The best of me-Jemma

28 Filme?

POV Emma

— Eu tenho uma idéia, vem. — Jenna e eu ficamos discutindo sobre ela me levar de volta para casa já que a menor quer que eu durma na sua casa.

— Eu sei que amanhã é sábado, mas eu não posso deixar minha família sozinha. — paramos de andar quando ela encontra o que deseja, sua mãe.

— Mãe, pede a Brenda para deixar a Emma dormir aqui hoje, por favorzinho. — chantageia com um beicinho e Natalie nem consegue argumentar — Isso!

A senhora Ortega sai com o meu celular no ouvido quando Jenna começa a ligação, acerto um tapa na morena que resmunga mas me agarra tentando ganhar um beijo. Ficamos bons minutos nessa guerra de agarra e empurra que eu nem vi Natalie voltar, só nos tocamos quando ela fez um som parecido com uma tosse e eu soltei a menor empurrando seu rosto para longe com a mão. Sorri como uma maníaca morrendo de vergonha vendo a mais velha estender meu celular olhando para nós duas como se fossemos um casal de guaxinins malucos.

— Sua mãe deixou e disse que amanhã irá passear com seus irmãos caso você não a encontre em casa quando voltar. Estavam brigando? O que minha filha fez com você? — Jenna abre a boca incrédula me fazendo segurar a risada.

— Por que pensou que eu fiz alguma coisa e que eu sou a errada? E não, não estamos brigando, vem. — me puxa para longe do corredor deixando Ortega para trás.

— Obrigada, Natalie. — agradeço antes de perder ela de vista e alguns minutos caminhando chegamos na enorme cozinha.

— Qual sabor você gosta? — encaro atônita os inúmeros potes Ben&Jerry's de todos os sabores, creio eu.

— Qualquer um que não seja de frutas cítricas ou algo assim. — Jenna escolhe dois que parecem ter chocolate e pega duas colheres.

— Vamos para a sala de cinema. Qual filme quer ver? — eu percebi com o tempo que a morena nunca pergunta se baseando no que queremos e sim sempre no que eu quero.

— Que tal você escolher? — ela me olha parando em frente a uma porta gigante de madeira e a abre com minha ajuda.

— Eu aprecio terror clássico e não filmes românticos, amor. — quase me derreto no escuro ao ouvir ela me chamar de amor, nunca vou me acostumar — Acender luz.

— Eu gosto de terror. — Ortega quase quebra o pescoço para me olhar divertida, ela sabe que estou mentindo — Um de suspense, talvez?

— Suspense e drama juntos se resume a cagaço em cinco minutos para você, Bear. — nos sentamos em duas poltronas muito macias enquanto eu particularmente aprecio a beleza da sala.

— Me respeite que eu sou mais alta. — resmungo rindo quando o tapa vem com força na minha perna — Estou mentindo?

— Você só é cinco centímetros mais alta, anã disfarçada. —  ignoro ela abrindo o meu sorvete — Que tal Orange is the new Black?

— Só depressão, mas tudo bem. — entramos na mesma sintonia e eu acho que me apaixonei pelo sorvete, me perdoa Babycakes.

Eu finalizei o sorvete quase no final do primeiro episódio e ajudei a menor com o dela quando a mesma reclamou que não conseguiria terminar sozinha. Por fim nos acomodamos relaxadas e com as mãos unidas por cima do meu colo, seu rostinho se apoia em meu ombro e como de costume dou um pequeno beijo na sua testa, ganhando outro rapidamente em minha bochecha. Algumas cenas foram dignas de risadas e outras de incredulidade tamanha as injustiças.
  Essa série definitivamente é para mostrar o quanto as mulheres lutam para conseguir o mínimo de respeito e lugar na sociedade, o quanto temos que lidar com o machismo e o restante das nojeiras que o sexo masculino pode ofertar. E o mais assustador disso tudo, é que é real, o sistema funciona assim em todo lugar e não sei se conseguiremos mudar isso algum dia. Eu vejo que não se trata somente de mulheres prisioneiras, é mais do que isso.