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Quero que você me faça sentir

Como se eu fosse a única garota no mundo

Eu estou tremendo como um pinscher no ártico em cima do meridiano de

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Eu estou tremendo como um pinscher no ártico em cima do meridiano de... Não sei. Não lembro do nome dessa porra.

Não sei nem se isso significa temperatura baixa, mas eu estou me tremendo por inteiro enquanto me preparo para entrar na sala de parto com Diana.

Então, vejo Jensen chegar escorregando no corredor e quase atropelando uma das enfermeiras.

— Fique com Jack — peço vestindo luvas e ele me encara assustado. — Letícia sabe onde ele está, fique com ele. Por favor. Não o deixe sozinho.

— Se acalme, se acalme — pede, tão nervoso quanto eu. — Eu cuido do pequeno estripador, você cuida desse Furiosinho que está nascendo antes da hora e...

— Jensen, fique calmo — Edgar o puxa pelo ombro. — Permaneça ao lado de Jack e só, me ouviu? Vai.

— Qualquer coisa eu te aviso — murmuro antes de Ed abrir a porta pra mim e eu entrar na sala, correndo para o lado de Diana e apertando sua mão.

— Dilatação nove! Ele está pronto pra sair! — ouço alguém gritar.

— Eu vou bater tanto no Lourenço por ele me fazer passar por esse susto... — solta apertando minha mão e eu sinto meus olhos se enchem de lágrimas. — Droga, Nicolas... Não chora nessa porra, eu estou muita dor!

— Eu estou emocionado, é o nascimento do meu primeiro filho — choramingo e Diana deixa um sorriso escapar.

— Eu te amo demais — ela sussurra e eu deixo lágrimas caírem agora. — Não poderia ter escolhido pessoa melhor para passar o resto da minha vida.

Eu quero dizer que a amo também, que apesar de toda a confusão psicológica e emocional que vivi nos últimos anos, Diana, Lourenço e Jack foram os presentes que eu jamais imaginaria que ganharia. Eles trazem luz para cem por cento do meu dia juntamente com Bethânia, eu acordo e vejo um motivo para continuar seguindo em frente e amadurecer cada dia mais, então eu sorrio e ela sorri de volta; eu brinco e Beth solta uma gargalhada; eu reclamo e Jack ri dos meus dramas.

Eles são tudo que eu poderia ter escolhido, ganhado e qualquer outra coisa desses verbos.

Não são o que eu mereço, porque eu fiz dezenas de coisas erradas nessa vida, mas são os meus melhores presentes.

Eu não consigo dizer que amo Diana, mas — com certeza — eu murmuro um "eu te amo" quando o médico me entrega Lourenço nos braços, sujo de sangue, chorando alto o suficiente para que eu tenha certeza que ele é um Rossi, bem como suas perninhas fortes batendo contra o meu braço é a prova de que é um O' Hara.

Lourenço Rossi O' Hara.

Fruto de um casal que se odiava, que suas famílias se odiavam.

Uma vez, eu ouvi minha mãe dizendo para o Santiago que "tudo que está destinado a ser seu, será seu".

VÍTIMA DO ERRO (Concluído)Where stories live. Discover now