S/n sempre foi uma garota forte, aturando as exigências de sua avó preconceituosa, Druella. Ela pensava que sabia de sua história, mas durante seus anos em Hogwarts, percebe que estava sendo enganada por sua própria mãe, Bellatrix, que ainda estava...
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S/n seguia Snape em silêncio pelos corredores vazios de Hogwarts. Quando chegaram em frente a uma gárgula, o professor recitou a frase "Gota-de-limão" e uma escadaria em espiral se abriu.
– Quando chegar no topo, bata na porta – disse Snape.
– O senhor não vai? – S/n perguntou confusa.
– Não. Tenho que contatar Madame Pomfrey.
E sem dizer mais nada, ele deixou a garota sozinha. Ela subiu as escadas, que pareciam extremamente compridas, e, quando finalmente parou em frente a porta, ela respirou fundo antes de bater e receber a resposta.
– Olá, S/n – disse Dumbledore atrás de sua mesa quando a porta de abriu magicamente.
– Oi – saiu quase em um sussurro quando ela entrou lentamente na sala. Além de Dumbledore, também estavam lá Harry e Sirius. S/n olhou extremamente confuso para o homem. – Sirius?
– Eu sabia que uma coisa assim iria acontecer... – Sirius disse virando-se para Dumbledore, ignorando a presença de S/n.
– Sente-se, S/n – Dumbledore acenou para a cadeira ao lado da de Harry diante a escrivaninha. Ela excitou um pouco; inconscientemente, com receio de sentar ao lado de Harry. Mas, mesmo assim, fez o que lhe foi pedido. O garoto olhou para ela com fogos nos olhos, como se ela fosse uma atrocidade, ela manteu seu olhar firme - Preciso saber o que foi que aconteceu depois que você tocou a Chave de Portal no labirinto, Harry - disse o diretor.
- Podemos esperar até de manhã para isso, não, Dumbledore? - disse Sirius com aspereza. Ele pousou a mão no ombro de Harry. - Deixe o garoto dormir. Deixe-o descansar.
Harry sentiu um assomo de gratidão com relação ao padrinho, mas Dumbledore não deu atenção às palavras de Sirius. Curvou-se para Harry. S/n percebeu que, de má vontade, o garoto ergueu a cabeça e encarou aqueles olhos azuis.
- Se eu achasse que poderia ajudá-lo - disse Dumbledore brandamente -, mergulhar você em um sono encantado e permitir que adiasse o momento em que terá de pensar no que aconteceu esta noite, eu faria isso. Mas sei que não posso. Amortecer a dor por algum tempo apenas a lornará pior quando você realmente a sentir. Você demonstrou uma coragem acima da que eu poderia ter esperado. Conte o que aconteceu. Estou pedindo que a demonstre mais uma vez.
S/n sentiu amargura ao ouvir aquelas palavras serem ditas para Harry. Mesmo não sabendo o que levou-o a fazer aquilo, ele fizera. Ele expôs a todos sua identidade; dissera coisas que não faziam sentido nenhum e que borbulhavam dolorosamente em sua cabeça.
Harry inspirou profundamente e começou a contar. S/n queria tampar os ouvidos para não ouvir a voz dele, mas sabia que não podia.
Conforme o garoto contava, ela imaginava todas as cenas com um nó na garganta; ela viu rabicho emergindo do escuro com um ser enfraquecido em suas mãos; viu a superfície borbulhante da poção que revivera Voldemort; viu os Comensais da Morte aparatando entre os túmulos em volta deles; viu o corpo de Cedrico caído no chão ao lado da Taça. S/n abaixou a cabeça imediatamente ao ouvir isso e sentiu uma lágrima rolar de seu rosto. Ela enxugou-a rapidamente.
