16

666 74 4
                                    

Estou com essa sensação, sim, você sabe

Na qual estou perdendo o controle

Na qual estou perdendo o controle

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Ela vai me dar um tiro.

Meu Deus, ainda bem que Diana é promotora e não policial, porque se não eu já teria virado uma peneira.

— Nicolas... — ela engole me seco e se afasta da porta. — Entra, vamos conversar.

— Acabei de falar que quero...

— Entre, Nicolas — ela manda e, bufando, eu entro em sua casa.

Meus olhos alcançam um sofá cama na sala, repleto de edredons e travesseiros.

— Você estava dormi... — sou virado por duas mãos delicadas e encontro os olhos castanhos de Diana.

— Ainda bem que você veio aqui, porque eu estava me perguntando se você levava mulheres até seu apartamento já que eu esqueci o endereço do motel que fomos — ela murmura e eu abro a boca em choque.

— Furiosa, você... — tenho meu rosto puxado e meus lábios grudados nos dela.

Então, meu cérebro para de funcionar. Ele para de exercer as funções normais que ele costuma exercer, como em mandar ordens para as minhas mãos voarem para o corpo de Diana ou algo do tipo.

Ele... Congela.

A porra do meu cérebro congela.

— Nicolas! — a voz dela grita meu nome e eu abro os olhos completamente atordoado. — Que porra foi essa?

— Me desculpe, Diana... Meu Deus... — começo a me afastar de seu corpo tirando a minha gravata e sento no sofá cama dela. — Eu não estava esperando por isso, estava esperando que você me xingasse e me mandasse embora.

A loura senta do meu lado e puxa suas pernas para cima do sofá.

— Quer saber? Eu também ia descontar em você minhas frustrações — confessa suspirando fundo e depois deixa seu corpo cair entre os travesseiros, puxando um edredom para cobrir seu corpo logo em seguida.

— Sério? Uma mulher como você tem frustrações? — pergunto jogando a gravata longe.

— Tenho muitas frustrações, Nicolas — reafirma encarando o filme pausado na televisão.

— Quer conversar sobre isso? — as palavras escapam da minha boca sem que eu tenha o mínimo controle, mas ela me olha e eu vejo que ela quer me conta.

Diana quer alguém pra dizer o inferno pelo qual está passando e eu me sinto bem em não ter perguntado em vão, me sentiria um filho da puta se parecesse que estou forçando algo desse tipo. Eu sei que não estou, sei que esse é o meu jeito e que eu tenho costume de tentar ajudar a todos, mas ela tem um temperamento instável no qual eu não sei lidar.

VÍTIMA DO ERRO (Concluído)Where stories live. Discover now