cap.211

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Capítulo 211.
Braston emprestou seu carro a Brady e o mesmo seguiu com Ayrlon para seu apartamento enquanto Ramis e Lilith ficaram sozinhos frente a frente enquanto ela segurava o riso.
— Você não teve medo e eu bater a moto e morrer nos dois? — Pergunta segurando o riso o encarando com os olhos arregalados.
— Você chegou perto de fazer isso?
— Nunca, eu sou muito boa com motos também, eu só não as usava por causa do barulho da cidade, apesar de ser irritante hoje já não deixo tirar a minha concentração do que tem que ser feito.
— Muito bem. — Murmura gentilmente deslizando o nos de seus dedos pela curva da mandíbula dela indo e vindo. — Você foi muito bem.
— Ramis… o que está acontecendo? — Pergunta o abraçando pelo quadril.
— Digamos que é um tipo de revitalização da CIA.
— Ela está atrás do meu pai?
— Também, afinal quem não está? Mas isso não é assunto para agora, vamos para casa. — Diz pegando o capacete e colocando sobre a cabeça dela em seguida se equipando também.
— Você vai me deixar te levar? — Pergunta ansiosa enquanto ele a encarava pensativo. — Por favor… — Suplica juntando as mãos, ele sorriu desconcertado.
— Lili… — Esbaforia desconfortável. — Tudo bem, mas só dessa vez, naquela situação era algo diferente
— Não, é a mesma situação, porque eu sou sua parceira. — Diz determinada montando na moto, Ramis monta logo atrás sendo o passageiro. — Ramis… — Resmunga ao sentir ele colocar os braços em volta de seu corpo e a apertar a sufocando em seguida beijando abaixo do capacete próximo a coluna fazendo Lilith arrepiar sentindo sua mordida de leve em conjunto ao  único beijo.
— Tudo bem vamos para minha casa.
Enquanto isso Breando está na sala sem saber como reagir enquanto Wendi está sentada no sofá também sem conseguir o encarar, já fazia minutos que eles estavam assim sem conseguir dizer uma única palavra.
— Eu não estava pronto… — Murmura Breando desconfortável.
— Imagine eu que simplesmente fui jogada aqui.
— Quer dizer que você não tem para onde ir?
— Não, graças aqueles três meninos! — Resmunga chateada.
— Faz tanto tempo sem te ver… — Murmura a analisando de cima a baixo, seu coração ainda acelerava a cada segundo que corria seus olhos sobre Wendi que continuava a evitar o encarar. — Você vai ver ele agora, certo?
— Brendo… como ele está?
— Ele não sabe que você está aqui embaixo, tenho cuidado dele, mas ele tem se isolado. — Assim que diz isso ela se levanta o encarando aflita.
— Ele não pode se isolar, você está cuidando dele?
— Claro, estou sempre monitorando ele, mas sem pressão, ele está bem, só está um pouco triste.
— Eu… — Sua voz embargou ao seu lembrar das ligações dele. — Eu não consegui…
— Atender a ele?
— Sim… saber que carrego a culpa de não ter ajudado a minha filha me deixa incapaz de encarar meu menino nos olhos de novo.
— Não é só você que carrega a culpa, mas… está na hora de passarmos por cima disso e olhamos mais para ele, ok? Os Seagreme abraçaram ele e fizeram ele se sentir parte de uma família, mas a família dele é nos dois, está na hora de retomar as nossas vidas… — Ele morde o lábio inferior encarando o teto esperando uma reação negativa de Wendi, ela era um pouco mais baixa que ele que tinha em torno de 1,79 cm porte médio, Breando também já tinha seus fios grisalhos, era obvio tendo 49  anos enquanto a Wendi tem 43 anos, cabelos negros como a noite, rosto ainda delicado apesar do tempo, aparência um pouco cansada e triste roubava um pouco dessa delicadeza.
Ela vai pausadamente até ele e sorri ternamente.
— Como você se sentiu quando não me encontrou mais em casa? — Pergunta repentinamente.
— Como se outra parte de mim tivesse sido tirada. — A encara com remorso. — Não era só você que estava sofrendo, quando você se foi, não melhorou, fez doer ainda mais até hoje.
— Me perdoe… — Ela inclina sua cabeça encostado sobre o tórax dele deixando as lágrimas caírem.
— Está tudo bem, nada do que eu sinto mudou, apesar das suas escolhas eu não consegui seguir em frente. — Confessa a apertando em seus braços com uma sensação de alívio.
Ficaram abraçados por um longo período até ela criar coragem para subir, a cada degrau que subia parecia que o ar ficava mais pesado, as suas mãos tremiam enquanto segurava a mão de Breando que se mantinha ansioso para ver a reação de Brendo e ver ele finalmente saindo do quarto.
— Já disse que não quero falar com vocês e nem com ninguém que venha aqui! — Rosna ele irritado deitado virado para o lado contrário a porta.
— Brendo, quero que você veja algo. — Anuncia ansioso.
— Pai… eu já disse… — Murmura desanimado enquanto Wendi olha ao redor de seu quarto, estava arrumado, e uma bandeja com comida que nem mesmo foi tocada.
— Brendo. — Sua voz mansa o chama, ele se levanta ainda de costas ao reconhecer a voz, era como se seus ouvidos estivessem o enganando. — Meu filho… — Ela suspira pesadamente segurando as lágrimas em uma tentativa inútil.
— Você… — murmura se virando para a encarar.
— Sim, meu filho.
— Eu não te liguei mais, o que faz aqui? — Pergunta sério deixando Breando seu pai surpreso.
— Querido… — O semblante de Wendi caiu ao ver sua frieza.
— Você se foi… você voltou e depois me ignorou, eu fui na sua porta depois que meu pai foi, mas você… você foi incapaz… — Resmunga chateado.
— Filho! — súplica desesperada indo até ele o apertando em seus braços mesmo que ele externamente não quisesse, mas ao sentir o calor do abraço de sua mãe não conseguiu ignorar a apertando também em seus braços. — Me perdoe por ter ido… por favor… eu não me sentia mais digna de nada, nem consegui viver direito por todo esses anos.
— Mãe… não vamos tocar nesse assunto, todos nos temos nossos pesos para carregar, eu mais ainda por ter estado lutando ao lado dela, tentando a salvar, mas já é passado, você está de volta, certo?
— Essa é a nossa família, sei que vai demorar para retornamos nossas vidas, mas eu vou tentar. — Diz esperançosa tocando a face dele o sentindo frio. — Você não tem se alimentado, já faz dias não é? Eu vou preparar algo para você. — Diz ansioso o puxando para fora do quarto com a ajuda de Breando, dessa vez ele não se opôs e nem brigou, estava disperso encarando o eles dois juntos o arrastando pelo braço, estava tão fraco que poderia pensar que era uma alucinação e que quando acordasse tudo não passaria de um sonho.
Wendi cozinhou e Brendo seu filho a seguia com o olhar para cada lado que ela ia enquanto Breando a ajudava pegando tudo que ela precisava para cozinha para ele, aquilo só caiu a ficha quando ela preparou seu prato favorito desde criança.
Enquanto isso Cassius, Frederick e Braston conversavam no escritório até tarde, já era de se esperar tudo que está acontecendo, parecia que Orfeu estava fazendo uma gama de aliança com várias empresas e as fazendo subir no ranking.
Eles sabiam que aquilo levaria as potências dominadas pela máfia cair e assim elas deixariam de ser uma das maiores fontes de renda da cidade e se tornariam irrelevantes, o que tornaria possível o fechamento e a falência.
Por isso Cassius e seus irmãos já tinham um plano para combater a estratégia de Orfeu.
— Vamos manter a décima potência no ranking. — Diz Cassius.
— Bom… Alan Diggory, Kaleu, e galileu da quarta potência concordou com seu plano, temos o apoio da segunda, a terceira, a quarta e quinta potência para manter as outras potências de pé, é como um muro, Orfeu tenta quebrar, nos fortalecemos com mais blocos. — Comenta Braston analisando os gráficos em um laptop.
— Orfeu sozinha não vai conseguir subir todas essas empresas em tão pouco tempo.
— Cassius. — Sorri Frederick em meio a ironia. — Para Orfeu conseguir derrubar todas as potências precisaria de dez anos nos meus cálculos, mas com os investimentos para manter as outras potências menores ainda na posição nos protegendo ele não vai conseguir tão fácil, mas temos um preço alto a pagar, as quatro potências maiores vão perdendo poder e ficando mais distante de tomar o primeiro lugar de Orfeu e dominar o comércio em Rowland.
— Infelizmente é esse o preço que vamos ter que pagar para manter nossos muros fortes. — Comenta Cassius preocupado.
— Caso contrário será o fim, se as potências cair ele vai queimar todo o sistema mafioso da cidade, Rowland vai deixar de ser nosso parque de renda e vai ser bilhões de prejuízos. — Comenta Braston.
— Ele pretende tomar a cidade-fantasma e você sabe que lá tem bilhões em cargas ilegais, é simples a gente tem que tirar a CIA de lá e descobrir quem permitiu eles entrar ali.
— Sim, reúna homens preparados para esse tipo de situação, os melhores homens, se eles querem confronto eles terão.
— Você acha mesmo que ele vai deixar nossos filhos fora dessa briga? — Pergunta Frederick.
— Já não tiveram a prova? Eles entraram e saíram usando o selo de trânsito. — Explica Cassius enquanto Braston estica um sorriso leviano.
— Isso parece bom, caso contrário… eu vou sacrificar cinco mil pessoas em nome dele, não vai ficar nem uma parede da empresa dele de pé! — Rosna determinado.
— Compartilho do mesmo pensamento. — Diz Frederick.
— Ele sabe que isso não é um blefe. — Murmura Cassius indiferente. — E essa é a nossa vantagem, Orfeu protege pessoas, a gente só protege a nossa família.

Cassius. vol.4 A queda das potências. Ato fina.Where stories live. Discover now