Capítulo #8

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Yuna, que estava desmaiada, abriu os olhos lentamente. Ela olhou para o lado e viu Wisteria caminhando em direção a Enji, que estava na janela, olhando para cima com uma expressão fria e furiosa.

Yuna percebeu que estava na casa de Enji e disse: "Enji? O que aconteceu? Nós pulamos do prédio da escola e..." Enji olhou para trás e sentiu alívio.

Wisteria, confusa, pensou consigo mesma: "Eles devem ser amigos dele, não é?"

O garoto na janela olhou para sua amiga Wis e perguntou: "Wis, algo estranho está acontecendo? Você está machucada?"

Wisteria respondeu à pergunta de Enji: "Não, estou bem. Tudo estava tremendo, deve ter sido um terremoto... então me escondi debaixo da cama..."

Enji olhou para seus outros amigos caídos no chão e caminhou até eles. Ele se ajoelhou e tocou em suas testas - Rei e Lingyun, que estavam desacordados. Enji fechou os olhos e, mais uma vez, todos os sons desapareceram. Wisteria e Yuna ficaram confusas, sentindo vibrações sutis e suaves no ar.

Wisteria pensou consigo mesma: "O que ele está pensando...?" De repente, Rei e Lingyun acordaram, assustados e confusos.

Rei exclamou: "Wahh!!! Onde estamos?! Não estávamos caindo...?" Enji, exausto e suando muito, sentou-se no chão e relaxou os ombros. O garoto de cabelos brancos respirava pesadamente, seu nariz começou a sangrar e tudo ficou escuro. Enji disse: "Eu já volto, tá bem?" Ele sorriu de forma brincalhona e desmaiou, caindo para trás. Naquele momento, todos os amigos ficaram chocados ao ver Enji desmaiar de exaustão.

Yuna gritou: "Enji?!" enquanto Wisteria correu até o garoto desmaiado. Rei, preocupado, verificou seus sinais vitais. Lingyun finalmente disse algo depois de passar por toda aquela confusão: "Ele nos carregou até aqui? Como sempre, ele se esforça em tudo..."

Yuna e Wisteria se aproximaram de Rei, que colocou Enji na cama do quarto.

Lingyun foi até a janela e pegou o celular no bolso. Estava escurecendo, e o frio era três vezes pior do que na noite anterior. Perplexo e impressionado, ele olhou pela janela e disse: "Acho que este não é mais o mundo que conhecíamos." Todos se aproximaram da janela, Lingyun cerrava os punhos e os dentes. Ao olhar pela janela, Yuna exclamou: "Mas o que é isso...!?" Surpresa e curiosa, ela olhava para algo lá fora.

Rei, que estava tirando o celular do bolso, viu que estava rachado, mas quando olhou pela janela, deixou-o cair no chão. Sua expressão de surpresa indicava a gravidade da situação. Wisteria cobriu a boca com as mãos, encarando o que quer que estivesse do outro lado da janela.

No horizonte, podiam ver um prisma triangular gigante feito de um material negro, brilhando com várias cores de roxo que pareciam engolir todas as outras cores. Era dezenas de vezes maior do que qualquer prédio existente.

Enji estava sentado em sua consciência profunda, um lugar escuro e sombrio, quando uma luz azul apareceu, despertando o garoto, que a olhou curiosamente.

"Seu mundo está mudando. Encontre uma maneira de mudar se quiser proteger seus amigos", disse uma voz doce e gentil que se adaptou ao ambiente, parecendo vir de todas as direções.

O brilho transformou-se em uma chama azul que se transformou em um olho carmesim e flutuou, observando o garoto pálido naquele lugar escuro e reconfortante.

Em seguida, o garoto abaixou a cabeça e adormeceu novamente.

De volta à casa de Enji.

O belo garoto deitado na cama gritava de dor: "aaaarrrrghh!!!" Era uma dor indescritível, que podia ser sentida por ele mesmo estando inconsciente!

Os amigos de Enji subiram correndo as escadas, preocupados com o que poderia estar acontecendo com seu precioso e doce amigo. Eles se aproximaram rapidamente do garoto que se contorcia em agonia e tiraram o cobertor.

"Enji, o que está acontecendo?!" questionou Rei, confuso e desesperado. Wisteria fixou os olhos no braço esquerdo de Enji, que estava ganhando uma coloração roxa. Parecia que essa coloração havia ganhado vida, devorando o braço dele a partir do punho. Os vasos sanguíneos do garoto entraram em colapso, contorcendo-se de forma insana dentro de seu braço!

"Tem algo de errado com o braço dele!" exclamou Wisteria, desesperada.

Todos olharam para ela e notaram o braço de Enji...

"Arrrgh!!! AHHHHH!!" Enji gritava em desespero enquanto se contorcia. Ele levantava o braço, que parecia ter vida própria. Suas unhas ganharam uma coloração negra e cresceram, enquanto uma fenda se abria no centro da palma da mão.

"Wisteria! Traga água gelada com cubos de gelo! Pessoal, segurem-no! Não deixem que ele se machuque!" exclamou Lingyun, assumindo uma postura responsável e decidida.

"ahh...." Enji estava ficando sem voz. Quando essa tortura terá um fim?

Wisteria respondeu: "Es-está bem!" trêmula, ela correu até as escadas para buscar água e gelo.

Lingyun e Rei seguraram Enji pelos braços, enquanto Yuna o segurou firmemente pelas costas.

Yuna estava se esforçando para segurar Enji, ele tinha uma força absurda para um humano. Yuna chorava preocupada com seu amigo, fazendo todo o esforço para imobilizá-lo. "Enji, por favor, o que está acontecendo?! Recomponha-se, idiota!" pensava Yuna enquanto fechava fortemente os olhos.

Rei e Lingyun começavam a perder as forças...

O garoto parou de gritar e relaxou o corpo, caindo em cima de Yuna. Rei e Lingyun se sentiram aliviados ao ver que ele parou de gritar.

Wisteria retornou com gelo e água fria.

Continua...

O caminho: Eu sou a própria serpenteOnde histórias criam vida. Descubra agora