Capítulo 17

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*SASUKE NARRANDO*

Sakura andava calmamente até o nosso objetivo, o qual ela não havia revelado ainda.

Isso ainda me deixava inquieto, Sakura escondia algo grande de nós, algo que ela não poderia revelar de forma alguma.

Onde Sakura se meteu? O que ela está fazendo? E por quê? 

Lancei um olhar para ela, a analisando sem descrição.

Sakura, mesmo andando na minha frente, pareceu perceber meu olhar, pois ficou meio agitada.

Olhando em volta, percebi que estávamos indo para vila da areia, ou algo perto de lá.

Vila da areia, hein?

O pensamento de que Sakura tenha se envolvido em algo tão ruim ao ponto de fazê-la se fingir de morta, me despedaça.

Eu não sei o porquê e nem quem fez isso, mas se um dia eu descobrir, será os últimos dias dessa pessoa na terra.

Sakura é uma mulher boa e doce, não merece isso.

- Vamos demorar para chegar? – Ouvi Suigetsu perguntando, mas não fiz questão de me virar.

Eu não sou mais o líder, não mais. Agora Sakura guiará nosso caminho, ela manda.

A rosada olhou para trás e o viu fingir que estava cansado, como ele sempre faz, tentando me enganar.

Antes que eu pudesse alertar para não acreditar nele, a mesma disse:

- Mais uns dois dias, ou mais. – A olhei sem entender.

Se fossemos para Suna, seria um dia e meio. Dois dias? Talvez, depende. Sakura está machucada, mas não ao ponto de demorarmos tanto. Mas mais de dois dias? Não estamos indo para Suna.

Suigetsu soltou um resmungo alto. Sakura soltou uma risadinha com sua reação.

Inesperadamente, a mulher parou.

- Vamos fazer uma pausa de cinco minutos, daí continuamos. – Suigetsu começou a comemorar, indo se deitar embaixo de uma árvore. – Mas não descansaremos mais.

Suigetsu a olhou em choque, mas antes que ele pudesse contrariá-la, a mesma usou o seu chakra para pular para o galho de uma árvore.

De baixo, apenas olhei sua sombra encostada no tronco.

- Vamos aproveitar o descanso, então. – Karin sussurrou para si mesma, meio contrariada.

Vendo os outros membros se deitarem para descansar, apenas mandei chakra para os pés e subi no mesmo galho que Sakura.

A mulher me olhou surpresa, claramente não esperando a minha vinda.

Ignorando seu olhar, apenas me sentei do seu lado.

- Como está seu machucado? – Levei meu olhar para sua cintura, querendo ver por baixo da minha blusa.

Ela desviou o olhar, o guiando apenas para o céu azulado.

- Está tudo bem. – Sua voz parecia mentirosa.

Meu cenho franziu como consequência.

Para que mentir até nisso, Sakura?

- Se você estiver dolorida, podemos descansar mais. – Eu sussurrei para ela, como se fosse um segredo.

Ela negou com a cabeça, não olhando para mim.

Mordi meu lábio, querendo saber o que passava pela cabeça dela.

Sakura tem um negócio estranho, desde a época gennin. É como se apenas a presença dela me atraísse, como se um imã estivesse me puxando para tocá-la, mas eu sempre me esforçava o máximo possível para evitar isso.

Dessa vez foi diferente.

Obedecendo esse imã, eu toquei sua mão. Não, eu a puxei para mim.

Sakura me olhou sem entender nada, mas eu também não entedia muito para explicar para mesma.

Ainda cedendo ao chamado, eu segurei forte sua mão, a deixando no meu colo.

Eu senti os olhos esverdeados de Sakura em mim, mas eu estava ocupado demais olhando a união das duas mãos.

Por que isso parecia tão perfeito? Tão certo?

As duas mãos coladas, a minha cobrindo completamente a dela, o aperto forte e gentil que permanecia... Por que é tão bom?

Me sentindo muito bem e finalmente, pela primeira vez em anos, confortável, a encarei.

Observei atentamente aquelas duas orbes esmeraldinas, tentando entender o porquê disso ser tão bom, mas Sakura também não parecia ter a resposta, na verdade ela parecia tão confusa quanto eu.

Vi uma luta interna refletir ali, e aquilo me matou por dentro.

O que está tanto perturbando Sakura? Por que ela não está em paz?

Uma moça tão boa como ela deveria ter toda paz do mundo, então por que ela não tem?

Tão concentrado um no outro, levamos um susto com um barulho de fora.

Nós dois olhamos com tudo, preparados para um possível ataque, para árvore do lado, porém relaxei imediatamente.

Um pássaro, é apenas um pássaro.

Olhei de volta para Sakura, mas ela não parecia tão tranquilizada quanto eu.

Voltei de novo meu olhar para a ave, mas o corvo não estava mais lá.

Desviei para Sakura e ela estava pálida.

- Ei. – Falei, sentindo uma preocupação começar dentro de mim. – Você está bem?

O machucado teria infeccionado? Ela está sentindo dor? O que está acontecendo?

Apertei mais a mão dela, assustado por ela não me responder. A rosada ainda encarava aonde o pássaro havia deixado, como se estivesse em choque.

- Sakura? – Falei mais preocupado, cortando nosso contato e levando a minha mão para sua testa.

Finalmente a mulher me olhou, mas ela parecia conturbada.

Sua testa estava franzida e seu rosto ainda meio pálido.

De inesperado, Sakura se levantou.

- Temos que ir. – E antes que eu pudesse responder, ela já havia saltado da árvore.

Apenas levei meu olhar para onde ela tanto encarava, aonde o corvo havia ficado.

O que tanto assustou Sakura?



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Pessoal, nem ia postar nada, mas como esse capítulo tá curtinho e hoje é feriado, resolvi postar. Vocês estão gostando da fic? Esse capítulo agradou vocês??? Bem, só digo uma coisa, preparem os lencinhos. 

Foi isso por hoje, gente, por favor, não esqueçam de votar e comentar, isso me ajuda muitoooo!

Bjs, até o próximo capítulo. 

S2

O Sacrifício da CerejeiraWhere stories live. Discover now