XII

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Boston, Massachusetts












      Effie Petit
      12|04









Capítulo XII= Estresse Pós-Mãemático






Não aguento mais chorar.

Meus olhos estão simplesmente inchados de tanto chorar, literalmente não os conseguindo abrir de tanto inchaço, me sentindo mal por ter chorado tanto, já com uma dor de cabeça terrível por isso, punindo a mim mesma.

As palavras de mamãe me machucaram muito. Tudo o que ela falou na verdade, é muito importante pra mim, já que ela é minha mãe e que cuidou de mim, por todo minha vida! É quase impossível não pensar nela para tudo de importante que eu vou fazer como, comprar roupas, ir a determinados lugares. Não consigo mais pensar em uma vida onde mamãe não esteja, simplesmente não entra em minha cabeça viver sem ela. Criei uma dependência emocionou absurda na mesma, já que ela quem foi minha mãe e meu pai por todos esses anos, sempre me dando amor e carinho, apesar de negligenciar outras coisas, mas, não posso mentir dizendo que ela foi uma mãe ruim para mim, já que não foi.

Por uma parte, eu tento entendê-la, já que deve ser difícil ter uma filha na qual você pensou sobre o futuro brilhante dela por sua vida toda, para que em um momento difícil, na qual você não tinha consciência sobre pois ela não contou, e acabou por extravasar com ela. Deve ser difícil ter as expectativas quebradas, todavia, é indispensável pensar em meu lado também, pois, eu sou eu, né? É difícil para mim, falar determinadas coisas para as pessoas, isso me deixa muito desconfortável e não, por isso, prefiro guardar isso para mim, mas com isso, essas coisas acabam me corroendo por dentro, as vezes, deixando transparecer isso no exterior, ficando como estou agora, meio debilitada e sonolenta, triste e sem sair de casa.

Não tenho culpa que ela pensou em certas coisas pra minha vida, alegando ser o melhor pra mim, por que afinal de tudo, sou eu que descido meu próprio caminho, minhas próprias escolhas.

  Está tudo muito estranho.

    Mamãe apesar das besteiras que falou, sempre vinha falar comigo, arrependida, mas desde sua bronca, que nem ao menos ouço sua voz, ou pelo menos um murmúrio seu. Isso está mais do que me chateando, me sinto sozinha mesmo tendo milhares de seguidores nas redes sociais ou presencialmente, na qual tenho apenas dois, mas que estão afastados de mim. Papai ja me abandonou, e mamãe mesmo sem me abandonar, já está fazendo uma enorme falta. A casa está tão silenciosa que sinto como se fosse a única aqui, sentindo frio mesmo que agora seja primavera.

    Levanto da cama e sinto minha cabeça pesar, assim como senti que o mundo estivesse caindo e girando, fechando os olhos com força para me sentar na cama novamente com essa tontura repentina. Respiro fundo e coço meus olhos, me levantando de vez, indo em direção ao banheiro para lavar o rosto, encarando meu reflexo no banheiro com tristeza, ainda com grandes olheiras vermelhas de baixo dos olhos, que estão inchados no momento. Pela primeira vez em anos, resolvo usar minha banheira, girando o registro para água quente, esperando a mesma encher, sentando na tampa da privada.

Ultimamente tantas coisas aconteceram em minha vida, que nem sei como reagir a tudo isso, a todos esses acontecimentos tão recentes e complicados que me atingiram bem na fuça, me desnorteando por total. Minha mente tem estado tão confusa e quebrada, que é como se meus pensamentos fossem quebra-cabeças que precisam ser montados, mas, infelizmente perante as circunstâncias, nisso tudo, não tenho braços, dificultando minha resolução desse quebra-cabeça difícil.

Stalker à Solta Where stories live. Discover now