Eu sentia o olhar de Sasuke e sua preocupação eminente em me deixar ser esmagada pela mulher, mas de alguma forma ele sentiu que deveria deixar, ele sentiu o quanto eu precisava disso.

- Eu estava tão preocupada. – Ela sussurrou para mim, me apertando mais forte. – Eu achei que também ia te perder. – Senti meu ombro ficar molhado, agora eu a abraçava mais forte.

Acariciei suas costas.

A filha consolava a mãe agora.

- Eu estou aqui, Tsunade-sama, eu voltei para vocês.

A mulher me apertou mais forte, derramando lágrimas no meu ombro.

- Temos muito que conversar. – Ela sussurrou para mim.

Eu sei o que ela quer falar. Ela quer saber que ideia foi essa de usar o byakugou com os oito portões, mesmo estando orgulhosa.

Mas eu também quero conversar.

Quero contar como foi a missão, como ela me destruiu, mas ao mesmo tempo me fez achar uma parte de mim que eu nem sabia que precisava.

Mas principalmente, quero saber sobre seu conhecimento sobre o clã Uchiha. Porque por mais que eu esteja com saudades, como posso esquecer tudo que ocorreu? O massacre que destruiu a vida de muitos e a vida de quem eu mais amo?

Eu preciso saber de tudo.

Preciso contar tudo sobre a missão, questionar o que havia acontecido.

Como todos estão... mais alguém se feriu? E as pessoas da vila da chuva? Como tudo está? Danzou? Madara?

Ela se afastou, agora sim me analisando. Seu olhar passou por todo meu corpo, tendo certeza de não estou mais ferida, que realmente não estou com risco de morte.

Tsunade acariciou meu rosto suavemente, olhando cada detalhe do meu rosto, o qual com certeza não está nada bom.

- Eu quase te perdi, minha filha, foi por tão pouco. – Ela sussurrou, pequenas gotículas se formaram em seus olhos.

Senti um toque na minha mão, eu nem precisava olhar para saber quem era.

Desviei o olhar de Tsunade-sama e o olhei.

Casa, eu finalmente estou em casa.

— — S2 — —

SASUKE NARRANDO

Ela está acordada.

Sakura está acordada, sorrindo e conversando com todos.

Assim que minha mulher acordou, todos seus amigos apareceram aqui. Toda sua família.

Encostado na parede perto dela, esperando para ajudá-la em qualquer coisa que ela precisasse, eu só pude observar sua felicidade.

Fazia anos que eu não sentia isso, me sentia tão bem na presença dos outros. Mas ver Sakura tão alegre me faz sentir coisas inexplicáveis.

Essas são as tais borboletas no estomago que eu li em um livro enquanto esperava por ela? Só pode ser, porque eu só sinto isso quando ela sorri e fala comigo.

Ou melhor, quando me olha com essas esmeraldas tão belas, como se pudesse ver minha alma, e eu não duvidaria que ela realmente consegue.

Sakura é minha calmaria. Minha paz. Minha luz. Minha esperança em tempos difíceis.

E eu sou um idiota por demorar tanto para ir atrás dessa felicidade.

Nos primeiros dias que Sakura foi internada, foi como se um turbilhão estivesse me consumindo, foi como se eu pudesse fazer qualquer coisa para ir até ela. E se fosse possível, eu realmente faria.

O Sacrifício da CerejeiraWhere stories live. Discover now