The best of me-Jemma

34 Mãe!?

POV Emma

— Minha gay, minha vida! — abracei Hunter assim que saí de casa com intuito de esperar Ortega do lado de fora — O que faz por aqui tão cedinho?

— Minha mãe querendo me levar na feira. Como você está, lobinha fedorenta? — dou língua o fazendo rir — Depois que começou a dar não arranja mais tempo para mim.

— Me respeita! — tento lhe dar um tapa mas não consigo já que desvia — O que tem feito em minha ausência?

— Trabalhei, limpei casa, fiz compra, saí para beber um pouco e não beijei ninguém, que raiva! — reviro meus olhos — Aliás, você ficou de arrumar um macho para mim e nada até agora.

— Jenna está querendo fazer um churrasco para comemorar o aniversário do pai dela esse final de semana e creio que vai levar alguns amigos, quer ir? — aprecio Doohan mudar de triste para um homem feliz muito rápido.

— Carne assada, bebida e homem. Do que mais eu preciso? — nego rindo vendo o Audi branco da minha garota se aproximar.

— É aqui o endereço da garota mais linda desse mundo? — seu sorriso galanteador se direciona a mim e eu não evito que minhas bochechas corem — E aí, lagartixa albina!

— Fala, emo rebaixada. — eles se cumprimentam com ofensas e eu adentro o carro despreocupada — Bom dia para vocês e essa é minha deixa porque minha mãe me espera, beijos.

Jogo minha mochila no banco de trás e beijo com carinho a menor que sorri contra meus lábios, é um sorriso carinhoso mas estranhamente se torna divertido me deixando confusa. Ortega tira a cinto e desce do carro me mandando ir para o seu lugar ao dar a volta no veículo que custa minha vida.

— Aconteceu alguma coisa? — questiono perdida vendo ela entrar no lugar do passageiro indicando o banco do motorista.

— Você vai levar a gente para a faculdade hoje. — fico paralisada a encarando como se ela fosse uma verdadeira perturbada. 

— Está chapando e eu não estou sabendo? — seus olhos se reviram e sua mão continua me indicando o banco — Não, obrigada.

— A gente só vai sair daqui quando você entrar e seguir minhas instruções. — resmungo, sentindo meu corpo suar frio porque sei que ela não está brincando — Relaxe, okay? Eu já te ensinei o básico na teoria, agora é a prática, como noção de espaço e por aí se encaminha.

Dou a volta no carro de luxo e adentro olhando para ela, talvez esperando o próximo passo ou procurando algum traço divertido em sua feição a entregando que tudo não passa de uma brincadeira, mas só ganho uma Jenna séria parecendo esperar que eu tome alguma atitude antes de se quer abrir a boca para me auxiliar nessa jornada suicida. Eu já dirigi uma vez, foi uma picape velha no meio do nada com meu pai e se vale ressaltar, eu tinha onze anos.
  Suspiro levando minha mão trêmula na procura de uma chave e em troca ganho um tapa na mão a qual me fez recuar chiando pela ardência, encaro a meliante agressora e Ortega nega como se eu fosse a pessoa mais acéfala do mundo.

— Nunca comece pela chave! Você ajustou seu banco, ajustou o retrovisor, colocou o cinto de segurança, você ao menos verificou as marchas? — abro a boca inúmeras vezes não tendo qualquer som saindo, é, eu sou uma acéfala.

— O banco está bom, o retrovisor está legal, o cinto, claro... — o coloco devidamente e encaro ela — Eu não sei mexer nas marchas.

— São sete marchas. — me mostra com o dedo — Eu vou te ensinar todas elas, mas foca nessas quatro primeiras aqui. Esse P é para estacionar, esse R é para dar ré, esse N é o ponto morto e o D é para dirigir. O carro é automático então não precisa ficar desesperada focando toda sua atenção aqui, esse botão vermelho no volante serve para ligar o carro então assim que você girar a chave é só apertar ele, pode mexer na marcha tirando do ponto morto para o D.