Capítulo #6

7 3 0
                                    

Enji estava com vários curativos improvisados no rosto, ele calmamente colocava sua mochila cheia e pesada nas costas, quando de repente escuta um piado muito familiar.

"Chirp" seu amigo passarinho azul estava lá, piando enquanto olhava para ele. Enji vira-se surpreso e diz: "Ah, você voltou!"

Enji se abaixa e faz carinho na cabeça do pequeno pássaro azul.

"Fique à vontade, amiguinho."

O garoto termina de se arrumar e caminha até a porta. Ele ouve alguns passos atrás dele, ele se vira lentamente e...

Lá estava ela... Wisteria, parada encarando Enji, com um olhar triste e pensativo.

O garoto caminha até ela e ergue os braços, sorrindo gentilmente. Ela caminha até ele e aceita o abraço, dizendo: "Vê se não desaparece de novo, idiota."

Enji sorri e diz: "Vai estar aqui quando eu voltar?"

Ela segura firmemente a camisa dele, amassando-a em suas costas, e responde: "Vou..."

"Certo." Então ele sorri ao acariciar a cabeça dela.

Mais tarde...

A caminho da escola, Enji se vê preocupado. Seus olhos brilham, enquanto ele expressa seu rosto de forma fria...

Na noite passada.

Todos os bandidos estavam paralisados. Enji se move instantaneamente, golpeando-os em seus estômagos.

A poeira era tanta que era perceptível entre a névoa.

"Agh!!!" "Gahh!!!" "Agh!" "AHH!!!"

Todos eles caem no chão, sentindo uma dor absurda. Eles babam, perdendo o controle da própria saliva.

Enji anda calmamente na direção do homem de terno. O pequeno monstro se abaixa de forma arrogante, puxa os cabelos loiros do homem, que baba em agonia, olhando para o garoto, que está sorrindo calmamente...

O medo e a dor deixam o homem descontrolado, sem saber o que falar, ele respira intensamente.

Enji abre a boca lentamente e faz uma pergunta: "O que você queria com a garota?"

O homem, surpreso, encarado pelo medo abissal, revira os olhos e desmaia.

Enji fica decepcionado e diz: "Haah... peguei pesado demais?...!!!"

De repente, o chão começa a tremer intensamente, fazendo todos os instintos do garoto ficarem atiçados e enlouquecerem. A expressão dele muda drasticamente ao pensar: "O que é isso?!! Tem algo PERIGOSO vindo!!!"

Ele se prepara para fugir, dizendo: "Merda, o que é isso!? Não posso enfrentar essa coisa!!"

Enji acelera o máximo que pode. O vento que desvia pelo corpo do garoto fica visível ao se misturar com a umidade!

Enji para de repente, suando muito, olhando para cima. Ele avista uma silhueta descendo dos céus de forma elegante.

Enji, tomado pelos instintos predadores, sente que, se não atacar, ele nunca terá uma chance. Ele dispara friamente na direção do homem que desce pelo céu.

O homem, ainda nas sombras, aterrissa, dá um passo para frente e agarra pelo pescoço o garoto, que avançava em alta velocidade. Em um instante, Enji se sente impotente, socando e esmurrando o braço do homem misterioso.

Enji está ficando sem ar, quando de repente seus olhos ficam vermelhos e suas presas e garras crescem. Ele arranha o braço do homem levemente, irritando-o. O homem fecha o rosto e desfere um ataque quase invisível para os olhos de Enji, acertando seu rosto e arremessando-o para um beco sem luz.
O impacto ecoa pelo beco inteiro.
"Aaargh!!!!" Enji grita de dor!

Ele fica incrivelmente machucado e cuspindo sangue. O garoto se aproveita da situação e desaparece na escuridão.

A luz de um poste revela a identidade do homem obscuro. Ele usa roupas negras, suas mangas ultrapassam em muito os punhos e seu cabelo está comprido, na metade amarrado no topo de sua cabeça.

Tempos atuais.

Enji, preocupado com sua última batalha, diz: "Como ele era tão forte...!?"

Enji sente seu nariz escorrer sangue e diz: "Minhas feridas... ainda não pararam de sangrar, é a primeira vez que isso acontece. Eu perdi."

"O que ele queria comigo...?!"

Enji avista um animal estranho, do tamanho de um rato, sem pelos e com chifres, que rasteja por um telhado e devora outro animal.

O garoto sente um cheiro e uma sensação desagradável, ele continua caminhando até chegar à sua escola.

Continua...

O caminho: Eu sou a própria serpenteWhere stories live. Discover now