11. O prazer de uma risada sincera

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POV  HARRY

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POV  HARRY.

Hoje é um daqueles dias que parece existir um sol para cada pessoa. O ar está abafado e o calor implacável, e menos de dez minutos depois de ter deixado o interior do palácio, onde o ambiente é climatizado, já estou arrependido da decisão de dar uma voltinha para espairecer.

Estou seriamente pensando em voltar para os meus aposentos, quando vejo uma porta nos fundos do prédio que chama minha atenção pelo seu tamanho. Me aproximo curioso e fico impressionado com a coleção de carros que tem ali, eles são de vários modelos diferentes, alguns esportivos, outros clássicos ou modernos, porém na grande maioria são carros antigos.

Caminho entre eles, passando os dedos nas latarias brilhantes e acabo sobressaltando quando ouço o barulho de algo pesado cair no chão, mas é ao ver Louis sair de trás de um dos capôs limpando as mãos em um pano velho, que meu coração dispara. Ele usa uma calça jeans escura e tem uma regata branca pendurada em seu bolso traseiro e, honestamente, nunca pensei que um homem seminu e sujo de graxa pudesse parecer tão quente.

— O que está fazendo aqui, raio de luz? – Pergunta desconfiado.

— Apenas dando uma volta, vi a porta da garagem aberta e resolvi dar uma olhada. – explico. — Não sabia que você cuidava pessoalmente da mecânica dos carros. – Comento casualmente.

— Ajuda a relaxar. – Conta, dando de ombros antes de voltar a trabalhar no motor.

Aproveito que ele está distraído e observo os músculos contraídos das suas costas, sua cintura fina curvada sobre o capô e sua bunda redondinha empinada em minha direção. Essa visão me faz salivar e sou obrigado a cravar as unhas em minhas palmas para evitar de correr as mãos pela extensão da sua coluna até chegar em suas nádegas macias e apertá-las com vontade.

Pelo Soberano! Por que tenho que me sentir tão atraído por esse homem? Estou começando a achar que essa atração é algum tipo de carma ou de castigo, sei lá, isso não pode ser normal, pois sempre que Louis está por perto sinto como se uma corda invisível me puxasse para si e se eu apenas ceder ao forte puxão, estarei preso a ele e a essas sensações que desperta em mim.

Eu não sabia que tinha tanta dificuldade em manter o autocontrole até conhecê-lo, e o que me deixa mais angustiado é que já não tenho certeza se quero me controlar, porque no fundo sei que meus sentimentos cruzaram a linha do mero desejo.

Já senti atração por muitas pessoas ao longo da minha existência, de uma forma encantadora ou sedutora. Senti atrações físicas que despertaram em mim interesse por seus corpos, sensualidade e beleza, senti atração emocional, onde fiquei encantado por seu caráter, bondade e bom humor contagiante, embora, nada se compare a forte atração que sinto pelo rei dos sombrios desde que o conheci.

Uma conexão que se estabelece a uma força resistente e indissolúvel que me atrai e magnetiza para si, que me faz desejá-lo sexualmente de uma maneira avassaladora como nunca senti antes. Sinto uma necessidade voraz de beijar sua boca até perder completamente o fôlego, de arrastar minha língua por toda a sua pele para, talvez assim, saciar a fome que me consome. Anseio que nossos cheiros, nossos suores e sabores se misturem, se tornem um só, incomparável, inconfundível, alucinante. Sinto-me queimar de tesão por ele, por seu membro me alargando, me preenchendo, me dando prazer e satisfazendo meus instintos mais selvagens, entretanto, nem tudo se resume a sexo, e minha respiração ofegante, meu coração acelerado e as borboletas em meu estômago, todas as vezes que penso em Louis, são as maiores provas disso.

ENTRE O PARAÍSO E O INFERNO | l.sWhere stories live. Discover now