me odiar para sempre.

A protegida do CEO Onde as histórias ganham vida. Descobre agora