Uma cama de hospital

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Depois do último pesadelo, as noites que vieram após foram tranquilas, até a noite de quinta feira.
Assim que fechei os olhos, senti cheiro de álcool, remédio e medicamentos. Quando voltei a abrir os olhos,eu estava deitada em uma cama de hospital, vários aparelhos estavam ligados em mim.
Era dia, a janela estava aberta, o sol cintilante iluminava todo o quarto.
Tentei chamar minha mãe, mas a voz não saiu, estava presa em minha garganta, então arranquei os aparelhos ligados em mim e tentei me levantar, foi uma tentativa vã, minha pernas não respondiam, não consegui móve- las.Senti que precisava a todo custo sair dali, começava a ficar desesperada, torcendo para que alguém aparecesse para me ajudar e me contar o que está acontecendo.
Ouvi a por se abrindo, tentei ver quem era, mas não consegui.
Depois de alguns segundos, senti que alguém passava as mãos pelo meu cabelo, senti um alívio profundo.
Ergui minha cabeça para ver quem estava ali, vi o rosto enrugado, com vincos e pé de galinha. Dei um pulo e acordei, em meio segundo eu estava em pé ao lado de minha cama. Levantei rápido demais, minha cabeça girou, provocando náuseas, senti uma necessidade repentina de chegar até a privada. Fui correndo para o banheiro, me ajoelhei diante do vaso sanitário e ali despejei tudo o que eu havia comido no jantar, o cheiro ficou desagradável. Levantei, apertei o botão da descarga, fui até a pia lavar o rosto e a boca.

- Miaau- fez Carine da porta do banheiro, me fazendo pular outra vez.
- Não me assuste assim Carine- Disse seria para ela, que me olhava curiosa.
Enxuguei o rosto,peguei Carine no colo e voltei para a cama. Coloquei uma música tranquilizadora para tocar no meu celular.Aquilo me fez bem, dormi novamente sem ter pesadelos.

Os sonhos de AliciaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora