7° Um dia

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P.O.V Jennie

Ficar quase duas horas jogando com Lalisa foi divertido, juro. Foi muito divertido, e adorável pois eu tinha a honra de escutar sua risada e admirar o seu sorriso.

Creio que a elogiei muitas vezes, por pensamento, lógico. Porém, em certos momentos eu tinha que confessar o quão fofa e boa ela era, a mesma só agradecia com um sorriso ou vez e outra se exibia.

Após pararemos de jogar, ficamos sentadas observando as outras pessoas, enquanto comíamos os salgadinhos que pegamos na máquina.

Por dentro, eu realmente gritava para Lisa, alertando que eu era dela, que finalmente tínhamos nos conhecidos e eu sou uma idiota por não tê-la abraçado ainda. Lalisa não parecia reagir com meus pensamentos, sequer parecia que me sentia e isso me fazia ficar balançando a perna, tão ansiosa.
 
- São três da manhã. —Ela diz encarando seu celular. — Você não está cansada?

- Não. Você está?

- Não. Acho que os doces que compramos me deixaram sem sono. —Ela guardou o aparelho novamente, se levantando e me olhando. — Vamos andar mais.

- Você gosta mesmo de caminhar.

- Depende, principalmente da companhia.

- Você é hiperativa...

- E você é sedentária.

  A encarei incrédula, fazendo-a apenas dá risada e começar a caminhar para longe. Levantei e fui atrás da mesma.

- Como ousa me chamar assim, Lalisa?

- Eu não falei nada. —Ela me olhou, seu sorriso tão sapeca. — Acho que você escuta vozes.

- Você é muito sem vergonha, saiba disso.

- Uma vez meu pai me disse algo parecido.

- Sério?

- Sim. Foi tipo,"você vai acabar sendo presa se continuar sendo atentada."

- Acho que ele não está errado, mas sabe? Eu mesmo irei te prender.

- Ah é?

- Aham. Você está falando com uma futura delegada, senhorita.

- Sério? Que surpreendente.

Ela não pareceu surpresa, mas ainda sorria igual uma criança que acabou de comer doce escondido.

- Pra onde quer ir agora?

- Não precisamos de um destino, não é?

- Sem rumo, então?

- Sim, Jennie. Sem rumo. —Lindo sorriso. Ela pegou em minha mão. Tão macia. Caminhamos sem destino. Rua tranquila. Ela contou outra charada, e finalmente teve graça. Esse frio é tão bom. Ela entrelaçou os nossos dedos. — Nem te perguntei. Por que resolveu ser logo delegada?

- Ao princípio eu queria ser apenas policial, mas estudei mais um pouco e então falei; Eu quero ser uma incrível delegada. Quero ter o prazer de mandar pessoas cruéis para detrás das grades.

- Tenho certeza que será ótima. Claro que não é assustadora, e nem tem tamanho, mas vai se sair muito bem.

- Não foi engraçado, Lisa.

- Tenho certeza que você pensou; "Ain como ela é idiota e engraçada".

Dei risada pela voz que ela usou, uma imitação horrível de mim. Mas ela estava certa, eu pensei quase a mesma coisa. Quase.

Seu braço envolta do meu ombro me deixou um pouquinho surpreendida, mas relaxei e me senti em um doce lar.

- Têm bastante lugares abertos.

Um dia {Soulmates} concluído Where stories live. Discover now